MINHAS LEMBRANÇAS DOS FESTIVAIS DE MÚSICA DA DÉCADA DE 80

Entre as lembranças remotas que tenho da tevê, os grandes festivais da Record estão presentes. Fui apresentado a esse maravilhoso mundo musical através das reprises que a tevê, em preto e branco, exibia na década de 70. Ficava maravilhado com as histórias de bastidores e com a incrível quantidade de talentos revelados naqueles festivais. Verdadeiramente, ali, a MPB foi sedimentada.

Em 1980, quando a Rede Globo começou a anunciar a realização de um grande festival de música, foi uma felicidade só. No meu grupo de amigos respirávamos música. No colégio, ficávamos horas e horas trocando ideias e falando sobre o assunto.  “O MPB 80” foi o primeiro que eu vi e vivi. Cheguei a inscrever uma música que não foi selecionada.

Esse festival foi maravilhoso. Teve a polêmica em torno da canção vencedora, “Agonia”, de Oswaldo Montenegro.  Muitos achavam a música chata e depressiva. Eu adorava mas torci muito pela vitória de Raimundo Sodré que defendeu “A Massa”. Ele acabou ficando em terceiro lugar. A vice-campeã foi Amelinha cantando “Foi Deus Quem Fez Você” de Luiz Ramalho. O festival revelou o grande intérprete Jessé com a clássica “Porto Solidão”, Sandra de Sá e seu “Demônio Colorido”, a suavidade de Fátima Guedes e as loucuras de Eduardo Dusek e seu “Nostradamus”.

Por falar em loucuras, não dá pra esquecer Baby & Pepeu cantando “O Mal é o QueSai da Boca do Homem”. Gerou uma polêmica porque a dupla foi acusada de fazer apologia às drogas. Dizia o refrão: “Você pode fumar baseado, baseado em que você pode fazer quase tudo”.  Lembre-se que 1980 ainda era ditadura, agonizando, mas era. Merecem destaque, ainda, Quinteto Violado com “Rio Capibaribe”, Joyce com “Clareana” e o Exportasamba com “Reunião de Bacanas” o samba que eternizou o refrão “Se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão” e uma canção que virou hit: “Rasta-pé” com a dupla baiana Jorge Alfredo & Chico Evangelista. Muito massa!

O MPB 80 fez tanto sucesso que a Rede Globo organizou mais duas edições: o MPB Shell 81 e 82. No MPB Shell 81, mais uma vez houve uma grande polêmica com o anúncio da canção vencedora, “Purpurina”. A canção escrita por Jerônimo Jardim, brilhantemente interpretada por Lucinha Lins, conseguiu a proeza de vencer a favoritíssima – torci muito – “Planeta Água”, de Guilherme Arantes.  Lucinha, merecidamente, ganhou também um prêmio de melhor intérprete.  Depois do anúncio da vitória, ela voltou ao palco para cantar novamente a canção e recebeu uma das maiores vaias da história dos festivais (confira aqui).  Chorou muito e foi, inclusive, apoiada por Guilherme Arantes, o preferido do público.

Como era costume na época, a Rede Globo lançou um LP reunindo as principais canções do festival. Purpurina entrou no álbum como faixa três e Planeta Água veio na faixa um, mostrando que a preferência do público, ao menos no disco, surtiu algum efeito. Desse festival, merecem destaque também: “Estrelas”, de Oswaldo Montenegro, brilhantemente interpretada por José Alexandre e “EstrelaReticente” eternizada no vozeirão do cantor Jessé.

Em 1982, o MPB Shell teve sua segunda edição e começou a perder o brilho. O nível das canções foi muito abaixo das edições anteriores, tanto que nem houve a costumeira polêmica em torno da canção vencedora, “Pelo Amor de Deus”, interpretada por Emílio Santiago. A vice-campeã foi “Fruto do Suor”, um canto latino-americano interpretado pelo grupo Raízes de América. Merece destaque a belíssima “Quero Mais” brilhantemente defendida pelo Quinteto Violado e que ficou em quarto lugar. Só!

O último grande festival realizado pela Rede Globo foi o “Festival dos Festivais”. Realizado em 1985 por ocasião das comemorações dos vinte anos da emissora, tinha uma proposta mais democrática do que os anteriores. Teve eliminatórias realizadas em várias cidades do Brasil, inclusive Recife.  Estive nessa eliminatória realizada no Geraldão lotado. Nesse dia, um grupo infantil chamado “Abelhudos”, brilhou interpretando a irônica “O Dono da Terra”.

O Festival dos Festivais foi diferente dos anteriores, nele, a canção preferida do público, “Escrito Nas Estrelas”, interpretada pela gasguita Tetê Espíndola, foi a campeã.  1985 era, ainda, um tempo de inocência.  A palavra “tesão” presente em um dos versos da canção fazia a plateia delirar.

Outros destaques desse festival:

* Mira Ira, a bela canção ecológica de Lula Barbosa, ficou em segundo lugar e teve uma interpretação marcante do grupo Tarancón.

* Verde”, a terceira colocada, lançou Leila Pinheiro que se firmou no cenário nacional como uma grande intérprete da MPB.

* A Última Voz do Brasil, eleita a melhor letra do festival, foi a última apresentação em festivais da lendária banda “Joelho de Porco” que tinha, entre os seus integrantes, o também lendário Zé Rodrix.

* “Condor”, canção de Oswaldo Montenegro, teve o apoio de um coral de vinte e cinco cantores negros. A Globo exibiu um making off mostrando os ensaios do grande coral que fez um enorme sucesso mas não ganhou nenhum prêmio.

* “Rastros e Riscos”, trouxe a cena o cantor Fernando Gama, ex-integrante do lendário grupo “Vímana” que reunia, entre outros, Ritchie, Lulu Santos e Lobão.  Nesse mesmo ano Fernando emplacaria o hit “Não Me Iluda” com a obscura banda de rock Cinema A Dois.

Esses quatro festivais foram muito importantes na minha formação contribuíram para minha inclinação musical. Ao longo da década de 80 falar de música tinha sempre algo a ver com os festivais. Inesquecível!

NA TERRA DE AMOR E ÓDIO - LEMBRANÇAS DE UM PASSADO RECENTE


Pois então, hoje à tarde, no descanso pós-almoço, assisti ao filme “Na Terra de Amor e Ódio” que retrata a guerra da Iugoslávia ocorrida há bem pouco tempo, na década de 90. O filme tem uma premissa bastante comum, mostra as atrocidades da guerra a pretexto de narrar uma historinha de amor envolvendo um casal, obviamente, composto por pessoas de lados opostos do conflito.

Lembro-me bem dessa época. Víamos pela tevê, perplexos, a reprodução dos horrores da Segunda Guerra – campos de concentração e genocídios – ocorrendo numa época em que, supúnhamos, seria impossível acontecer. Mais perplexidade causava a postura da comunidade internacional que deixava acontecer os massacres sem uma intervenção imediata. 
As críticas da época falavam, entre outras coisas, que a parcimônia da comunidade internacional – leia-se Estados Unidos – se dava porque os entreveros nos Bálcãs não envolviam nenhum grande interesse econômico. A vida humana, pura e simplesmente, aos olhos deles, não representava nada. A degradação humana na África descolonizada, bem antes, já provara isso.

O que é mais contraditório nessa sanguinária história, é o fato dos europeus terem sempre se colocado como centro da civilização humana mesmo tendo, em vários momentos,  protagonizado episódios tristes como esses. A guerra da Iugoslávia era, antes de tudo, um conflito étnico-religiosa. Os Sérvios, cristãos ortodoxos, tentavam reeditar na década de 90 do século XX, a sanha segregante de Adolf Hitler. Perseguiam os muçulmanos proclamando uma alegórica superioridade racial.

O que veio depois de todas as atrocidades cometidas nesse conflito também parecia uma reedição do rescaldo da Segunda Guerra. Os criminosos se escondendo do mundo e sendo capturados, uma a um (destaquei em um post de 2008), ao longo dos anos. O mais temido, Slobodan Milosevic inclusive, morreu na prisão. Para quem quiser conferir a reprodução dessa triste história recomendo o filme (que pode ser assistido online aqui) em questão que foi escrito e dirigido pela atriz Angelina Jolie. Tem que ter estômago! Segue o trailer oficial:

BREVE COMENTÁRIO SOBRE O PASTOR MARCOS FELICIANO E A DISSEMINAÇÃO DO ÓDIO

Foto: O Globo
Por esses dias, ao saber da nomeação do pastor Marcos Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados, lembrei-me de um lema iluminista: “As pessoas tornam-se verdadeiramente livres quando libertam-se das trevas da ignorância”. Pior do que as trevas da ignorância é a falsa luz.

Bastou digitar o nome do tal pastor no Google para a minha perplexidade aumentar. De cara um vídeo (assista aqui) mostrava o “religioso” exigindo a senha do cartão de um simplório fiel.  Depois li aquelas frases dele que a internet se encarregou de popularizar e, com asco, transcrevo abaixo:

 "A podridão dos sentimentos dos homoafetivos leva ao ódio, ao crime, à rejeição”.

"Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é a polêmica. Não sejam irresponsáveis twitters rsss”.

A essa altura já estava com vontade de vomitar. Tenho postado no Facebook exemplos dessas barbaridades protagonizadas por Marcos Feliciano para ajudar – numa luta quase inglória, sei – a denunciar essa disseminação de ódio gratuito. Por uma esdrúxula composição política, ele foi indicado ao cargo apesar de ter um perfil absolutamente contrário a um dirigente de uma entidade voltada à promoção dos direitos humanos.

Com um histórico de radicalismo religioso que esse indivíduo tem, é um absurdo inominável sua presença nessa Comissão. Com o perdão do tosco trocadilho, chega a ser desumano. Aos que estão calados por conformismo ou por obediência ao seu pastor, vale lembrar que a semente do ódio germina e floresce até mesmo nos ambientes mais áridos.

DIVULGADO O TRAILER OFICIAL DE "SOMOS TÃO JOVENS", FILME QUE NARRA O INÍCIO DA CARREIRA DE RENATO RUSSO


Como mostra o cartaz acima, o esperado projeto sobre o início da carreira do Renato Russo já tem data marcada para estreia, 03 de maio. O filme é estrelado por Thiago Mendonça, perfeito na pele do genial Renato. 

Dirigido por Antônio Carlos Fontoura, o longa mostra a efervescência cultural da capital federal entre os anos de 1976 e 1982 quando surgiram as principais bandas do movimento de Brasília.  O filme traz a curiosa participação do guitarrista Nicolau Villa-Lobos que interpreta o papel do seu pai, Dado Villa-Lobos.  Conrado Godoy interpreta o baterista Marcelo Bonfá.
A produção, tratada como uma cinebiografia, teve seu primeiro trailer divulgado no último dia 04 de março. Confira abaixo:

Para acessar o site oficial do filme e conferir mais detalhes da produção, clique aqui

JUSTIÇA SE PRONUNCIA SOBRE A DISPUTA ENVOLVENDO A ORGANIZAÇÃO DA IX BIENAL DO LIVRO DE PERNAMBUCO


JUSTIÇA DETERMINA QUE A EMPETUR DEVOLVA A RESERVA DO CENTRO DE CONVENÇÕES PARA A CIA DE EVENTOS REALIZAR A IX BIENAL DO LIVRO

A Justiça pernambucana concedeu nesta sexta-feira uma liminar favorável à Cia de Eventos, que recupera assim o direito sobre a reserva do pavilhão do Centro de Convenções no período de 04 a 13 de outubro para a realização da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco.
Com esta decisão proferida pelo judiciário, fica determinado judicialmente que a reserva do Centro de Convenções seja retomada pela Cia de Eventos para que a realização da IX BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE PERNAMBUCO.

Recebido, via e-mail, enviado pela Cia de Eventos em 02 de março de 2013

CIA DE EVENTOS DIVULGA CARTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE A DISPUTA ENVOLVENDO A BIENAL DE PERNAMBUCO


Recebi por e-mail uma carta aberta assinada por Guilherme Robalinho que dá sua versão sobre a disputa envolvendo a Cia de Eventos e a Andelivros. Confira, abaixo, na íntegra, a carta:


CARTA DE ESCLARECIMENTO AO PÚBLICO DA BIENAL DO LIVRO DE PERNAMBUCO

Nos últimos dias os jornais pernambucanos publicaram matérias sobre divergências quanto à realização da 9º Bienal do Livro de Pernambuco. Nas matérias, transparece ao público uma história que precisa ser devidamente esclarecida a todos vocês, leitores e leitoras que sempre tiveram e continuarão tendo todo o respeito da Cia de Eventos, pois acreditamos que somente com pessoas esclarecidas a nossa sociedade seguirá no caminho do bom desenvolvimento cultural e humano, o que é o desejo de todas as pessoas de bem.
A Bienal Internacional do Livro de Pernambuco tem sido alvo da ambição puramente mercantilista de uma entidade que se diz “sem fins lucrativos”, mas que vem travando uma intensa disputa para monopolizar a realização da Bienal do Livro e levar à frente seus interesses particulares, interesses unicamente econômicos e, justamente por isso, muito longe das verdadeiras expectativas e anseios do público da Bienal de Pernambuco.

Diante deste contexto, seguem de forma transparente os devidos esclarecimentos a vocês.
Após duas edições governamentais (1997 e 1999), a Cia de Eventos passou a realizar a Feira de Livros do Estado, que ainda não tinha o título de Bienal. Ainda em 2001, a Feira possuía dimensões muito menores, mobilizando um público de menos de 30.000 pessoas em aproximadamente 6 mil metros de área no Centro de Convenções. Apenas para comparação, desde 2009 o público passa das 600 mil pessoas. Este sucesso se deve a dois fatores importantes: as articulações da Cia de Eventos com dezenas de instituições estaduais,  nacionais e internacionais, e a política de distribuição de bônus por parte do Governo de Pernambuco e de municípios da RMR, e que beneficia todos os professores e funcionários da rede pública de Ensino.
No centro desta ambição mercantilista da dita entidade está a política de distribuição de bônus, da qual a entidade retira para si uma fatia de 10% de um total de quase R$ 7 milhões apenas do bônus do Governo do Estado - sem contabilizar os bônus municipais. Com transparência informamos que os nossos rendimentos provenientes da Bienal são estritamente vinculados à comercialização de estandes e da captação de recursos junto a órgãos de fomento e patrocínio. Um resultado legítimo para quem sempre conduziu o evento com uma visão de impulsionar o mundo da leitura e o desenvolvimento cultural e humano.
Sobre a política de bônus, deixamos claro que a Cia de Eventos jamais teve e nem pretende ter absolutamente nenhum ganho financeiro. Ao contrário da tal “entidade sem fins lucrativos”, que todos os anos tenta fazer da Bienal do Livro um evento meramente mercantilista.

Como uma produtora de iniciativa privada, a Cia de Eventos vem correndo todos os riscos financeiros do evento desde quando assumiu a sua realização em 2001. Durante todo este tempo, a Cia de Eventos se dedicou ao máximo e conseguiu fazer da Bienal do Livro o terceiro maior evento literário do Brasil e o mais importante evento literário do Nordeste. Com muitos esforços, lutamos sempre ao longo desses anos para tornar a Bienal um ambiente de imersão social no mundo dos livros, proporcionando ao público não apenas a venda de livros, mas, sobretudo, dezenas de debates, palestras, 
mostras, lançamentos e atividades culturais variadas para dar ao público o encantamento e brilho nos olhos que a nossa sociedade não abre mão sob nenhuma circunstância.

Fomos surpreendidos por uma ação inexplicável por parte da Empetur e da tal entidade. Explicamos: desde o fim da Bienal de 2011, realizamos formalmente a reserva do pavilhão do Centro de Convenções para os dias da Bienal de 2013. Sempre procedemos desta forma, desde a terceira edição do evento em 2001, agindo com a antecedência necessária. A negociação do pagamento das taxas antecipatórias estava em pleno curso e dentro dos prazos, mas num ato nebuloso, a Empetur vem desconsiderando a normalidade deste processo histórico e tentando romper inexplicavelmente o compromisso de reserva firmado com a Cia de Eventos. Informamos que já estamos tomando as medidas judiciais cabíveis contra este ato.

É para defender o brilho cultural da Bienal do Livro de Pernambuco que nós da Cia de Eventos nos colocamos ao lado vocês professores, estudantes, formadores de opinião, escritores e entusiastas da leitura. Precisamos nos unir contra os interesses tacanhos de uma entidade que a cada ano se mostra unicamente preocupada com seus interesses particulares e age sempre para subtrair a grandeza da Bienal do Livro. Contamos com o apoio de vocês e nos colocamos totalmente abertos a prestar quaisquer esclarecimentos. A quem se dispor, compartilhe esta carta no Facebook, clicando aqui.

Perguntamos: a quem interessa prejudicar o êxito cultural da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, organizada e realizada desde 2001 pela Cia de Eventos? Deixamos esta reflexão para todos os entusiastas do livro, da leitura e da literatura.

Como dissemos acima e repetimos aqui em baixo: acreditamos que somente com pessoas esclarecidas a nossa sociedade seguirá no caminho do bom desenvolvimento cultural e humano. Essa é a nossa maior motivação e acreditamos que a de todos vocês também.

Um forte e afetuoso abraço a todos e todas,

Rogério Robalinho e equipe Cia de Eventos
Coordenação Geral da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco

CONHEÇA O LUAS, O METRÔ DE SUPERFÍCIE DE DUBLIN



Zapeando pela rede aportei no blog de Tânia Passos, do Diário de Pernambuco online. Na página várias dicas e matérias sobre mobilidade urbana, um assunto muito em voga na atual gestão pública do Recife. Acima, destaco o ótimo vídeo da repórter Elaine Wzorek, que mostra o sistema de transporte de Dublin. 

O BRASIL DE FIDEL


Pois então, cá estou, mais uma vez, para falar de coisas que não entendo. Faço isso nesse modesto espaço a procura de respostas. O link de comentários, abaixo da postagem, está aberto para os que puderem me ajudar.

Senti-me extremamente triste quando vi, perplexo, a forma grosseira e antidemocrática como a blogueira cubana Yoani Sánchez foi recebida no Recife, sua primeira parada no BRASIL DE FIDEL. A tristeza veio com a constatação de que o Brasil ainda tem que comer muito feijão com arroz para ostentar o título de democracia. Que país é esse?

Não vou citar as horrendas siglas dos grupos radicas que vomitaram seus discursos ensaiados e patrocinados, não farei o que eles querem, propaganda gratuita. Senti muita vergonha de ser brasileiro. Não costumo sentir isso. Que eu me lembre, senti-me assim quando vi pela tevê o massacre do Carandiru.

É público e notório que a perseguição a Yoani Sánchez foi planejada em algum gabinete com sotaque portenho e a missão de tentar manchar a imagem dela foi confiada aos lunáticos  radicais que celebram a ditadura de Fidel E Raul. O que mais me revoltou foi perceber que por esses dias o Brasil tornou-se uma sucursal da ditadura cubana.  A quem interessa impedir que Yoani fale para as plateias brasileiras como é viver sob o julgo dos ditadores? Por que ela não tem o direito de falar?

No Brasil de Fidel, os defensores do regime ditatorial endureceram e perderam a ternura. 

CONHEÇA OS PAPAS QUE RENUNCIARAM ANTES DE BENTO XVI

Do ano 30 da nossa era até 2013, a igreja Católica Apostólica Romana teve, segundo relatos da própria instituição, 263 Papas. Esse número inclui o suposto pontificado de São Pedro – contestado por muitos teólogos e historiadores – que teria se estendido do ano 30 até o ano 67, o mais longo papado da Igreja católica. Dessa longa lista de religiosos, apenas seis renunciaram ao cargo por razões diversas. Abaixo, a lista dos cinco papas que renunciaram antes de Bento XVI.
Papa Ponciano (21 de julho de 230 a 29 de setembro de 235): renunciou ao papado por razões políticas. Com o final do Cisma de Hipólito, toda a cúpula da Igreja foi exilada na Sardenha por ordem do Imperador Maximino Trácio. No exílio, Ponciano foi submetido a trabalhos forçados nas minas da Sardenha. Segundo alguns relatos de historiadores da Igreja Católica, teria morrido de esgotamento físico na Ilha de Tavolara.
Papa Silvério (01 de junho de 536 a 11 de novembro de 537): mais uma renúncia forçada por razões políticas. Foi eleito papa pela força do rei Teodato que fez valer sua influência e superou o candidato favorito ao cargo, diácono Virgílio. Pouco depois da sua eleição, seu benfeitor, Rei Teodato, foi morto e Silvério ficou sem apoio político. Acabou renunciando devido a enorme pressão que sofrera pelos partidários do diácono Virgílio. Com a ajuda do Imperador Justiniano, Silvério teve seu processo revisto e conseguiu retornar ao poder. Pouco depois, Belizário forçou a deposição de Silvério que foi torturado e morto no dia 02 de dezembro de 537. Atualmente é considerado santo pela Igreja católica.
Papa João XVIII (25 de dezembro de 1004 a 31 de julho de 1009): Chamava-se Giovanni Fasano di Roma, como de costume, adotou um nome religioso, tornou-se o papa João XVIII. Chegou ao poder por influência do Imperador Gregório, conhecido pela tirania. O imperador usou João XVIII para ocupar o trono de São Pedro enquanto um de seus filhos não atingia a idade mínima para o papado. Mesmo assim, nos cinco anos em que João XVIII foi papa, promoveu a paz e a união por onde passou. Não se sabe ao certo por que razão, mas acabou renunciado ao pontificado e passou a viver recluso como um monge. Morreu prematuramente com apenas 49 anos.
Papa Bento IX (01 de agosto de 1032 a 17 de julho de 1048): foi um dos papas mais jovens da história, chegou ao Trono de São Pedro com apenas 20 anos. Seu pontificado foi uma sucessão de altos e baixos. Pela pouca idade, não sabia absolutamente nada das atividades do papado. Eleito em 1032, caiu em 1044 por pressão das classes dominantes. Recuperou o trono em 1045 mas abdicou meses depois. Voltou ao trono em 1047 e foi deposto, definitivamente, em 1048. Morreria em 1085 sob condições desconhecidas.
Papa Celestino V (05 de julho de 1294 a 13 de dezembro de 1294): o Papa Celestino V chegou ao poder depois de um dos processos de eleição mais longos da igreja católica, quase dois anos. Oriundo de família camponesa tornou-se um monge que vivia em clausura no Monte Morrone. Chegou ao poder por influência por Carlos II de Anjou, rei de Nápoles. O soberano napolitano tinha interesses futuros com essa eleição. Em troca do apoio, Carlos II exigiu cargos e privilégios para vários amigos seus. Por pressão do cardeal Benedito Caetani, Celestino V acabou abdicando no dia 13 de dezembro de 1294. Seu fim é incerto, existe a suposição de que tenha sido assassinado. Atualmente é considerado santo pela Igreja Católica.

Fontes:
Rádio Vaticano
Wikipédia
História Universal

PAPA BENTO XVI ANUNCIA QUE RENUNCIARÁ DIA 28 DE FEVEREIRO



Carta de Renúncia

Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado.

 Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.

BENEDICTUS PP XVI

Fonte: Rádio Vaticano

RELICÁRIO VOL. 16 - O RECIFE EM 1927




Recebi via Facebook esse maravilhoso vídeo que, a propósito da passagem do hidravião Jahu pelo Recife, registrou para a posteridade a efervescência do centro do Recife em 1927. Esse maravilhoso documento registra prédios históricos da capital pernambucana, com destaque para a Faculdade de Direito e seu belíssimo jardim e o conjunto arquitetônico do Recife Antigo. Outro belo registro é o prédio do Diário de Pernambuco, um grande referencial da história urbana da cidade. Regozijem-se com as imagens.


Fonte: http://bndigital.bn.br/redememoria/jahu.htm
 Via: Gustavo Arruda

A FALÁCIA DE SILAS MALAFAIA CONTESTADA PELA CIÊNCIA


Cá estou para tecer uns breves comentários sobre a polêmica entrevista que o Pastor Silas Malafaia concedeu a jornalista Marília Gabriela. Na verdade, não foi uma entrevista, foi um embate. A jornalista, como sempre, perfeita nos seus questionamentos, fez com que Silas mostrasse – apesar dos inúmeros subterfúgios usados – a sua verdadeira face.

Como de costume, o pastor conferencista usou da oratória para fugir dos questionamentos mais polêmicos.  Longas divagações e discursos floreados de citações da Bíblia a fim de que sua interlocutora se desviasse do real sentido da pergunta. Arguta, Marília escapou de todos os engodos armados pelo pastor. Silas deu um show de preconceito e covardia. Sim, covardia, ele diz que não tem nada contra os homossexuais, mas seu discurso prova o contrário. Todos os argumentos que ele construiu disseminava o preconceito, mas em momento algum ele assumiu a sua repulsa, não é burro, isso agora dá cadeia.

Acostumado a falar para plateias que aceitam seus efusivos discursos sem grandes questionamentos, ele se perdeu quando tentou explicar o porquê das benesses do dízimo chegarem primeiro – e em maior quantidade – para os membros das cúpulas das igrejas. Pastores, assessores diretos e familiares dos dirigentes das grandes igrejas vivem muitíssimo bem, como, aliás, deveriam viver todos os fieis. Isso não foi respondido, o que se viu foi mais divagações várias vezes interrompida pela jornalista. Patético.

O ponto mais conflitante da entrevista foi quando o pastor tentou enveredar pelo campo da genética para fundamentar seu preconceito. Citou percentuais de pesquisas mas não citou as fontes. Só esse detalhe já desmontaria seu alegórico discurso.  Como era de se esperar, a comunidade científica, que não mistura suas preferências morais com ciência, começou a se manifestar. Abaixo, disponibilizo um vídeo do Biólogo e doutorando de genética da Universidade de Cambridge, Reino Unido, Eli Vieira, que responde e corrige todos os equívocos cometidos pelo dublê de geneticista Silas Malafaia. A ciência desmontando a falácia, assista:


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