40 ANOS DO WOODSTOCK
NÓS PODEMOS DAR UM BASTA NESSA BAIXARIA!!!!!!!!!!!
A MÚSICA OUVIDA E A MÚSICA LIDA

1) As Vitrines (Chico Buarque)
O que você ouve:
Eu te vejo sumir por aí
Te avisei que a cidade era um vão da tua mão
Olha pra mim, não faz assim, não vai lá não
O que você lê
Eu te vejo sumir por aí
Te avisei que a cidade era um vão
- Dá tua mão
- Olha pra mim
- Não faz assim
- Não vai lá não
2) Mand’ela (Zeca Baleiro e Chico César)
O que você ouve
Eu disse que vim do Senegal
montado num cavalo-de-pau
baiana me desmontou
olha que me queixo pro Tutu
baiana deixa disso
vou reclamar pro bispo, dito
O que você lê
Eu disse que vim do Senegal
montado num cavalo-de-pau
baiana me desmontou
olha que me queixo pro Tutu
baiana deixa disso
vou reclamar pro bispo, de tu
PARABÉNS AOS ESTUDANTES DE TODAS AS IDADES, SEXO, RAÇA, CREDO...
HIROSHIMA, NAGASAKI E OS IRRACIONAIS

Hoje faz 64 anos que o Enola Gay cuspiu no céu de Hiroshima uma célula de morte. O que mais temos a dizer a respeito desse ato extremo de irracionalidade? Lamentar a triste condição humana? Clamar por paz num tempo em que nem mais a voz, a simples voz, nos é permitido emitir. Falar de Hiroshima e Nagasaki é chegar à triste conclusão de que o irracional sempre vence. E vence mesmo, olhe do seu lado: o lixo no chão, os meninos no sinal, os profetas nas esquinas. Abra o seu jornal, leia as notícias que vêm do Senado, leia qualquer notícia que vem de Brasília.
Os irracionais sempre vencem e nós ficamos olhando como se esperássemos, inertes, a célula enviada pelo Enola Gay. Se você crê, reze (ou ore) pelos 200 milhões de mortos que pereceram em Hiroshima e Nagasaki. Enfrente os irracionais! Não os deixe tomar seu lugar no ônibus, amanhã tomarão seu emprego, depois sua vida. Pensando bem, é fácil vencer os irracionais porque você raciocina.
AS VOLTAS QUE O MUNDO (DA POLÍTICA) DÁ
VINTE ANOS SEM LUIZ GONZAGA
Uma coisa que me dá muito orgulho é o fato de ser conterrâneo do mestre Luiz Gonzaga. A importância desse artista genial transcende as fronteiras da música. Com sua sanfona tocando apenas em dois baixos, como acentuava o seu pai, ele pôs a cultura popular do nordeste num patamar nunca imaginado. Mas Luiz Gonzaga não era apenas um cantor popular. Engana-se quem coloca a obra do seu Lula como uma simples manifestação popular. Usando a linguagem simples do sertanejo, a música gonzaguiana é muitíssimo erudita.
Luiz Gonzaga tinha a alma sertaneja, nasceu na serra do Araripe, cidade de Exu. Ainda no início da carreira (em 1947) compôs, em parceria com o cearense Humberto Teixeira, uma música que se tornaria uma espécie de hino do Nordeste: a clássica “Asa Branca”. Luiz Gonzaga usava a linguagem do sertanejo nordestino mas a sua música era muito politizada. Criticou o assistencialismo e a indústria da seca, descrevia as agruras do povo nordestino mas colocando seus conterrâneos como guerreiros e não como flagelados.
Em 1989 eu enfrentei uma fila quilométrica e fui ao velório do Luiz Gonzaga, realizado na câmara de deputados aqui de Pernambuco. Foi um dia tristíssimo. Entretanto, no dia seguinte, o nordeste inteiro cantava e rendia homenagens ao representante maior da sua cultura. A tristeza da perda deu lugar à alegria da certeza da eternidade do ídolo.
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