O CABRA E A CABRA

No primeiro degrau, de baixo para cima, a cabeça de Lampião. No terceiro degrau, última da direita, a cabeça de Maria Bonita

Quando eu era garoto, ouvia muitas histórias sobre Lampião, uma delas falava, paradoxalmente, sobre como o rei dos cangaceiros era justo: Um certo dia, lá pelos lados de Triunfo, num sítio afastado da cidade, o bando de Lampião fez pousada. Como de praxe, homens e meninos fugiram quando avisados da aproximação do Capitão Virgulino. Nesse dia, no sítio, havia apenas uma mulher com bebê de colo, que recebeu o bando:

-Boa tarde capitão! Disse ela, trêmula. Antes que Lampião respondesse, um dos seus cangaceiros sacou uma arma e atirou numa cabra que berrava amarrada próxima da mulher.

-Por que o senhor fez isso, eu sou seca, tirava leite da cabra para alimentar meu bebê. Reclamou a mulher. Lampião olhou para cangaceiro e ordenou:

-Pague a cabra!

-Quanto custa o animal? Perguntou o contrariado bandoleiro.

-500 Réis – respondeu a mulher

-Tome de esmola! Disse o cangaceiro jogando o dinheiro aos pés dela. Lampião virou-se pra ele e sentenciou:

-Você deu a esmola, agora pague a cabra!

Essa história, conhecida nos quatro cantos do sertão, faz parte do espólio de causos deixado por ele. Bandido sanguinário para uns, herói para outros, esse Zapata do sertão teve sua saga encerrada no dia 28 de julho 1938, numa emboscada na fazenda Angicos, município de Porto da Folha, Sergipe. A volante comandada pelo tenente João Bezerra, da polícia de Alagoas, surpreendeu o bando dormindo no acampamento. Depois de mortos, suas cabeças foram cortadas e expostas na escadaria da casa grande da fazenda, como mostra a mórbida foto acima. Em 1940 morreu num tiroteio o último grande cangaceiro, Corisco. Dadá, sua mulher, foi baleada e presa. Terminava aí a história do cangaço. Lampião, Maria Bonita, Corisco e Dadá viraram mito e são lembrados até hoje.

SOBERANIA BRASILEIRA EM JOGO

Por: Carlos Dornelas

Uma das vantagens de ler sobre História Militar é acompanhar a evolução das Forças mundo afora. E na América do Sul nada tem se comparado ao que Hugo Chaves tem feito nas "Repúblicas Bolivarianas da Venezuela". Ele tem implantado um vasto reaparelhamento de suas forças que vai desde treinamento de milícias urbanas contra um possível ataque dos Estados Unidos (sempre eles) até a aquisição de aviões caças Sukhoi da Rússia, submarinos novos e a construção de uma fábrica de fuzis Kalashnikov, também russa ( a Rússia tornou-se a principal parceira venezuelana nesse ramo). Do outro lado, as Forças brasileiras tentam a duras penas superar anos de falta de investimento e sucateamento.

A FAB tenta comprar novas aeronaves, já que o Mirage III foi "aposentado"; a Marinha conta com cinco submarinos para patrulhar 8,4 mil quilômetros de costa brasileira. Bem, é importante dizer aos ilustres freqüentadores do blog do nosso amigo Ed que a real função das Forças Armadas do Brasil é patrulhar o imenso litoral, bem como as bacias petrolíferas, o espaço aéreo e seu tráfego e as fronteiras terrestres, impedindo assim a entrada de guerrilhas e o tráfico de drogas, garantindo a soberania de nosso território. Assemelha-se à Polícia Militar nos estados que é responsável pelo patrulhamento ostensivo e manutenção da ordem pública. Pois bem, por aí percebemos a importância da manutenção das Forças Armadas em um território imenso, diria até "continental" como o Brasil.

Os amigos que são bem informados, tenho certeza, já perceberam a aproximação de Hugo Chaves com os guerrilheiros da Farc colombiana. A Colômbia não apóia essa aproximação, guerrilheiros que se dizem revolucionários mas vivem de seqüestros de inocentes e apoiam o tráfico cobrando dinheiro dos produtores de drogas. O temor "Chavista" é com os Estados Unidos, no entanto, apenas ataques em pontos estratégicos de caças F-117 e bombardeios B-2, americanos, já serviriam para neutralizar qualquer força (ou boa parte dela) da América do Sul, inclusive do Brasil. Alguns especialistas da área já afirmam que na verdade, tudo isso é um nova política “Chavista” de expansão do território venezuelano, a começar pela Amazônia brasileira?!!

SUBVERTENDO OS QUATRO ESTÁGIOS

Houve um tempo em que o indivíduo que cometia um crime cumpria quatro estágios: VIATURA - DELEGACIA - PRESÍDIO - PENITENCIÁRIA. Num país onde o sistema judiciário e carcerário funciona ,ainda é assim.

Nos últimos anos o Brasil vem subvertendo essa regra básica. Primeiro as penitenciarias ficaram superlotadas e os presos tinham que cumprir suas penas nos presídios (pra quem não sabe, esse é o local onde o detento aguarda o julgamento). Hoje em dia, os presídios estão superlotados e os presos estão cumprindo as penas na delegacia mesmo, os famosos "cadeiões".

Em breve, muito em breve, eles estarão cumprindo as suas penas dentro da viatura. Surrealismo? não, realidade brasileira! triste e inaceitável realidade brasileira. "Não diga tudo bem diante do inaceitável, a fim de que este não passe por imutável", a célebre frase do Brecht deveria ser estampada em neon pelos quatro cantos do Brasil. Temos que nos inconformar, temos que lutar contra isso!!!!

PEQUENA HISTÓRIA SOBRE O RACISMO


Em 1988, o corredor Ben Johnson bateu o recorde mundial dos 100 metros nas Olimpíadas de Seul. Um jornal do Canadá publicou a seguinte manchete na primeira página: "O CANADENSE BEN JOHNSON É O HOMEM MAIS RÁPIDO DO MUNDO". Dias depois, os organizadores dos jogos declararam que Johnson correu dopado, ele fazia uso de "esteróides anabolizantes". O atleta perdeu a medalha que foi dada ao corredor estadosunidense Carl Lewis. O mesmo jornal que dias atrás exaltara o corredor "canadense" publicou nova manchete: "O JAMAICANO NATURALIZADO CANADENSE FOI PEGO NO ANTI-DOPING".
Nota: esse post foi publicado nesse blog no ano passado, resolvi reeditá-lo porque na época eu não sabia como divulgar o blog e ele não foi comentado.

RETRATOS DA SEGUNDA GUERRA

Desde adolescente sou aficionado em ler sobre Segunda Guerra Mundial, e existem inúmeros filmes sobre o tema, mas pra não abranger demais comecei a me lembrar dos mais recentes que merecem ser vistos e revistos. "O resgate do soldado Ryan" foi um dos mais marcantes pra mim.O desembarque aliado na Normandia, "o dia D" ,foi retratado por Spielberg de maneira tal que os poucos veteranos, ainda vivos, impressionaram-se com o realismo.

Spielberg e Tom Hanks produziram uma das melhores minisséries, Band of Brothers ,que tem que estar na lista não só de quem se interessa pela Segunda Guerra Mundial, mas de todos que prezam por boas produções pra tela pequena, e eles já estão produzindo uma espécie de seqüência ,será Pacific ,que vai abordar a guerra no Pacífico contra os japoneses;as filmagens já começaram na Austrália.Fico imaginando só a produção que vem por aí.

Outro muito legal é "U-571 A BATALHA DO ATLÂNTICO ",do excelente diretor Jonanthan Moston ,sobre a missão suicida atrás da máquina enigma de Hitler; a designação U é dos submarinos alemães onde a história se enreda.
Outro de submarino ,só que pela visão dos alemães, é O BARCO, que mostra as agruras dentro da embarcação no inferno que é a guerra.
Um grande filme que passou meio batido nos cinemas daqui de Recife, mas não por mim ,eu fui, é A QUEDA, as últimas horas de Hitler.A produção é alemã e mostra "a toca do lobo" ,o bunker onde Hitler determinava as ordens bem no final da guerra.Destaco também a trilha original de Stephen Zacharias que, diga-se de passagem, tá dificil de encontrar,acho até que não foi lançada.
"Os canhões de Navarone" é antigão mas sempre falo sobre ele, pois é um clássico, e o episódio retratado não é fácil de ler na literatura da guerra.
A lista de Schindler (Spielberg de novo, um gênio) apesar de não retratar batalhas nos dá um tapa na cara retratando o horror do holocausto. Antes de acabar a munição tenho que falar dos dois filmes de Clint Estwood " CARTAS DE IWO JIMA" e "A CONQUISTA DA HONRA", filmes sobre a guerra do Pacífico são dificeis.Outro muito legal é "Memphis Belle A FORTALEZA VOADORA" ,esse sobre o bombardeio B-17 em suas missões na Segunda Guerra Mundial. Cessar- fogo!!
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