ROBERTO CARLOS, 50 ANOS EM 5 (GRANDES DISCOS)

Vi ontem, na tevê, o especial que a Rede Globo realizou em homenagem aos 50 anos de carreira de Roberto Carlos. Não vou tecer comentários sobre esse show. Pouco tenho a dizer sobre um espetáculo tão melancólico e chato como esse. O Roberto que eu gosto deixou de existir em 1983, ano do último bom disco gravado por ele.

Mesmo com essa ressalva, considero Roberto Carlos um gigante da música popular brasileira e resolvi homenageá-lo lembrando alguns dos seus melhores discos. Claro, levando-se em consideração a subjetividade do gosto, essa lista varia de pessoa a pessoa.

Roberto Carlos – 1966

Eu Te Darei O Céu / Nossa Canção / Querem Acabar Comigo / Esqueça (Forget Him) / Negro Gato / Eu Estou Apaixonado Por Você / Namoradinha de Um Amigo Meu / O Gênio / Não Precisas Chorar / É Papo Firme / Esperando Você / Ar de Bom Moço

Esse é o primeiro grande disco do Roberto Carlos. Das doze faixas, dez viraram hits e as outras duas chegaram perto. Essa obra faz parte da fase “jovem guarda” do cantor. Um dos primeiros discos de pop-rock do Brasil.

Roberto Carlos em Ritmo de Aventura - 1967

Eu Sou Terrível / Como É Grande O Meu Amor Por Você / Por Isso Corro Demais / Você Deixou Alguém A Esperar / de Que Vale Tudo Isso / Folhas de Outono / Quando / É Tempo de Amar / Você Não Serve Pra Mim / E Por Isso Estou Aqui / O Sósia / Só Vou Gostar de Quem Gosta de Mim

Clássico absoluto da discografia do Rei. Uma verdadeira fábrica de hits em que Roberto Carlos passeia pelo pop-rock e o romantismo. Esse disco é sempre lembrado como um dos melhores do Rei.

O Inimitável – 1968

E Não Vou Mais Deixar Você Tão Só / Ninguém Vai Tirar Você de Mim / Se Você Pensa / É Meu, É Meu, É Meu / Quase Fui Lhe Procurar / Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo / As Canções Que Você Fez Pra Mim / Nem Mesmo Você / Ciúme de Você / Não Há Dinheiro Que Pague / O Tempo Vai Apagar / A Madrasta

Esse é um disco de transição. A partir de “O Inimitável”, Roberto Carlos assumiu de vez o romantismo e afastou-se do pop-rock tão característico da fase jovem guarda. Mesmo assim, a influência da base roqueira (guitarra, baixo, bateria) é muito presente. É um dos meus preferidos!

Roberto Carlos – 1969

As Flores Do Jardim Da Nossa Casa / Aceito Seu Coração / Nada Vai Me Convencer / Do Outro Lado Da Cidade / Quero Ter Você Perto de Mim / Diamante Cor-de-Rosa / Não Vou Ficar / As Curvas Da Estrada de Santos / Sua Estupidez / Oh, Meu Imenso Amor / Não Adianta / Nada Tenho A Perder

Incluí esse disco porque tem uma das melhores músicas do Rei, “As Curvas da Estrada de Santos”. Graaaaaaaaaaaaaande música! Destaco também a belíssima “Sua Estupidez”.

Roberto Carlos – 1971

Detalhes / Como Dois E Dois / A Namorada / Você Não Sabe O Que Vai Perder / Traumas / Eu Só Tenho Um Caminho / Todos Estão Surdos / Debaixo Dos Caracóis Dos Seus Cabelos / Se Eu Partir / I Love You / de Tanto Amor / Amada, Amante

Outro grande disco do Rei. Além da clássica Detalhes, tem a canção que Roberto fez para Caetano, quando este estava no exílio: “Debaixo dos Caracóis Dos Seus Cabelos”. Coincidentemente, está incluída nesse disco uma belíssima canção de Caetano Veloso: “Como Dois e Dois”.

Parabéns, Roberto!

Menção honrosa para os bons discos:

Roberto Carlos -1976, Roberto Carlos – 1977, Roberto Carlos - 1979 e Roberto Carlos – 1983.

Clique aqui e ouça a discografia completa de Roberto Carlos

QUADRO-NEGRO

ESTOU FORA DO DERRADEIRO “ESPETÁCULO”

Há dias escrevi um breve post expressando a minha tristeza pela morte do Michael Jackson. Desde então, um turbilhão de informações (verdadeiras e mentirosas) acerca da vida desse atormentado astro chega a nós todos os dias. Qualquer informação, por mínima que seja, vira notícia e alavanca a audiência de telejornais, blogs, twitters e afins.

O último ato desse triste espetáculo será o funeral do cantor. Um imenso circo foi armado em torno dessa cerimônia (que deveria ser) fúnebre. A partir da divulgação dos detalhes da “festa”, começaram a especular sobre quantas pessoas participariam do ato. O medo de que uma grande tragédia fosse provocada pela voracidade da multidão de fãs, fez com que os “organizadores” da “festa” limitasse o número de “ingressos”.

A empresa organizadora do evento, “Staples Center”, limitou o número de “ingressos” e decidiu realizar um sorteio eletrônico. Resolvi participar dessa funesta seleção. Fiz minha inscrição e hoje recebi um e-mail informado que não fui selecionado. Claro que eu não iria nem venderia meu passe como já estão fazendo por aí afora. Fiz a inscrição apenas para ver como funcionava a coisa. A tristeza pela morte do Michael é a mesma, mas existe o alento de saber que agora, depois da morte, como sempre fazem, descobrirão que ele era genial. Segue o print screen do e-mail resposta que recebi da “Staples Center”:

[Clique na imagem para ampliar]

FELIZ 4 DE JULHO

NÓS E OS CHATOS

Virou moda, quase todo mundo anda com seu discurso “politicamente correto” no bolso. Desde então, manifestar opiniões sobre qualquer assunto que seja dá margem a uma discussão interminável. Não podemos mais torcer pela Seleção Brasileira de Futebol. Logo aparece um chato falando que a Seleção só tem jogadores ricos que não dão a mínima para você. Se perde é porque Dunga é burro, retranqueiro. Se ganha, é porque o adversário era fraco. “Também, os Estados Unidos. Queria ver se fosse a Espanha!” Esquecem que os Estados Unidos trituraram a Fúria de forma bastante competente. Os chatos são incoerentes.

Você não pode mais ver tevê. Algum chato no trabalho, na escola, na faculdade, vai dizer que você (que paga suas contas,trabalha, passou em concursos públicos, etc. etc.) está ficando burro, está perdendo tempo. Mesmo que você saiba que ver tevê é mera distração, o chato vai insistir e proferir aquele discurso de almanaque: “vá ler um livro”. Mas você não pode ler o livro que gosta. Tem que ler aquele autor (de preferência europeu) que só o chato e o editor (do livro) conhecem. Não importam suas experiências, seu gosto, seus parâmetros de mundo. Nada disso importa, você tem que ler o livro que o chato admira.

Vivemos cercados por figuras assim. Pense e você vai lembrar-se de algum. Aquele cara que odeia internet e acha que todo mundo tem que odiar. Quantas vezes você não ouviu a frase: “Você tem Orkut? É muita coragem!”. Tem aquele que nunca, nunca foi a um estádio de futebol e quando você fala que vai ver seu time jogar, vem aquela frase infame; “Eu é que não vou, do jeito que anda a violência”. Imagine se fôssemos dar ouvidos a esses chatos?

Quando estiver com tempo, leia a fábula "O Velho, O Menino E O Burro" (que você encontra aqui). A moral da história é a mesma do post que escrevi acima.

AO MICHAEL COM CARINHO

Acostumamo-nos a estranhar as esquisitices de Michael Jackson. Poucos astros do mundo pop eram tão inquietos quanto ele. Michael não teve infância. Quando consultamos sua biografia a impressão que fica é de que ele já nasceu astro. A imagem do garoto prodígio, minúsculo, com rosto angelical, liderando uma banda à frente dos seus irmãos grandões, era um indicador de um futuro brilhante.

Michael Jackson foi um gigante da música pop, que vestiu a pele de gênio e de vilão várias vezes. Apesar de ter crescido diante dos holofotes, sabíamos pouco sobre ele. O mistério sempre foi sua marca registrada. De tanto se esconder acabou se perdendo de si mesmo. Não sabia mais qual a sua cor, seu rosto, seu lugar. Perdeu gradativamente tudo que construiu com a fama. Quando se preparava para o retorno tão esperado pelos fãs, teve seu brilho apagado em circunstâncias misteriosas, como tudo que cercava sua vida.

Como ele era plural, cada um escolhe o Michael que vai eternizar na lembrança. A foto que ilustra esse post e o vídeo a seguir mostram a lembrança que eu vou guardar:

O DITADOR E A MÍDIA ONIPRESENTE

Para aqueles que só enxergam o lado ruim da internet, as imagens e notícias que chegam do Irã, de forma inconteste, desmistificam esse preconceito. Quando usada para o bem, a rede é uma aliada poderosa.
As fraudes que confirmaram (pelo menos por enquanto) a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad geraram uma onda de protestos que o governo dos aiatolás tentou esconder. Impossível, vivemos num imenso big brother. Todo mundo anda com uma câmera fotográfica no bolso e os arquivos de imagem e vídeo são enviados instantaneamente. Vários blogs publicados por iranianos, pessoas comuns, como nós, revelam as atrocidades da policia de Ahmadinejad.
Outro dia um amigo me falou uma coisa interessante: “O Google é o oráculo da pós-modernidade”. Chamar de oráculo essa ferramenta de busca não é exagero. Várias vezes, perdido no universo da informática, fiz perguntas ao Google e sempre tive uma resposta satisfatória. Essa é uma relação quase que religiosa. Consultar um ser supremo que tudo sabe.
Como falei em religião, vale lembrar que é preciso saber separar o joio do trigo. Esse é o grande problema da maioria dos usuários da rede. Falta conhecimento para lidar com tanta informação. Vi outro dia na tevê que os tótens digitais estão ganhando espaço. Tótem digital? As pessoas estão assumindo de vez a relação religiosa com os terminais de computador. É assustador, mas devo confessar que ver um governo autoritário e opressor sendo denunciado por blogs, twitters, orkuts e tantos outros canais da rede, deixa-me extremamente feliz. Quem pode vencer a mídia onipresente?
Clique aqui e acesse um dos principais blogs iranianos, View From Utside Iran
Clique aqui e acesse a versão traduzida (tradução automática)
Nota: Através desse blog, você tem acesso a várias outras páginas que informam diariamente sobre a situação atual do Irã.

O MASSACRE DA PRAÇA DA PAZ CELESTIAL E UMA CANÇÃO DESCONHECIDA

O Massacre na Praça da Paz Celestial completou vinte anos no último dia 04 de junho. Lembro-me claramente desse trágico episódio. Acompanhei como espectador, perplexo (pela tevê, em 1989), e depois de 1995 passei a comentá-lo já como professor. Sempre que falo sobre o assunto o sentimento é o mesmo: indignação.

O personagem central dessa tragédia que encerrou os anos 80, foi Deng Xiaoping. Partiu dele a ordem para que os tanques passassem por cima dos estudantes. A emblemática imagem de um chinês anônimo encarando uma fileira de tanques, registrada pela lente do fotógrafo Jeff Widener (Associated Press), virou um ícone do final da década de oitenta.

Em 1989 eu tinha uma banda de rock chamada Arte Final. Tocávamos em alguns espaços underground aqui do Recife. Depois do “Massacre da Praça da Paz Celestial” escrevi uma canção em homenagem aos estudantes que morreram lutando por um direito elementar: liberdade de expressão. A homenagem se estendeu aos estudantes brasileiros. No final da década de 80 o Brasil vivia um momento de transição, estávamos recuperando o direito de eleger os nossos governantes. A letra também fala das mudanças no Leste Europeu.

Poucas pessoas ouviram minha canção, éramos uma banda de garagem. Mas recordo-me com orgulho de ter participado (ativamente) desse momento histórico. Segue a letra da canção!

Canção Para Os Jovens Estudantes

Deixamos na escola, alguma coisa por fazer

Sonhávamos com paz e proteção

As normas que seguíamos por pura intuição

Escondiam as loucuras do mundo real

E as crianças cantando em coral

Paródias de rock and roll

E na China, na “Praça da Paz”, o céu se estilhaçou

Somos sobreviventes do Massacre da Paz Celestial

Somos herdeiros dos símbolos sagrados

Que ostentam os imortais

Pelas cidades os jovens lamentam a falta de atenção

Nos disseram que era loucura termos opinião

O fim da utopia revelando à multidão

Que tudo que aprendemos não passou de um dramalhão

E o quadro-negro verde que falava sem parar

Sumiu no tempo como os gritos dos jovens a lutar

E o povo cantando em coral paródias de rock and roll

E na Rússia, na Praça Vermelha, o Kremlin afundou

Somos sobreviventes do fracasso de um golpe capital

Somos os pobres militantes do Partido Cultural

Pela Constituição temos direito de estudar

Nós temos fome de cultura, vocês vão ter que nos ouvir.

Ed Cavalcante Recife, 22-06-89

Confira no vídeo abaixo, a cena do chinês anônimo enfrentando os tanques

OBSOLESCÊNCIA PLANEJADA E PERCEPTIVA, ARMADILHAS DO CONSUMISMO


Vivemos numa época em que os artigos tecnológicos surgem do nada e tornam-se obsoletos num piscar de olhos. A velocidade com que esses produtos tornam-se “superados” não causa mais espanto em ninguém. Já estamos acostumados com esse fenômeno. Aquele celular hi-tec do ano passado já é peça de museu.
Alguns itens lançados recentemente tiveram uma vida tão curta que quase não são mais lembrados. O Discman, aquele toca-cedê de bolso que veio substituir o walkman, não teve tempo de fazer história. Antes de se popularizar, foi substituído pelo MP3 player. Tudo isso, saiba você, não é resultado de uma evolução natural da tecnologia. Alguns itens tecnológicos quando nascem, acredite, já têm data prevista para sair de circulação. Isso é o resultado da “Obsolescência Planejada”, processo pelo qual os profissionais de marketing introduzem a obsolescência em determinados produtos para que esses sejam substituídos num tempo mais curto. O consumidor não tem escolha porque os produtos, em geral, só duram o tempo que o produtor quer.
Outra prática nessa mesma linha é a “Obsolescência Perceptiva”. Quando o fabricante não consegue reduzir o tempo de vida de um produto, lança uma “nova” versão com pequenas modificações. No Brasil chamam essa prática de “maquiar o produto”. Os produtos antigos, que têm a mesma funcionalidade, ficam com o aspecto de ultrapassados e o consumidor é induzido a comprar o novo. Aliada a essa prática existe uma propaganda maciça que complementa a “lavagem cerebral”.
No passado, os produtos eram planejados para terem vida longa. Até mesmo as possíveis modificações do futuro eram pensadas. No seletor de canais das tevês dos anos sessenta e setenta, existia um espaço para UHF (não existia o canal 01, a numeração ia de 02 à 13) mesmo sem existir canal nem transmissão nessa frequência. No Brasil, o primeiro canal de UHF foi ao ar, somente, na década de 90. A bandeja do drive dos antigos toca-cedês já vinha com um círculo menor no centro. No futuro, imaginavam, os cedês diminuiriam de tamanho.
Quando for trocar de celular, lembre-se, você pode estar realizando a vontade de alguém que passou algumas horas diante de uma planilha e criou uma situação que lhe conduziu a essa troca.

LIÊDO MARANHÃO, O "ESCRIBA DO POVO"

Quando era garoto, um dos meus maiores divertimentos era, aos sábados, ir trabalhar com meu pai. Na verdade não ia trabalhar, apenas o acompanhava e aproveitava para me divertir nas ruas do bairro de São José. Aos que não são do Recife: esse bairro é um reduto tradicional da boemia recifense, localizado no coração da cidade. Absolutamente tudo nesse bairro funciona em função do Mercado de São José, um ponto histórico bastante visitado no Recife, apesar do abandono.

Mas eu falava da minha infância. Quando era garoto adorava o bairro porque era um reduto de personagens inusitados. Tinha um vendedor de picolés que vendia seu produto, literalmente chorando, pedindo pelo amor de Deus para as pessoas comprarem. Tinha um vendedor de palitos de dentes que se queixava: “que negócio de corno o meu. Quem vai comprar palitos de dentes, o povo não tem o que comer”. Mas, entre tantos personagens inusitados, ninguém se compara a Liêdo Maranhão. Nascido ali mesmo no bairro de São José (1925), ele se auto intitula “um escriba do povo”. Liêdo é ácido, captura apenas o lado anárquico do povo.

Hoje em dia o velho escriba, aos 83 anos, conserva uma lucidez de dar inveja. Não mora mais no bairro de São José, vive hoje em Olinda. Lançou uma dezena de livros narrando causos e acontecimentos do cotidiano do Recife, sobretudo do seu bairro natal. Outro dia, num programa de rádio famoso aqui do recife, falava ele ao radialista Geraldo Freire sobre seu último livro, que estava em fase de acabamento: “estou escrevendo o último capítulo falando sobre todos os gays com quem transei”.

Liêdo não gosta de ser chamado de escritor, sempre acentua isso. É uma figura adorada na Praça do Sebo onde, carinhosamente, o chamam de “pau dormido”. Dizem que quando gritam esse constrangedor apelido, puxa do bolso uma caixa de Viagra. Termino com historinhas narradas pelo “escriba dos excluídos”:

“Eu não escrevo livros, gosto de ouvir o que o povo fala e me aproveito disso. Outro dia eu estava num ônibus e uma mulher perguntou ao motorista: ‘Qual a última parada? ’ Ele respondeu: ‘É a cardíaca!”

“Outro dia vi o pastor José Luiz, na Praça Joaquim Nabuco, pregando o evangelho: “Paulo disse: ‘Bom seria que o homem não tocasse em mulher’. E agora estão dizendo que Paulo era bicha!”...

Liêdo Maranhão por ele mesmo: “– Sou Liêdo Maranhão de Souza, nascido em 3 de julho de 1925, no Recife, bairro de São José. Sou dentista e esquizofrênico cíclico, como um amigo psiquiatra já me disse. Sou poliglota: falo espanhol, francês, e falo gago também” (em entrevista concedida a Urariano Mota)

Saiba mais sobre Liêdo Maranhão clicando AQUI

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