OS VINTE ROBÔS MAIS POPULARES DA TEVÊ E DO CINEMA

Robocop (Robocop, O Policial do Futuro - 1987) – Criado em 1987, o “Policial do Futuro” não é bem um robô, já que é um híbrido de organismo humano e cibernético. Entretanto, a criação de Paul Verhoeven entrou para a história como um dos robôs mais populares do cinema na década de 80. Recentemente foi anunciado que a trilogia ganhará um remake.
R2D2 (Star Wars - 1977) – Definido como “dróide automecânico”, esse simpático robozinho é um dos personagens mais famosos da clássica saga Star Wars. Formava dupla com o atrapalhado C3-PO. Os dois robôs foram os únicos personagens a participarem de todos os filmes da saga.
Andrew Martin (O Homem Bicentenário - 1999) – O simpático robô interpretado por Robin Williams reeditou a temática abordada no clássico Pinóquio: um ser mecânico que queria se tornar humano. O filme foi lançado em 1999 e teve direção de Chris Columbus.
Bender Rodrigues (Futurama- 1999) – Bender é um daqueles personagens baseados em clichês americanos. O robô foi criado no México e é uma espécie de anti-herói, aparece, costumeiramente, fumando e bebendo. É claramente um referência preconceituosa conta os mexicanos.
Gort (O Dia Em Que a Terra Parou - 1951) – Esse é um dos primeiros robôs do cinema. Criado em 1951, era uma espécie de jagunço cibernético do alienígena Klaatu. Tinha como principal poder emitir um raio com os olhos.
Johnny-5 (Short Circuit - 1986) – Esse simpático robô fez muito sucesso na década de 80. Além da simpatia era curioso. No filme, ele ganhou vida e autonomia depois de receber uma descarga elétrica em um experimento militar. Após ganhar autonomia, ele ouviu a música “Who's Johnny” e batizou a si próprio de “Johnny-5”.
Rodney Lataria (Robôs – 2005) – Mais um simpático robô. Rodney é uma espécie de sonhador que sai da sua cidade natal para realizar um grande sonho: conhecer o grande soldador. No Brasil, o robozinho foi dublado por Reinaldo Gianecchini.
Rose (Os Jatsons – 1962) – Era a empregada dos Jatsons sempre carinhosa e gentil com todo mundo. Em alguns episódios, a empregada cibernética era o centro da trama.
Sonny (Eu, Robô – 2004) – Na assustadora realidade de 2035, homens e máquinas povoam a Terra. Sonny, um robô NS5, é um dos protagonistas da trama. Acusado de ter assassinado seu criador, Dr. Alfred Lanning, ele, na verdade, foi programado para cometer o crime que fazia parte de um grande plano do Dr. Lanning. Sony, portanto, é uma espécie de “Judas cibernético”.
T-800 (O Exterminador do Futuro – 1984) – Essa é uma das várias versões de exterminadores da saga. Uma máquina programada para viajar no tempo e exterminar o grande redentor do planete Terra, John Connor, o líder da resistência. 
B9 (Pedidos No Espaço – 1965)– Um dos robôs mais populares de todos os tempos na tevê mundial, é também o campeão na venda de actions figures (miniaturas de personagens). Na série o B9 eternizou a mensagem de alerta “Perigo, perigo, meus controles não têm registros” que mora no imaginário de muita gente pelo mundo afora. Na trama, o hilário agente infiltrado Dr. Smith reprograma o B9 para ele danifica a nave da Família Robinson. O atrapalhado agente acaba ficando preso e decolando com a nave avariada. A dupla Dr. Smith e o robô B9 é um clássico das série de tevê.
Cameron Philps (Terminator:The Sarah Connor Chronicles– 2008) – Na versão para a tevê do Exterminador do Futuro, John Connor tem como anjo da guarda a linda Cameron Philpas, uma cyborg modelo TOK715 enviada do futuro (2027) para proteger o jovem John Connor. Na série, em vários momentos, John demonstra um excessivo carinho com a bela máquina.
David (A.I Inteligência Artificiall – 2001) – A história do pequeno andróide David Swinton, é uma releitura do clássico “Pinóquio”, uma máquina sonhando em se tornar gente de verdade. É mais uma ficção abordando o tema da convivência entre homens e máquinas.
Ed-2009 (Robocop, O Policial do Futuro – 1984) – Esse estranho robô foi um coadjuvante em um dos filmes da trilogia Robocop, mas imortalizou-se numa cena: ele é apresentado como um possível substituto do Robocop, mas sofre uma sabotagem e acaba matando um executivo durante sua apresentação.
Frankenstein Jr (Frankenstein Jr e Os Impossíveis – 1966) - A versão infantil do monstro “Frankenstein” foi ao ar pela primeira vez em 1966. Na trama o garoto cientista Buzz Conroy com a ajuda do seu pai, o Professor Conroy, criaram o robô para combater o crime. “Frankie” era acionado por um raio emitido pelo anel de Buzz. O desenho foi cancelado porque a conservadora sociedade americana classificava “Frankie” como violento.
O Homem de Aço (Gigantor – 1956) – Foi uma criação japonesa de 1956 exibida no Brasil no final da década de 60. Gigantor era um robô movido a propulsão por jatos em suas costas, controlado por um garoto de 12 anos chamado Jimmy Sparks (Carlos Centelha, na versão em português). O robô foi criado pelo Dr. Sparks, um cientista renomado, pai de Jimmy, para ajudar o inspetor Blooper e a polícia japonesa em sua guerra contra o crime. Anos depois essa série japonesa seria plagiada pelos estúdios Hanna-Barbera que criou o Frankenstein Jr nos mesmos moldes.
Optimus Prime (Transformers – 1984) - é o protagonista do universo Transformers. Ele é o lider dos Autobots, um grupo de robôs heróicos do planeta Cybertron, e detentor da Matriz da Liderança em quase todas as suas versões. Seu maior inimigo é Megatron, líder dos Decepticonss, que na maioria das séries já foi amigo de Optimus em Cybertron. Sua forma convencional é um caminhão.
Robô Gigante (Giant Robot – 1967) – Essa é mais uma criação nascida no rastro da pioneira série “Gigantor”. Criada por Mitsutero Yokoyama, a série mostrava um robô gigante que voava e combatia monstros gigantes que atacavam o Japão. O grande robô era acionado a distância por um garoto que usava um relógio que funcionava como um controle remoto.
C3PO– (Star Wars – 1977) – Inspirado no robô do filme “Metrópolis”, ganhou a simpatia dos fãs de Star Wars por ser atrapalhado e afeminado. C3PO é um dróide de comunicação, fala mais de 6 milhões de idiomas e dialetos. Assim como seu inseparável companheiro, R2D2, participou de todos os filmes da saga Star Wars.
Wall.E (Wall.E – 2008) – Wall.E ganhou elogios da crítica e do público. A apocalíptica história desse simpático robô se passa no longínquo ano de 2805. Com a Terra devastada e entulhada, Wall.E passa a atuar como zelado do planeta. O filme tem toques bíblicos, Wall.E e Eva ajudando a salvar e repovoa o mundo.

TIRINHA DO JORNÁLIA - Nº01

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RELICÁRIO VOL. 14: A VOLTA DE TINA CHARLES - 2008



Feels Like Sunday é o álbum mais recente de Tina Charles, uma das divas da disco music. O álbum foi lançado em 2008 quando a cantora retomou sua careira depois de mais de 20 anos afastada dos palcos. O disco é composto por regravações de medalhões da pop music e os principais hits da própria cantora. Atualmente, Tina roda a Europa fazendo apresentações junto com outros nomes do gênero. O vídeo abaixo traz trechos de todas as faixas do álbum. Relembre e compare:

O TALENTO SUPERA QUASE TUDO

Acredito piamente na frase que dá título a esse post. Admiro pessoas talentosas, mesmo aquelas que não conheceram o sucesso. Lembro-me de um quadro de um programa de tevê  em que grandes nomes do teatro interpretavam  uma fria lista telefônica. Um conglomerado de nomes e números ganhando vida e sentimento apenas – e tão somente – pelo talento dos atores.

Nessa mesma seara – e aproveitando a comemoração do seu centenário – veio à minha lembrança a história de vida do mestre Luiz Gonzaga. O menino pobre e de pouca instrução formal venceu o mundo mantendo-se firme na sua cultura e no seu modo de ser. Compôs um personagem baseado no tipo humano da sua região, foi morar no centro-sul e, contrariando o que seus conterrâneos sempre faziam, não absorveu a cultura de lá, divulgou a daqui. Esse feito mensurado na atual conjuntura, onde o poder da mídia está ao alcance de todos, parece pouco, mas Seu Lula venceu e convenceu numa época em que a informação era privilégio de poucos.

Outro exemplo claro de que o talento supera quase tudo é percebido num relato do grande guitarrista Jimmy Page (Led Zeppelin) explicando como o baterista Bonzo entrou no Led: “Já havíamos feito testes com dezenas de bateristas. Uma exigência que fazíamos era que o candidato tinha que tocar com o seu instrumento. Um belo dia chega um baterista gorducho com uma bateria velha com apenas um tan-tan. Quando ele começou a tocar, não acreditei que alguém podia tocar bateria daquele jeito”.

Mais uma do rock: depois da morte do lendário vocalista Bonn Scott, a banda australiana ACDC iniciou uma série de audições para escolher um novo vocalista. Brian Johnson que já havia cantado em bandas de rock, trabalhava como motorista do ACDC. Um fã da banda, de apenas 14 anos, escreveu uma carta citando o nome de Johnson como um grande vocalista. Ele foi convidado a fazer uma audição e acabou sendo aprovado com louvor. Johnson é vocalista do ACDC até hoje.

Mas, o talento não vence tudo, tem um “quase” na frase. Para esclarecer esse pormenor, criei a parábola do sucesso que encerra esse post:

A Parábola do Sucesso

O sucesso pode ser comparado à travessia de um rio. Em uma margem está o início da carreira, do outro lado, o sucesso. Alguns, que são bastante talentosos, nadam com facilidade e alcançam o outro lado. Outros, mesmo com talento, encontram um crocodilo durante a travessia e perecem. Existem ainda aqueles que não têm talento algum, mas durante a travessia se agarram a um tronco e alcançam a outra margem. Chegando lá não sabem o que fazer com a conquista e logo são esquecidos. Não basta apenas talento, tem que ter um pouco de sorte!

A VOZ DE UM BRASIL QUE NÃO EXISTE MAIS

É quase que uma unanimidade, quando a famigerada vinheta - “Em Brasília, 19 horas” - ecoa nas ondas dos rádios, todo mundo fica triste. Em nenhum país do mundo, que se diz democrático, existe propaganda obrigatória do governo. No Brasil, inacreditavelmente, ela resiste desde a Era vargas.

Criada por Aramando Campos, um dublê de amigo e cabo eleitoral de Getúlio Vargas, o programa foi ao ar pela primeira vez em 22 de julho de 1935 com o título de “Programa Nacional”. Dois anos depois mudou de nome, passou a se chamar “A Hora do Brasil”. Em 1971, com a programação totalmente voltada para a propaganda da ditadura militar, passou a se chamar, por ordem de Médici, “A Voz do Brasil”.

Depois de quase oito décadas de existências, esse resquício de várias ditaduras vem resistindo à redemocratização do Brasil. A partir da década de 90, entretanto, vários veículos de comunicação ganharam liminares na justiça para derrubar a obrigatoriedade da exibição do programa. O foco dessa resistência se deu, ironicamente, no estado natal de Getúlio Vargas, o Rio Grande do Sul. A maioria das rádios gaúchas está desobrigada a exibir a propaganda política do governo. Várias rádios do Rio de Janeiro e de São Paulo também conseguiram liminares para fugirem da “Voz do Brasil”.

A resistência ao programa fez com que a Radiobrás (Empresa Brasileira de Comunicação) mudasse o formato da Voz do Brasil. A atração foi dividida em blocos e distribuída entre os três poderes. Adotou uma linguagem mais informal semelhante aos noticiários das rádios comerciais. O grande problema, entretanto, não é o formato e sim o fato da atração ser uma imposição do governo. A manutenção desse horário obrigatório é o último bastião de um período negro da história do Brasil. O mais inacreditável é a força que essa propaganda ditatorial ainda exerce nessa nossa frágil democracia.

A nós, pobres mortais conectados a rede, resta gritar e lembrar que “nunca devemos dizer tudo bem diante do inaceitável a fim de que este não passe por imutável”. Gritemos, então!

EXISTE ESTRUTURA IDEAL NA PRODUÇÃO DE UM TEXTO?

Quando frequentava a escola entre o fundamental e o médio – chamavam de ginásio e científico na minha época – ouvia muitos elogios dos meus professores de português. Diziam-me: “Você escreve boas redações”. As boas notas atribuídas aos meus textos, fizeram -me acreditar nisso. Algum tempo depois, quando me preparava para fazer o famigerado vestibular, ensinaram-me que existia uma estrutura padrão para as redações dos exames. A regra geral, diziam, era um parágrafo introdutório, dois no desenvolvimento da ideia e mais um na conclusão. Em quatro parágrafos, portanto, eu deveria vender o meu peixe.

Fiz a minha redação do vestibular sem problema, sempre fui viciado em escrever. Já no ambiente acadêmico – estudei na Federal de Pernambuco – quando realizava trabalhos em uma cadeira obrigatória no departamento de educação, deparei-me com textos de José Saramago que, como todo mundo sabe, escreve sem respirar. Várias e várias páginas no mesmo parágrafo. Pensei: “E as regras de estruturação do texto?”. Fiz alguns questionamentos a esse respeito e ouvia coisas do tipo: “Saramago pode tudo”, ou “É o estilo dele”. Essa liberdade de se estruturar um texto seguindo seu próprio estilo, então, deveria ser respeitado também no ambiente escolar.

Imagino que muitos dos que gostam de escrever, acabam tolhendo ideias e até mesmo, desistindo desse ofício, porque muitas regras são impostas durante o tortuoso caminho acadêmico. Só se pode ter “estilo” quando se é estrela, concluí. No caso de Saramago, seus longos períodos só passaram a ser (em parte) aceitos, depois que ele ganhou um Nobel. "Isso é literatura, afinal", devem ter pensado seus críticos.

Outra coisa que sempre me incomodou foi a obrigatoriedade da impessoalidade nos textos de trabalhos científicos e até mesmo em crônicas. Quando contribuía escrevendo sobre séries de tevê para um site, o editor pediu-me para reformular um texto que eu escrevi na primeira pessoa. "Seja impessoal como os grandes jornalistas", argumentou. Acabei não aceitando a regra e deixei de escrever para o site. Os melhores textos que li, quase sempre, subvertiam essas regras. Como se diz por aí, “você é o que lê”. Inconscientemente, você acaba recorrendo a caminhos que seu subconsciente grava. Quem está acostumado a escrever metendo o bedelho no assunto, dificilmente conseguirá produzir um bom texto se essa liberdade for cerceada. Escreva o que quiser, mas escreva do seu jeito!

HISTORINHA DE SÃO JOÃO (NÃO SE DESESPERE, TENHA BOAS IDEIAS)

Aconteceu em um São João da década de 80, o ano eu não lembro. Estava o maior festão numa grande palhoça lá do bairro da Mangueira (Recife) onde eu residia. Dezenas de quadrilhas matutas e uma bandinha de forró animando o povo. A maioria dos presentes esperava a grande atração da noite, a cantora adolescente Fabiana, sucesso local. Num dado momento da festa foi anunciada a presença da cantora mas havia um impasse: não existia policiamento no local e Fabiana recusava-se a se apresentar por falta de segurança.

Valdir Spinelli, o organizador do evento, entrou em pânico porque não havia como convocar policiamento já com a festa rolando. Ligou para o 190, explicou o fato e pediu uma guarnição. Ouviu um sonoro “não”. Valdir, bastante nervoso, subiu ao palco para avisar que Fabiana não cantaria  por falta de policiamento. Claro que a noticia iria gerar um grande tumulto, o povo não ia deixar passar barato. Do alto do palco, contemplando a multidão composta pelos moradores do bairro e  componentes das dezenas de quadrilhas que se apresentaram, o organizador teve uma ideia e correu para o microfone: “Atenção todos os soldados de todas as quadrilhas presentes, compareçam aqui atrás do palco. A quadrilha que não enviar seu soldado aqui para trás será punida no concurso”.

Para quem não sabe, as quadrilhas matutas tradicionais aqui do nordeste eram compostas por personagens: o padre, o bêbado, o delegado, o sacristão, o soldado e etc. Em questão de minutos, formou-se um batalhão de soldados com fardamento de todo tipo, um pelotão que lembrava muito aqueles esquetes  dos  Trapalhões. Valdir dirigiu-se até a van onde a cantora estava e informou: “Dona Fabiana, o policiamento chegou”. Formou-se um hilário cordão de isolamento e ela, que assistia a tudo da janela do carro, sorriu, entrou na onda e animou a noite. Não se desespere, tenha boas ideias!

POR ONDE ANDA A CANTORA BIANCA?

Lá pelo final da década de 70 (século XX), quando o rock brasileiro ainda procurava sua identidade própria, uma cantora baixinha, de cabelos encaracolados e muito jovem despontou para o sucesso. Seu nome: Bianca. Ela era uma espécie de “Pitty” da época, tocava muito no rádio e rapidamente tornou-se um símbolo de rebeldia. Seu nome verdadeiro é Cleide Domingues Franco, nasceu em Ituiutaba, Minas Gerais, em 1964.

Bianca começou muito cedo, gravou seu primeiro compacto com apenas 14 anos. O single “Os Tempos Mudam” (O Que Me Importa) logo ganhou as rádios e virou hit e acusações de plágio. A música seria muito parecida com “Satisfaction”, dos Stones. Mesmo sendo adolescente, suas músicas não eram direcionadas ao público da sua faixa etária, falavam de rebeldia e crises existenciais. O lado B do compacto trazia uma versão de “A Little More Love”, hit de Olivia Newton John. A canção "Vou Pra Casa Rever Os Meus Pais" também virou hit e ela caiu no gosto da juventude da época.

Entre 1978 e 1983, Bianca lançou quatro compactos simples e um LP, todos em vinil. Depois dessa meteórica carreira, veio o grande mistério: a cantora sumiu repentinamente e foi praticamente esquecida pela mídia e seus fãs. Vasculhei a rede à procura de informações sobre ela e me deparei com várias versões sobre o seu sumiço. Acabei encontrando um vídeo  de uma banda de forró da cidade de Piquet Carneiro, Ceará. No vídeo da banda “Destak do Forro”, aparece uma cantora loira que, supostamente seria Bianca. A foto abaixo foi extraída desse registro. Fiquei tão curioso para confirmar essa versão que até enviei um e-mail para o Fantástico (Globo) pedindo que eles investigassem esse mistério. Resta aguardar!

COISAS QUE GOSTARÍAMOS DE FALAR PARA FUNKEIROS, BREGUEIROS E TODOS OS MAL EDUCADOS QUE AGRIDEM NOSSOS OUVIDOS

NOSSA TRADIÇÃO NORDESTINA E OS NOVOS RUMOS AMBIENTAIS

Por: Gustavo Soares - No último dia 24 de junho (2011), dia de São João, mais uma vez lembrei-me do meu pai, Sr. João Vandeval de Araújo, falecido há 17 anos. Homem fiel as tradições e que reforçada pelo fato de ter nascido no dia de São João, fiel também as tradições juninas. Todos os anos era ele quem acordava primeiro no dia 23 de junho, tomava seu café e já ia para rua, em frente a nossa casa, elaborar sua majestosa fogueira de São João, era sempre a maior da rua e eu, criança na época, olhava aquilo e já prometia a mim mesmo que quando Papai do Céu o levasse, eu, que também tenho João no nome, iria continuar com aquela tradição. E assim foi durante alguns anos após sua partida em 1992.

Hoje, me conscientizei e percebi que o mundo pede socorro, pedi desculpas a meu pai e deixei a tradição da fogueira de lado. Todavia, como diz o velho ditado popular: “Uma andorinha só não faz verão” As vésperas do dia do santo, assustei-me mais uma vez quando, saindo da cidade de Ipojuca, Região Metropolitana Sul do Recife, seguindo de carro até a Zona Oeste do Recife, pude observar uma situação vivida apenas pelas pessoas que moram nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, quando o tempo seco e as queimadas mais intensas na floresta amazônica fazem com que cidades inteiras fiquem cobertas de fumaça, situação essa muito comentada e criticada pela mídia. Mas, esse é um problema crônico!! E quanto à queima de madeira promovida por uma tradição secular? Isso é crônico também? É prejudicial ao meio ambiente? Não estaria na hora de abandonar essa tradição tão fora de moda e começar a se preocupar com as emissões de dióxido de carbono na atmosfera? Afinal, essa é a principal causa do tão comentado AQUECIMENTO GLOBAL.

A fogueira de São João é bela, tem seu apelo religioso para muitos, é tradicional, enfim.. Porém não devemos tolerar mais tantas agressões a nossa mãe Terra, aquela que nos conduz, que nos dá condições de vida. A queima de matéria orgânica (madeira, por exemplo) e a queima de combustíveis fósseis (gasolina e diesel, por exemplo) promovem a liberação de dióxido de carbono, e este é o principal responsável pelo EFEITO ESTUFA principal causa do AQUECIMENTO GLOBAL.

Teremos o próximo São João para rever nossos conceitos, nossos princípios e nossas tradições e dentre elas a queima da fogueira.
Gustavo Soares é Geógrafo, professor de Geografia da Rede Pública Estadual de Pernambuco, comerciante e DJ.

A FILOSOFIA FRAGMENTADA

De vez em quando me vejo mergulhado numa daquelas discussões que de tão complexas, acabam virando uma dízima periódica, onde os argumentos, por mais floreados que estejam, acabam se repetindo. Puseram-me, mais uma vez, para dar aulas de filosofia, mesmo tendo formação na área de humanas (Geografia) e gostando bastante do assunto, sei que vou topar com questionamentos que estão além da minha prática pedagógica. Ao mesmo tempo, lembro-me de Viviane Mosé e sua valorosa contribuição ao ensino de filosofia quando, brilhantemente, conduziu a série “Ser Ou Não Ser”, um quadro do “Fantástico” que colocava a filosofia ao alcance dos leigos.

O dilema de quem leciona essa disciplina nas escolas públicas – seja especialista ou não – começa pela quantidade de aulas: apenas uma por semana. Como é possível estabelecer uma discussão ou falar sobre abstração em um espaço de tempo tão exíguo? Na verdade, não se leciona filosofia dessa forma, fala-se sobre filosofia. Optei por buscar no cotidiano um pouco do que pede a grade curricular. Viviane Mosé em um de seus programas perguntou: “É possível Viver Sem Arte?”. Um mote interessante que cabe perfeitamente numa aula. Seguindo essa linha, falei sobre filmes e discos, uma praia que eu conheço:

Na época dos elepês – falo do tempo em que reinavam absolutos – lembro-me que ficava indignado com as pessoas que rabiscavam as capas com mensagens de posse ou tratavam as bolachas pretas como artigos descartáveis. Sempre tive muito respeito pelos discos, tanto quanto pela música. A grande maioria das pessoas que maltratavam os discos, tinha um nível cultural rasteiro. Com os filmes, o raciocínio é o mesmo. Imagine a cena: você está assistindo a um filme no devedê e chega alguém para conversar. Você afasta-se da tevê, deixa o filme rolando e vai conversar. Por que não pausá-lo? Sei, há quem diga que esse papo soa como ranzinzice, mas a relação entre o respeito devotado as artes e o crescimento pessoal é bastante direta. Muitos defendem a tese de que é possível medir o caráter de uma pessoa observando a forma como ela trata as crianças e os animais. Penso o mesmo quanto aos discos e filmes.

Essa breve história sobre o meu apreço para com os discos e os filmes inicia uma diálogo que, infelizmente, é interrompido pelo irritante toque da campainha que alerta para o final da curtíssima aula da noite. A filosofia fragmentada perde um pouco do seu brilho. O esforço que faço para meus alunos entenderem que a filosofia é necessária para o desenvolvimento do indivíduo desaba com a observação de um aluno ao final da aula: “Professor, se isso fosse importante não teríamos apenas uma aula por semana”. Filosofei: “Vamos provar que eles estão errados”. Até hoje estamos tentando.

HOJE, 05 ANOS DE JORNÁLIA! PARECE QUE FOI ONTEM!


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