Cá estou para tecer uns breves comentários sobre a polêmica entrevista que o Pastor Silas Malafaia concedeu a jornalista Marília Gabriela. Na verdade, não foi uma entrevista, foi um embate. A jornalista, como sempre, perfeita nos seus questionamentos, fez com que Silas mostrasse – apesar dos inúmeros subterfúgios usados – a sua verdadeira face.
Como de costume, o pastor conferencista usou da oratória para fugir dos questionamentos mais polêmicos. Longas divagações e discursos floreados de citações da Bíblia a fim de que sua interlocutora se desviasse do real sentido da pergunta. Arguta, Marília escapou de todos os engodos armados pelo pastor. Silas deu um show de preconceito e covardia. Sim, covardia, ele diz que não tem nada contra os homossexuais, mas seu discurso prova o contrário. Todos os argumentos que ele construiu disseminava o preconceito, mas em momento algum ele assumiu a sua repulsa, não é burro, isso agora dá cadeia.
Acostumado a falar para plateias que aceitam seus efusivos discursos sem grandes questionamentos, ele se perdeu quando tentou explicar o porquê das benesses do dízimo chegarem primeiro – e em maior quantidade – para os membros das cúpulas das igrejas. Pastores, assessores diretos e familiares dos dirigentes das grandes igrejas vivem muitíssimo bem, como, aliás, deveriam viver todos os fieis. Isso não foi respondido, o que se viu foi mais divagações várias vezes interrompida pela jornalista. Patético.
O ponto mais conflitante da entrevista foi quando o pastor tentou enveredar pelo campo da genética para fundamentar seu preconceito. Citou percentuais de pesquisas mas não citou as fontes. Só esse detalhe já desmontaria seu alegórico discurso. Como era de se esperar, a comunidade científica, que não mistura suas preferências morais com ciência, começou a se manifestar. Abaixo, disponibilizo um vídeo do Biólogo e doutorando de genética da Universidade de Cambridge, Reino Unido, Eli Vieira, que responde e corrige todos os equívocos cometidos pelo dublê de geneticista Silas Malafaia. A ciência desmontando a falácia, assista: