JULGANDO OS DISCOS PELAS CAPAS

SECOS E MOLHADOS (1973): PRA QUEM NÃO LEMBRA, ESSA É A BANDA QUE TEVE SEU VISUAL COPIADO PELO KISS. CAPA OUSADA E ORIGINALÍSSIMA. VOCÊ FAZ A LEITURA QUE QUISER DESSA IMAGEM. PRA MIM ELES QUERIAM SERVIR A MÚSICA COMO NUM BANQUETE. SECOS E MOLHADOS (1974): MARAVILHOSA CAPA. COLOCO-A ENTRE AS DEZ MELHORES DE TODOS OS TEMPOS. SIMPLES, ARTÍSTICA, GÓTICA (MODA HOJE EM DIA), DIFERENTE, MARCANTE, ETC.,ETC.,ETC...
AVE SANGRIA (1974): ESSA É UMA DAS MAIS BELAS CAPAS DE DISCOS NA MINHA OPINIÃO. CLÁSSICO ABSOLUTO DO UNDERGROUND PERNAMBUCANO. ESSA ILUSTRAÇÃO SURREAL MOSTRA UMA IEMANJÁ NO SEMI-ÁRIDO. METADE MULHER, METADE CARCARÁ. ELEMENTOS DA CULTURA NORDESTINA COM TOM PSICODÉLICO. WAR - U2 (1983): UMA CAPA SIMPLES MAS COM UMA IMAGEM MUITO FORTE. GUERRA, TEMA MUITÍSSIMO EM VOGA NA DÉCADA DE 80 NA EUROPA. O LESTE EUROPEU ESTAVA FERVILHANDO E AS BANDAS COM LETRAS DE CUNHO POLÍTICO GANHARAM O ESTRELATO. A FOTO DESSE GAROTO ESTAMPOU MUITA CAMISETA. TÁBUA DE ESMERALDA - JORGE BEN (ELE ASSINAVA ASSIM NA ÉPOCA - 1974): O ALQUIMISTA DE SONS NOS BRINDOU COM ESSE QUE É CONSIDERADO POR MUITOS UM DOS DEZ MELHORES DISCOS DA MPB. A CAPA NÃO FICA ATRÁS, MOSTRA UMA SÉRIE DE IMAGENS DE ANJOS, DEUSES, SÍMBOLOS ALQUÍMICOS LEMBRANDO UM VITRAL.
DUBLE FANTASY - JOHN LENNON (1980): ESSA CAPA FOI REPETIDA (EM CORES) NO ÁLBUM PÓSTUMO (COM RESTOS DE GRAVAÇÕES) "MILK AND HONEY". EU GOSTO MAIS DA VERSÃO PRETO E BRANCO. ESSA IMAGEM DE LENNON E YOKO SE BEIJANDO COMO UM CASAL NORMAL É MAIS INUSITADA DO QUE OS DOIS NUS EM TWO VIRGINS. SIMPLES E ETERNO. ESSA NÃO É APENAS A MELHOR CAPA, É TAMBÉM O MELHOR DISCO DO CARA.
CASA DE ROCK - CASA DAS MÁQUINAS (1976): MAIS UMA IMAGEM PSICODÉLICA DO ROCK BRASIL, QUE NESSA ÉPOCA ESTAVA NO PERÍODO DE ENTRESSAFRA. GRANDE DISCO. ESSA IMAGEM É EMBLEMÁTICA, REPRESENTA A RESISTÊNCIA DO ROCK NACIONAL.
CORES, NOMES -CAETANO VELOSO (1982): BELÍSSIMA CAPA DO MANO CAETANO. ESSE ÓTIMO DISCO DA FASE PÓS-TROPICALISTA TRAZ AINDA ALGUNS TRAÇOS DA ESTÉTICA DO MOVIMENTO. O COLORIDO, A IDÉIA DE LIBERDADE E A IRREVERÊNCIA.
CABEÇA DINOSSAURO - TITÃS (1986): O QUE DIZER DE UMA CAPA ASSINADA POR LEONARDO DA VINCI? (RSSSS). POIS É, O CABEÇA TEVE A HONRA DE ESTAMPAR NA SUA CAPA UM ESBOÇO DO GRANDE MESTRE RENASCENTISTA, "A EXPRESSÃO DE UM HOMEM URRANDO". O DISCO É UM DOS MELHORES DO ROCK BRASILEIRO E ESSA CAPA TEM TUDO A VER COM O DISCURSO DO ÁLBUM.
ABBEY ROAD - BEATLES (1969): A CAPA DE DISCO MAIS FAMOSA E MAIS IMITADA DE TODOS OS TEMPOS. NADA MAIS PRECISA SER DITO.
MAGIA TROPICAL - A COR DO SOM (1982): ESSE FOI O DISCO EM QUE O ARMANDINHO FOI (BRILHANTEMENTE) SUBSTITUÍDO PELO ARGENTINO VICTOR BIGLIONE. SE EU FOSSE CLASSIFICAR ESSA IMAGEM A CHAMARIA DE NEO-TROPICALISTA. COR E SOM EM HARMONIA.

A TEORIA DO GRITO PRIMAL NAS ESCOLAS

A música "Mother", do John Lennon, sempre foi uma das minhas preferidas, ouvi muito na adolescência. Quando descobri essa canção, lá pela década de 80, uma coisa me intrigava muito: Lennon encerrava a música aos berros, "Mama don't go, daddy come home", até a voz se acabar! Em 1985, lendo a revista Bizz, uma matéria esclareceu o mistério. John era adepto da "Teoria do Grito Primal", de Athur Janov, que prega o GRITO como forma de libertação. Os "Teras For Fears" embarcaram nessa também e emplacaram o hit "Shout", que tinha como refrão: "Berre, berre, bote tudo pra fora!" Outro dia, caminhando pelo pátio de uma das três escolas onde leciono, observei que a maioria dos alunos, mesmo que de forma involuntária, é adepta da teoria de Janov. Eles gritam muito, o tempo todo, não só nos corredores, na sala de aula também! "Sai da frente!", "me dá uma caneta!", "professor tô sem livro", enfim, tudo é motivo para um "bom" berro. O meu alento é acreditar que a teoria de Janov esteja certa e que esses meninos se libertem, ou que, pelo menos, descubram outras formas de extravasar... Meditação seria legal! rsss

NOMES ENGRAÇADOS, DIFERENTES, PROPELENTES...

No meu cotidiano lido com um monte de nomes estranhos e engraçados. Dou aulas em três escolas e pelos meus quase trinta diários de classe figuram nomes conhecidos: Silvester Stalone, Ísis de Oliveira, Marília Gabriela, dezenas de Romários, John Lennon, só pra citar os mais conhecidos. Existem também os nomes, digamos, diferentes: Abdnego, Sonja, Edicreide (assim mesmo, com “r”), Alta, Visuazilândia (juro que não estou inventando!), Naara Maate, Amaro Kenedy (rssss), Edmitria, Rutênia, entre outros. Sou fissurado nessa coisa dos nomes. Na minha opinião as pessoas deveriam ser registradas com nomes provisórios, quando atingissem a maioridade, escolheriam o nome que quisessem. Pra finalizar esse post, deixo uma historinha interessante sobre o hábito italiano de usar nomes unissex: antes de se unificar e se tornar uma nação, a Península Itálica era uma imensa “colcha de retalhos”. Dividida em vários reinos e principados, com um número imenso de dialetos e idiomas. Os conflitos eram comuns entre eles. Em época de guerra, o responsável pelo alistamento militar ia às vilas e recrutava os meninos pelas certidões de nascimento. Os pais de muitos meninos, temendo que no futuro eles fossem convocados para a guerra, os registravam com nomes femininos: Daniele, Andrea (ou Andreas), Alcione, Gianni, Nicole. O tempo passou e esse costume se perpetuou por lá. Se você acha estranho chamar um homem de Alcione, lembre-se do político (ex-senador) Íris Rezende. Apesar de “Íris” ser um nome absolutamente feminino, nos acostumamos a associá-lo ao senador sem achar estranho.

ASSIM FALA A MPB

" MATANDO A SEDE NA SALIVA" (FREJAT/CAZUZA) "QUE SÓ EU QUE PODIA/ DENTRO DA TUA ORELHA FRIA/ DIZER SEGREDOS DE LIQUIDIFICADOR" (CAZUZA/REINALDO ARIAS/EZEQUIEL NEVES) "HÁ SOLDADOS ARMADOS/ AMADOS OU NÃO/ QUASE TODOS PERDIDOS/ DE ARMAS NA MÃO" (GERALDO VANDRÉ) "SE AS CORES SE MISTURAM PELOS CAMPOS/ É QUE FLORES DIFERENTES VIVEM JUNTAS" (ROBERTO/ERASMO) " DESDE O COMEÇO EU NÃO DISSE, SEU MOÇO!/ ELE DISSE QUE CHEGAVA LÁ/ OLHA AÍ, OLHA AÍ, OLHA AÍ/ É O MEU GURI" (CHICO BUARQUE) "SERÁ QUE NUNCA FAREMOS SENÃO CONFIRMAR/ A INCOMPETÊNCIA DA AMÉRICA CATÓLICA/ QUE SEMPRE PRECISARÁ DE RIDÍCULOS TIRANOS"/ (CAETANO VELOSO) "QUE SONHA COM A VOLTA DO IRMÃO DO HENFIL/ COM TANTA GENTE QUE PARTIU/ NUM RABO DE FOGUETE"/ (JOÃO BOSCO/ALDIR BLANC)
"Mas 'dotô', uma esmola, que é dada a um homem são, ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão. (Luiz Gonzaga)
"AI, AI MEU DEUS/ O QUE FOI QUE ACONTECEU/ COM A MÚSICA POPULAR BRASILEIRA/ QUANDO A GENTE FALA MAL/ A TURMA TODA CAI DE PAU/ DIZENDO QUE ESSE PAPO É BESTEIRA"/ (RITA LEE/PAULO COELHO) "QUE PAÍS É ESSE" (RENATO RUSSO)

PROTAGONISTAS DISFARÇADOS DE COADJUVANTES

Todo mundo no Brasil afora conhece o clássico “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga. Sempre que essa música é citada apenas o nome do velho Luiz é lembrado. Humberto Teixeira, co-autor da obra é sempre esquecido. Além de “Asa Branca”, Humberto compôs: “Assum Preto”, “Baião”, “Juazeiro”, “No Meu Pé de Serra” “Paraíba (Mulé Macho)”, “Que Nem Jiló”, “Respeita Januário”, só pra citar as mais conhecidas.

Outro protagonista disfarçado de coadjuvante foi o George Harrison. Sou fã incondicional desse cara. Era, de longe, o beatle mais equilibrado. Sempre viveu à sombra da marca “Lennon McCartney”. Muito injusto.Ele era, no mínimo, do mesmo nível da famosa dupla. Escreveu clássicos como: “Somenthing”, “Here Comes The Sun”, “While my Guitar Gently Weeps”, e “Taxman”. Na época dos compactos de vinil apenas uma vez Harrison teve música incluída no lado “A”: Somenthing/ComeTtogether. Pouco, pra um artista tão importante.

No cinema, o exemplo mais marcante de um protagonista que sempre aparece como coadjuvante é o mestre Morgan Freeman. Com quase 50 filmes no currículo e personagens marcantes, ele várias vezes foi indicado ao Oscar como ator coadjuvante. Foi assim em “Street Smart” (1987) e em “Menina de Ouro” (2004). Nesse último ele sagrou-se vencedor, ganhando também o Globo de Ouro. Sei que há muito mais, essa lista de injustiças é grande, mas esses exemplos já dão a medida do que falo. O status e o reconhecimento nem sempre são proporcionais ao talento.

MACHADO DE ASSIS VERSUS GUIMARÃES ROSA. SERÁ?


-->
No dia 27 de junho comemorou-se o centenário do escritor Guimarães Rosa. Muito se publicou a respeito: biografia, resumos das principais obras e das famosas andanças desse mineiro pelo interior. Ele sempre buscou traduzir a alma sertaneja. O que me instigou a escrever esse post, entretanto, foi uma questão levantada pelo jornalista Daniel Pizza na Continente desse mês. Disse ele: “Suspeito que Joaquim Machado de Assis não gostaria de João Guimarães Rosa. Machado era a favor de uma linguagem clara, sem neologismos, com pontuação corrente. Era avesso ao misticismo e tinha um olhar concentrado nos costumes urbanos...” Ora, Machado de Assis diferenciava-se da maior parte (senão de todos) dos escritores da sua época justamente por ser um “analista literário” da alma humana.

Guimarães Rosa fazia a mesma coisa, apenas o objeto de estudo dele era o homem do interior. Discordo do Daniel, acho que o “Bruxo do Cosme Velho” gostaria sim do Guimarães Rosa. Quanto ao argumento de que o autor de “Grande Sertão: Veredas” entendia Machado de Assis como “um pessimista, que tinha uma visão desolada da natureza humana”, entendo como uma mera observação que não diminuiu em nada a imagem do grande escritor. Aliás, dizer que ele tinha essa ou aquela visão da natureza humana é uma confirmação de que ele inaugurou a literatura realista por aqui. Enquanto a maioria dos escritores descrevia paisagens e o cotidiano social, ele inovou. O mesmo fez Guimarães Rosa, não se limitou a descrever paisagens, ele as interpretou. Viva a literatura brasílica!

MUITO ALÉM DO CIDADÃO KANE.O DOCUMENTÁRIO PROIBIDO PELA REDE GLOBO


“Brazil: Beyond Citizen Kane”, é o nome de um documentário da BBC (Simon Hartog -1993), cuja exibição em território brasileiro está proibida desde a década de 90, quando ele foi concebido. Motivo: o documentário traça uma radiografia completa do nascimento, ascensão e hegemonia da Rede Globo no Brasil. Até a popularização da internet existiam poucas cópias desse documentário circulando no país. O filme apresenta depoimentos de peso que falam sobre o que seria “o quarto poder no Brasil”, dentre eles: Luiz Inácio da Silva (antes de ser presidente), Chico Buarque, Leonel Brizola, Washington Olivetto, Walter Clark (sua participação na história da Globo foi tema de um post nesse blog) e Armando Nogueira. O polêmico documentário é dividido em quatro partes: a primeira mostra o surgimento da Rede Globo e sua íntima relação com o regime militar. A segunda parte fala sobre o contestado acordo entre a Rede Globo e o grupo Time-Life. A terceira parte questiona o enorme poder de Roberto Marinho e cita o drama envolvendo a morte de Tancredo Neves. A quarta parte é a mais polêmica. O documentário tenta desvendar o que eles chamam de “mecanismos de manipulação” da Rede Globo, acentuando o seu papel direitista. O contundente documentário cita ainda: * A suspensão da concessão da TV Excelsior, única a se opor abertamente ao regime militar. * A oposição velada da Rede Globo ao movimento Diretas Já. * A tentativa de fraude nas eleições do Rio de Janeiro em 1982, para prejudicar o candidato Leonel Brizola * Edição do debate Collor – Lula, favorecendo o candidato Collor. Mostra dois importantes jornalistas que trabalhavam na Globo em 1989 (um deles, o Armando Nogueira) confirmando a manipulação do debate. Além de ser um importantíssimo relato da história política do Brasil da ditadura militar, o documentário levanta questões importantíssimas sobre o poder da mídia e a manipulação das massas. Vale conferir.

Link do documentário no Youtube
CONFIRA NA JANELA DE VÍDEO AO LADO, O TRECHO DO DOCUMENTÁRIO QUE FALA SOBRE A EDIÇÃO TENDENCIOSA DO DEBATE LULA-COLOR, DE 1989
OBS: O VÍDEO COMPLETO ESTÁ DISPONÍVEL EM FORMATO AVI (DUBLADO EM PORTUGUÊS) NO SITE DO eMULE.

O BRASIL É MUITO MAIOR DO QUE ELES PENSAM

Na semana passada tive um grande susto que me alertou para uma velha questão: o bairrismo.O jornalista Chico Pinheiro abriu o Jornal Nacional do dia 14 com a manchete:”morre o maior intérprete do carnaval brasileiro”. Pensei: Claudionor Germano (maior cantor de frevos de Pernambuco) morreu! Corri pra frente da tv e vi que falavam de Jamelão, o cantor de samba. "Como pode ser o maior intérprete do carnaval brasileiro se ele jamais cantou frevo?" ( Perguntei-me vendo a reportagem).

O carnaval de Olinda e Recife é gigantesco e importantíssimo. E o carnaval baiano? E o carnaval amazonense com os seus dois bois? Será que o mestre Jamelão brilhou em alguma dessas festas? Lembrei-me então do Jomar Muniz de Brito (cineasta e professor pernambucano) criticando o livro de Zuenir Ventura: “ele vê 68 como uma coisa apenas carioca” .Lembrei-me dos livros e sites da internet que colocam a “Rádio Sociedade” do Rio de Janeiro, fundada em 1923, como a primeira do Brasil e ignoram a “Rádio Clube de Pernambuco” fundada em 1919 (com registro da época para comprovar). Até Juca Kifouri, que sempre ignorou o futebol do nordeste, andou escrevendo sobre a exacerbação do bairrismo do centro-sul. Jamelão foi o maior intérprete do carnaval carioca, assim como Claudionor Germano é o maior em Pernambuco, Armandinho Dodô e Osmar na Bahia... etc.,etc. O Brasil é muito maior do que eles pensam.

if (myclass.test(classes)) { var container = elem[i]; for (var b = 0; b < container.childNodes.length; b++) { var item = container.childNodes[b].className; if (myTitleContainer.test(item)) { var link = container.childNodes[b].getElementsByTagName('a'); if (typeof(link[0]) != 'undefined') { var url = link[0].href; var title = link[0].innerHTML; } else { var url = document.url; var title = container.childNodes[b].innerHTML; } if (typeof(url) == 'undefined'|| url == 'undefined' ){ url = window.location.href; } var singleq = new RegExp("'", 'g'); var doubleq = new RegExp('"', 'g'); title = title.replace(singleq, ''', 'gi'); title = title.replace(doubleq, '"', 'gi'); } if (myPostContent.test(item)) { var footer = container.childNodes[b]; } } var addthis_tool_flag = true; var addthis_class = new RegExp('addthis_toolbox'); var div_tag = this.getElementsByTagName('div'); for (var j = 0; j < div_tag.length; j++) { var div_classes = div_tag[j].className; if (addthis_class.test(div_classes)) { if(div_tag[j].getAttribute("addthis:url") == encodeURI(url)) { addthis_tool_flag = false; } } } if(addthis_tool_flag) { var n = document.createElement('div'); var at = "
"; n.innerHTML = at; container.insertBefore(n , footer); } } } return true; }; document.doAT('hentry');