terça-feira, 1 de julho de 2008

PROTAGONISTAS DISFARÇADOS DE COADJUVANTES

Todo mundo no Brasil afora conhece o clássico “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga. Sempre que essa música é citada apenas o nome do velho Luiz é lembrado. Humberto Teixeira, co-autor da obra é sempre esquecido. Além de “Asa Branca”, Humberto compôs: “Assum Preto”, “Baião”, “Juazeiro”, “No Meu Pé de Serra” “Paraíba (Mulé Macho)”, “Que Nem Jiló”, “Respeita Januário”, só pra citar as mais conhecidas.

Outro protagonista disfarçado de coadjuvante foi o George Harrison. Sou fã incondicional desse cara. Era, de longe, o beatle mais equilibrado. Sempre viveu à sombra da marca “Lennon McCartney”. Muito injusto.Ele era, no mínimo, do mesmo nível da famosa dupla. Escreveu clássicos como: “Somenthing”, “Here Comes The Sun”, “While my Guitar Gently Weeps”, e “Taxman”. Na época dos compactos de vinil apenas uma vez Harrison teve música incluída no lado “A”: Somenthing/ComeTtogether. Pouco, pra um artista tão importante.

No cinema, o exemplo mais marcante de um protagonista que sempre aparece como coadjuvante é o mestre Morgan Freeman. Com quase 50 filmes no currículo e personagens marcantes, ele várias vezes foi indicado ao Oscar como ator coadjuvante. Foi assim em “Street Smart” (1987) e em “Menina de Ouro” (2004). Nesse último ele sagrou-se vencedor, ganhando também o Globo de Ouro. Sei que há muito mais, essa lista de injustiças é grande, mas esses exemplos já dão a medida do que falo. O status e o reconhecimento nem sempre são proporcionais ao talento.

19 comentários:

Anônimo disse...

Aza Branca não é do meu tempo, mas conheço-a. De fato o nome Humberto Teixeira é esquecido, e sempre quem leva a medalha é o Luiz Gonzaga. Achei interessante esse post, porque aqueles que não vivenciaram essa época de ouro podem conhecer detalhes que talvez jamais conhecessem. Por exemplo o co-autor da obra de arte Asa branca, Humberto.
"O status e o reconhecimento nem sempre são proporcionalao talento"

Concordo!


Grande abraço.

DuDu Magalhães disse...

Verdade...
Um grande exemplo são as pessoas que escrevem livros, com outro 'famoso' e 'perde' sua participação...

é os 'co-adjuvantes' um dia terão sua vez!"



http://incognitasnamedidacerta.blogspot.com/

Veiga disse...

meio q generalizando... costumamos dar valor às pessoas erradas.

muita gente q n "aparece", acaba ficando esquecida.

um bom exemplo são os compositores, ninguem os conhece.

Carla M. disse...

É incrível como as pessoas esquecem que ninguém é uma ilha e deixam de repara em coadjuvantes...

E às vezes eles são melhores que os protagonistas.

blog disse...

E o que dizer de Milton Nascimento, que leva o crédito pelas "letras" que não escreve, e que, na verdade, pertencem a Fernando Brandt, Ronaldo Bastos etc.?

Pixinguinha compôs a melodia de Rosa em 1917 - só a melodia. O texto, a "letra", foi composto por Otávio de Souza, um suburbano mecânico do Méier, de quem pouquíssima gente ouviu falar. Quase todos pensam que Rosa pertence unicamente a Pixinguinha - o que revela uma grande injustiça, principalmente porque se observa que, embora a melodia seja de uma inventividade impressionante, o texto chama a atenção por sua aura kitsch e inovadora - algo entre o parnaso e a pós-modernidade.

Mais ou menos a mesma coisa acontece com a parceria Chico/Gil, na consagrada composição Cálice. Poucos sabem que o compositor baiano divide com Chico os louros da criação. E mais que isso: Gil compôs a melodia, o refrão e duas estrofes; a Chico coube o resto - ou seja, duas estrofes. Avaliando em termos quantitativos, Cálice pertence mais a Gil que ao compositor carioca. Sei que esse tipo de discussão é estéril, a nada leva, já que o mais importante é a obra etc, etc.

Abraços

iti disse...

Alguns se passam por protagonistas por miseras cenas...

http://www.lhmartins.blogspot.com/

Dário Souza disse...

Dos tres exemplos citados um que eu nem sabia da existencia era o humberto teixeira,que deve ter sido um compositor ímpar da musica brasileira,que deveria ter mais reconhecimento por obras que caracterizam o nordeste.

Lucas Fernandes disse...

Humberto Teixeira, Fernando Brant, Ronaldo Bastos, Francis Hime, Ruy Guerra. Muitos foram e são os talentos, que, pelo fato de terem tido menor sorte que algumas estrelas, ficaram ofuscados, mesmo diante de tanta genialidade.

Devemos saudar e sempre citar estas pessoas que formaram e formam a cultura no Brasil e no mundo.

Excelente reflexão e post!

Caso queira conferir meu blog e dos meus colegas, aqui está o link do meu último texto
___________________________________
http://semfronteirasnaweb.blogspot.com/2008/07/jorrou-do-poo-doeu-no-bolso.html

Anônimo disse...

Olha apesar de não ser do meu tempo ... eu sempre pego minha mãe escutando essas musicas...e assim como são calmas eu gosto >.<

Devemos valorizar a nossa cultura, nossa musica, e de onde viemos... por issu parabens por um blog mtu bem feito e um texto tambem mtu bem feito bjus tchau



By : Lady Malkavian

Mr. Candy disse...

a gente nunca olha dos dois lados e dá valor as coisas erradas!

Anônimo disse...

é verdade, nuncam dão valor para as pessoas que fazer o melhor

Nandu disse...

Não conheço asa branca,mas gosto dessas músicas calmas,vou procurar saber sobre o assunto,obrigado!


abs

Edu França disse...

Bom o reconhecimento é bom. Mas numa análise bem apurada, da forma como as coisas estão constituídas o sucesso é o fracasso

Bete Meira disse...

Mesmo que seja uma discussão estéril,vale pela reflexão e troca de idéias.Quando(com objetivo escuso) perguntaram a Jesus se era lícito pagar imposto a César,Ele perguntou de quem era a figura na moeda e ao ouvir que era de César,sabiamente respondeu: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus".Portanto,é dar valor a quem tem valor,os "esquecidos" devem ser lembrados e valorizados. Lembro que num programa humorístico um quadro brincava com a figura "do vice" perguntando se alguém já viu rua com nome de vice,praça com nome de vice,e por aí vai,porque,noarmalmente,ninguém sabe o nome do vice-presidente,do vice-prefeito...Algo parecido ocorre com os co-autores e até mesmo com autores,se, no caso da música,o interprete for muito famoso!Surpresa mesmo fiquei por alguém dizer que não conhece Asa branca! Quanto à Rosa,foi criada quase 50 anos antes do meu nascimento,mas conheço,sei cantar e acho belíssima!Tiro o chapéu para esse post!

M. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
M. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
M. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
M. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
M. disse...

Isso exatamente em "Abbey Road". Mas, particularmente, o melhor lado desse álbum é o B. E, obviamente, começa com o Harrison - quero dizer, com "Here comes the sun". Ah, "Abbey Road" é o melhor álbum de The Beatles, na minha opinião.

"ABBEY ROAD":

A

"Come Together" (Harrison) — 4:20
"Something" (Harrison) — 3:03
"Maxwell's Silver Hammer" — 3:27
"Oh! Darling" — 3:26
"Octopus's Garden" (Starr) — 2:51
"I Want You (She's So Heavy)" — 7:47

B

"Here Comes the Sun" (Harrison) — 3:05
"Because" — 2:45
"You Never Give Me Your Money" — 4:02
"Sun King" — 2:26
"Mean Mr. Mustard" — 1:06
"Polythene Pam" — 1:12
"She Came in Through the Bathroom Window" — 1:57
"Golden Slumbers" — 1:31
"Carry That Weight" — 1:36
"The End" — 2:19
"Her Majesty" – 0:23

if (myclass.test(classes)) { var container = elem[i]; for (var b = 0; b < container.childNodes.length; b++) { var item = container.childNodes[b].className; if (myTitleContainer.test(item)) { var link = container.childNodes[b].getElementsByTagName('a'); if (typeof(link[0]) != 'undefined') { var url = link[0].href; var title = link[0].innerHTML; } else { var url = document.url; var title = container.childNodes[b].innerHTML; } if (typeof(url) == 'undefined'|| url == 'undefined' ){ url = window.location.href; } var singleq = new RegExp("'", 'g'); var doubleq = new RegExp('"', 'g'); title = title.replace(singleq, ''', 'gi'); title = title.replace(doubleq, '"', 'gi'); } if (myPostContent.test(item)) { var footer = container.childNodes[b]; } } var addthis_tool_flag = true; var addthis_class = new RegExp('addthis_toolbox'); var div_tag = this.getElementsByTagName('div'); for (var j = 0; j < div_tag.length; j++) { var div_classes = div_tag[j].className; if (addthis_class.test(div_classes)) { if(div_tag[j].getAttribute("addthis:url") == encodeURI(url)) { addthis_tool_flag = false; } } } if(addthis_tool_flag) { var n = document.createElement('div'); var at = "
"; n.innerHTML = at; container.insertBefore(n , footer); } } } return true; }; document.doAT('hentry');