No passado valorizava-se mais o conhecimento holístico, que leva em consideração o todo. Essa concepção, hoje em dia, é considerada obsoleta pela maioria das pessoas. O grande lance da atualidade é a especialização. Quem nada contra essa corrente, em termos mercadológicos, é discriminado e perde espaço. Compare: o clínico geral é menos importante do que o cardiologista, que por sua vez é menos importante do que o cirurgião cardiovascular e por aí vai.
Sempre que levanto essa questão lembro-me do professor Vieira, que dizia nas aulas: “não sou professor de Matemática, sou professor de Geometria”. Na minha disciplina, Geografia, existe também essa dicotomia. Alguns professores lecionam a parte física, outros a parte socioeconômica. Mas não odeio os especialistas por isso, claro. O que me tira do sério é quando uma pessoa que se especializou em determinado assunto tenta exigir de você o mesmo nível de compreensão. Algo como você dizer que está com uma dor na rótula e o médico, com um ar estúpido de superioridade, dar aquele sorrisinho sarcástico e falar: “não se diz mais rótula, o nome agora é patela”.
Nesse imenso universo de especialistas pedantes, acabam se destacando os que combinam o seu objeto de estudo com o todo. O grande consultor financeiro, especializado em economia internacional, precisa entender um pouco de história e sociologia, não apenas de transações financeiras. Para inferir sobre acontecimentos atuais é preciso entender a história das instituições em que ele trabalha e seus reflexos na sociedade.
Termino esse breve post com uma experiência que vivi trabalhando com meu pai quando garoto: Com trinta anos de experiência no oficio de fabricar bolsas, meu pai tentava me ensinar a dar acabamento em algumas peças. Nas primeiras tentativas, inexperiente, claro, falhei. Disse ele: “rapaz, você é muito burro, eu estou te mostrando como é que se faz”. Argumentei que estava fazendo pela primeira vez e ele tinha trinta anos de experiência. De nada adiantou, a fama de burrou continuou. Foi quando tive uma ideia: já tocava violão há algum tempo, corri para o quarto, peguei o instrumento e disse pro meu pai: “preste atenção, vou tocar uma música e depois o senhor tem que fazer igual”. Só aí ele entendeu o quanto estava sendo cruel comigo.
Krabat é um desses filmes que vocês assiste sem esperar muito e acaba se surpreendendo. Concebido pelo jovem diretor alemão, Marco Kreuzpaintner, historiador de formação e cineasta por opção, o filme é uma adaptação do romance homônimo de Otfried Preubler que mistura magia e romance. Um dos pontos altos é a fotografia. Imagens belíssimas dos alpes alemães cobertos de neve contrastam com a aura soturna da trama.
O enredo conta a historia do jovem Kabrat (David Cross – 'The Rider') que torna-se órfão depois que sua mãe morre vítima da Peste Negra. Para sobreviver ele começa a vagar pelas aldeias cantando hinos religiosos em troca de comida. Em uma noite, Kabrat é atraído por corvos enfeitiçados para trabalhar no moinho Keeper, controlado por um feiticeiro chamado, genericamente, de “O Mestre” (Christian Redl – 'A Queda'). A saga do jovem Kabrat para sobreviver no moinho é o eixo central da trama.
Lançado na Alemanha em 2008 e nos Estados Unidos em 2009, o filme já está disponível para locação.
Ficha Técnica
Direção: Marco Kreuzpaintner
Produção: Jakob Claussen, Uli Putz, Bernd Wintersperger e Thomas Wöbke
Roteiros: Marco Kreuzpaintner, Michael Gutmann e Otfried Preussler
Elenco: David Kross ,Daniel Brühl, Christian Redl, Robert Stadlober, Paula Kalenberg e Daniel Steiner.
Por uma causa mais do que nobre – ajudar o povo haitiano – um cast de cantores estadunidenses reeditou a clássica canção filantrópica, "We Are The World", de 1984. O interessante foi perceber que, diferentemente do projeto anterior, na nova gravação não houve uma hierarquia em que grandes estrelas têm participações maiores. Basta destacar o fato da música ser iniciada por um ídolo teen, Justin Bieber. Já a participação da lenda viva Tony Bennett, soou estranha. Definitivamente, a belissima voz dele não encaixou bem na canção.
A nova versão ganhou uma batida eletrônica (pasteurizada) e uma colagem da primeira versão que trouxe de volta o Michael Jackson. Uma bela e justa homenagem já que ele foi um dos articuladores do "USA For Africa" e escreveu a canção em parceiria com Lionel Ritchie. Nesse trecho, Latoya Jackson aparece sussurrando a canção junto com o irmão. A letra da música sofreu algumas mudanças para se adaptar ao novo propósito.
Relíquia jurássica. Imagens do Recife na década de 70. O achado arqueológico foi extraído de um super-8 familiar e mostra imagens da Praia de Boa Viagem – calçadão, Casa do Navio e rua dos Navegantes, Praia do Pina , Avenida Conselheiro Aguiar (próximo ao Bompreço) Avenida Agamenon Magalhães. Um registro que merece ser preservado e serve como documento vivo da evolução urbana da cidade. Interessante notar a inacreditável quantidade de Fuscas nas ruas (inclusive como viaturas policiais). O casarão de dois pavimentos localizado à direita (sentido Derby) do viaduto João de Barros foi preservado e existe até hoje, inclusive, com a mesma cor, branco. Realmente, uma bela lembrança. deleitem-se!
O
que estará pensando o garoto Alcides onde quer que esteja agora? Atrevo-me a imaginar: “Seria mesmo querer demais, tendo nascido pobre
na periferia do Recife (segundo as estatísticas, a cidade mais
insalubre para os jovens entre 15 e 25 anos no Brasil), me formar
biomédico. Numa cidade como a minha, os garotos pobres da periferia
aparecem, costumeiramente, naqueles noticiários do meio-dia, que
respingam sangue nos telespectadores.
Devem estar falando de mim por
lá agora. Um velho lugar-comum diz que 'felicidade de pobre dura
pouco'. Imagine o quanto dura a felicidade do pobre miserável. Dura
menos ainda. Estava me sentindo um herói, afinal, peitei a miséria
e ignorei as estatísticas. Mas não queria ser mártir. Agora, depois
da tragédia, muitos falam que eu deveria ter saído do lugar onde
nasci. Sair para onde? Em que lugar do Recife pode-se viver com
tranquilidade? Em que bairro eu poderia me sentir feliz e seguro?
Bem sei que se lembrarão do meu nome por uns dias, desejarão a morte
dos que me mataram por semanas e se esquecerão de mim em breve. Virarei
mais um nas estatísticas”
Alcides
Nascimento Lins, 22 anos, garoto pobre da periferia do Recife, filho
de uma catadora de lixo, aprovado em primeiro lugar entre os
estudantes de escolas públicas que prestaram vestibular na UFPE,
seria diplomado biomédico no mês de setembro desse ano. Foi
brutalmente assassinado, em casa, diante da mãe e de duas irmãs.
Era madrugada, Alcides estava estudando quando foi morto. Seria mesmo querer demais!
Uma
das grandes sacadas do carnaval de Pernambuco nos últimos anos, sem
dúvida, foi a diversificação dos polos. Partindo do óbvio
principio de que a principal riqueza do carnaval pernambucano era a
pluralidade, nada mais lógico do que explorar a diversificação. O
“Carnaval Multicultural” é uma grande colcha de retalhos
estendida por sobre o território pernambucano. Abaixo, teço alguns
comentários sobre cada um dos polos
Recife:
O carnaval do Recife é um dos mais celebrados do Brasil. Começa com
a apoteose do “Galo da Madrugada”, maior bloco carnavalesco do
mundo, que desfila no Sábado de Zé Pereira. Depois do advento do
“Carnaval Multicultural” a cidade do Recife foi dividida em
polos de bairros, que atendem a diversas manifestações culturais
diferentes: Mangue Beat, frevo de bloco, música eletrônica,
caboclinhos, maracatu rural e de baque virado, escolas de samba,
frevo de rua, afoxés, bois, ursos, entre outros. O carnaval do
Recife é, por definição, um resumo do carnaval de Pernambuco.
Olinda:
a cidade tem o carnaval de rua mais conhecido do Brasil. Por esse
motivo é quase impossível precisar a quantidade de blocos e
troças que desfilam pelas ladeiras do sítio histórico. Dentre os
mais conhecidos, destacam-se; Clube Vassourinhas, Pitombeira dos
Quatro Cantos, Ceroula, Elefantes, Marim dos Caetés, Eu Acho é
Pouco, Bloco Lírico Flor da Lira, Siri Na Lata, Grêmio Recreativo
Escola de Samba Preto Velho, Patusco e D’Breck e o Bacalhau do
Batata. O carnaval de rua de Olinda prima pela tradição e pelo grande número de agremiações.
Águas
Belas: o carnaval dessa cidade agrestina é fortemente
influenciado pela tradição indígena. Águas Belas é a terra dos
índios Fulni-ô. A proposta desse polo é mesclar a tradição
indígena com os blocos carnavalescos. Os dois principais grupos
indígenas são o “Fethxa “ e a “Banda Fulni-ô” . Entre os
blocos, destacam-se o “Berrador”, o Zumbi e o “Beija-Flor”.
Belém
do São Francisco: nesse polo o carnaval se assemelha ao de
Olinda. Dois bonecos gigantes se destacam na folia de Momo: Zé
Pereira e Vitalina. O frevo impera tanto nos desfiles dos bonecos
como no desfile dos blocos Nego D'água, Galo da Madrugada e
Pereirinha, que complementam o carnaval da cidade. A semelhança com
Olinda atraiu, nos últimos anos, a participação de troças
de outras cidades, dentre elas: Homem da Meia-Noite (Olinda) e a
Bicharada de Mestre Jaime (Salgueiro).
Bezerros:
o grande destaque desse polo, sem dúvida, é o desfile dos Papangus
que dá a tônica da folia. Mas o carnaval da cidade é subdividido
em três polos: O Cultural, o São Sebastião e o QG do Frevo.
Durante o reinado de Momo, mais de 500 mil pessoas entopem as ruas da
cidade. É um dos polos mais movimentados do carnaval Pernambucano.
Catende:
o carnaval de Catende tem como principal atração a “Mulher da
Sombrinha” uma agremiação que tem como principal atrativo seu
bizarro ponto de concentração: o cemitério da cidade. A troça
nasceu a partir de um mito: na década de 1920, alguns operários, ao terminar a jornada de trabalho, eram seduzidos por uma mulher loira e
estonteante que os levava a um passeio. Ao chegar à porta do
cemitério, a mulher simplesmente desaparecia e os operários ficavam
assustados, espalhando medo pela cidade. O que no passado gerava
medo, hoje em dia gera felicidade e diversão.
Goiana:
esse polo tem como grande destaque o caboclinho. Os grupos mais
tradicionais desse gênero - Caetés, Sete Flechas, Canindé e
Tabajara - são da cidade de Goiana que , por isso, é conhecida com
“Terra dos Caboclinhos”. Além da influência indígena existe a
influência africana. O grupo “Pretinhas do Congo”, do bairro
Balde do Rio e da praia de Carne de Vaca, desfila há mais de 100
anos configurando-se como uma das agremiações mais tradicionais da
cultura pernambucana.
Ipojuca:
o carnaval da cidade é marcado pela presença de pequenos blocos que
arrastam milhares de foliões pela ruas. Destacam-se: “Bloco
da Sucata,o Rombo, o Tricolor em Folia, o Titório e o Zitão”. Em
Porto de Galinhas, por conta da força do turismo, a prefeitura
organiza apresentações itinerantes de grupos que se revezam para
manter a folia viva. Destacam-se: “o Bloco das Galinhas", o "Bloco
Piratas", o "Bloco do Batatinha", além do "Alfaias da Praia”, formado
por comerciantes locais. Já em Serrambi, é o “Boca Mole” quem
garante a folia.
Itamaracá: A marca do carnaval praieiro de Itamaracá é o frevo. Mais
de cinquenta blocos desfilam durante o reinado de Momo. Os dois
grandes destaques são os blocos “As Catraias” e o “Bafo de
Bode”. Ao cair da noite, em vários pontos da ilha, é possível se
divertir com outra grande tradição local: a ciranda.
Nazaré
da Mata: esse polo é marcado
por uma das mais espetaculares manifestações culturais de Pernambuco: o Maracatu Rural (baque solto). A imponente imagem do
Caboclo de Lança, que simboliza o Maracatu Rural, é também usada
como um dos símbolos do carnaval de pernambuco. O grande destaque é
o “Maracatu Cambinda Brasileira”, o mais antigo do estado,
fundado em 1898.
Paudalho:
o carnaval de Paudalho tem como principal marca a miscigenação. A
cultura afro-indígena influenciou fortemente as festas de Momo. O
grande destaque desse polo é o “Banho de Frevo”, que se estende
pelos três dias de carnaval. O Maracatu Rural também tem forte
presença na cidade.
Pesqueira:
o carnaval desse polo, apesar de ter como destaque o desfile dos
“Caiporas”, apresenta um grande diversificação passando pelo
samba, o coco e as troças carnavalescas. Os grandes destaques desse
polo são: “Os Caiporas”, a “Escola de Samba Labariri”, o
“Coco Cancão Piô”c e as “Cambindas Velhas”.
Petrolina:
a marca desse polo é a diversidade. A maior cidade do Sertão do São
Francisco é tomada por maracatus, caboclinhos, blocos líricos,
troças, orquestras de frevo e afoxés. Mais ligado às tradições da
cidade, o grande destaque é o chamado “Samba do Veio”, uma
dança de origem negra e indígena que mistura tamborete,
instrumento de corda e pandeiro.
Salgueiro:
o carnaval desse polo é marcado pelo desfile da“Bicharada do Mestre Jaime”, uma tradição de mais de 50 anos. Além dos bonecos
do Mestre Jaime, aproximadamente 30 blocos são responsáveis pela
animação dos festejos de Momo, dentre eles: o Bloco de Zé Pereira,
os Insetos, o Maluco Beleza, o Cururu S/A, o Só Zueira, e o Curtume.
Timbaúba:
nesse polo, o grande destaque é o desfile dos bois. No carnaval
desse ano, a Fundarpe promoverá um encontro de bois de diversas
localidades. Na cidade de Timbaúba, a prática do mela-mela se mantém
presente até hoje.
Triunfo:
a marca do carnaval desse polo é a face carrancuda dos “Caretas”,
grupos de mascarados que desfilam fazendo barulho com seus chicotes.
Além dos “Caretas”, dois blocos se destacam: o Bloco da Galinha,
que desfila na sexta-feira, e o Anac, agremiação satírica cujo
sentido do nome só é entendido quando lido ao contrário.
Vitória
de Santo Antão: a marca desse
polo é a rivalidade entre os blocos mais tradicionais da cidade.
Dentre eles, destacam-se: Clube Vassouras, o Camelo, o Clube
Abanadores e O Leão. Nos últimos anos, outros blocos também
cresceram como o Clube da Girafa, o Clube do Coelho e o Clube do
Cisne, ou Motoristas.
Abaixo, os links para os demais vídeos promocionais:
Amanhã, 03 de fevereiro, o Santa Cruz Futebol Clube, de tantas glórias, completará 96 anos vivendo a sua maior crise. Depois de anos e anos de gestões incompetentes e, muitas vezes, desonestas, o clube sucumbiu e luta agora para retornar a seus melhores momentos. Alheia a essa fase negra, a torcida do Santa, seu maior patrimônio, segue dando show e batendo recordes de público. A gloriosa história desse clube quase centenário foi marcada por momentos de superação.
O imenso patrimônio do Santa Cruz foi adquirido através do esforço cooperativo da sua torcida. Baseado nessa história de luta e superação tenho a certeza de que a volta por cima está próxima. A frase que dá título a esse post, uma adaptação da clássica citação de Castro Alves, “A praça é do povo, como o céu é do condor”, revela a marca principal do Santa Cruz: a popularidade. Se o time do povo está aniversariando, o povo está em festa. Parabéns Santinha!
Republicação em homenagem a J. D Salinger, falecido hoje aos 91 anos.
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Quando falamos em cultura jovem lembramo-nos, de cara, das inúmeras tribos que existem pelo planeta afora. Sim, tudo isso faz parte da cultura jovem, mas reduzi-la a movimentos urbanos efêmeros de rebeldia, chega a ser um desrespeito. Até o inicio da década de cinquenta o “pensar” e o “agir” dos jovens eram vistos como coisas pequenas e sem importância. Um dos marcos que ajudaram a mudar essa forma errônea de tratar o comportamento jovem foi, sem dúvida, o livro “O Apanhador No Campo de Centeio”, do escritor americano J.D Salinger. Escrito no final da década de 40, essa obra trata a adolescência como uma fase importante da vida, que merece atenção e respeito. Holden Caulfield, o personagem central da narrativa, virou um ícone e o livro do Salinger é, até hoje, obrigatório nas escolas americanas.
Eu li o Apanhador exatamente na minha adolescência. Cheguei a esse livro, não por razões literárias, mas porque está ligado a uma tragédia. Em 1980, no dia 08 de dezembro para ser mais preciso, Mark Chapman assassinou John Lennon, sentou-se na calçada do edifício Dakota e foi ler o “Apanhador No Campo de Centeio”. Curioso, fui conferir a obra.
A década de 60 (século XX) marcou, definitivamente, a explosão da cultura jovem. Os protestos, a rebeldia, a contracultura e o exagero. Na tevê esse processo foi mais lento. Veja o exemplo dos seriados: até o início da década de 70, o que se via eram produções que abordavam viagens ao espaço (tema em voga, na época), viagens no tempo, mágica, fantasia. Pouco se falava dos problemas enfrentados pela juventude. Até que em 1972, a CBS produziu a série “The Waltons”, um drama que abordava o cotidiano de uma família americana, do estado da Virgínia, na época da grande depressão. Por que é um marco? Bom, primeiro, porque tratava de assuntos reais, os dramas de uma família. Segundo, porque davam grande ênfase aos problemas da juventude: religião, sexualidade, questões políticas. Earl Hamner, Jr, o criador da série, inovou e entrou para a história da tevê.
A importância da cultura jovem, hoje em dia, é medida através de cifras. Mas, da mesma forma que os pioneiros que citei acima, fizeram história, podemos passar por cima dessa triste realidade e fazer a diferença. Segue abaixo a abertura original da série "The Waltons".
Um clássico do cinema pop da década de 80, “Fama” (Fame), de Alan Parker, completa trinta anos com status de cult. Concebido sem grandes pretensões, o filme inovou na linguagem e acabou arrebatando dois Oscars: melhor trilha sonora e melhor canção original. Gravado quase que totalmente na lendária “New York High School of Performing Arts” - escola onde Madona estudou dança - o filme mostra a trajetória dos estudantes de artes do início ao fim do curso. Esse foi o grande lance dessa produção.
A história é dividida em sessões que correspondem as audições dos alunos (freshman, sophomore, junior e senior years ). O público acompanha passo a passo as angústias, alegrias, o sucesso e o fracasso de diversos alunos. A trilha sonora, assinada por Michael Gore, tem como grandes destaques a cantora Irene Cara que fez uma releitura memorável da canção "Out Here on My Own" , de Nika Costa, e Paul McCrane que emplacou o super hit "Is It Okay If I Call You Mine?.
Assim como outros filmes de sucesso, Fama ganhou um remake (confira aqui o trailer). Entretanto, o novo filme optou por uma versão pasteurizada totalmente direcionada para um público teen e visivelmente priorizando o aspecto mercadológico. O remake assinado pelo coreógrafo Kevin Tancharoen, é protagonizado por Megan Mullally, Kelsey Grammer, Charles Dutton, Bebe Neuwirth e Debbie Allen . Da trilha sonora original, restaram apenas as canções “Fame” e "Out Here on My Own" que tiveram duas versões que não merecem crédito.
Abaixo, a clássica cena em que Irene Cara faz uma estupenda releitura (voz e piano) de "Out Here on My Own". Deleite-se:
*Devia mesmo. Amei pouco, quase nada. Já o choro, sempre correu solto comigo, mas sempre chorei escondido. Vi o sol nascer inúmeras vezes. Cada vez foi diferente da outra. A aurora é um fenômeno que se renova todo dia.
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
*Arrisquei pouco, essa é uma das minhas frustrações. Deixei o tempo passar achando que em algum momento as coisas aconteceriam como na tv. Errei pouco porque arrisquei pouco. Pequei por omissão, devia mesmo ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe alegria
E a dor que traz no coração...
*Aí eu acertei a vida inteira. Nunca alimentei a ilusão de querer mudar alguém. Alegria e dor são sentimentos particulares. Alguns sorriem de situações que nos outros causam lágrimas. As pessoas, felizmente, são diferentes.
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
*Ficar ao sabor do acaso combina com a minha aura de incrédulo. Não é fácil, mas é um caminho. Acredito que as coisas acontecem independentemente da fé ou da ausência dela.
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
*Quem me conhece agora, acha que trabalhei muito. Que nada. Até os vinte e oito anos eu vivi de luz. Alimentava-me dos acordes do meu violão, que encobriam os gritos do meu pai e curavam minha tristeza.
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
*Nunca me importei com as chatices do dia-a-dia. Tem gente que se irrita e perde o dia apenas porque o arroz grudou na sandália ou porque o creme dental estava sem tampa. Nunca fui assim! Morrer de amor? Isso não é pra mim (nem pra ninguém).
Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...
*Aceitar a vida como é, soa como comodismo pra mim. Esse erro eu cometi. Briguei pouco (quase nada) pelos meus sonhos. Isso faz você envelhecer duas vezes mais que os outros.
O Big Brother Brasil chega à décima edição tendo como ponto central o conflito. A produção escalou participantes polêmicos e excluiu a inclusão na casa através do sorteio. Isso impedia a escolha do perfil, já que qualquer um poderia sorteado. Para ocupar essas duas vagas, a produção do BBB resgatou antigos participantes que tiveram a chance de voltar à casa numa prova em que dependiam dos novatos para confirmarem o regresso.
O que se verificou, depois de duas semanas de programa, é que a produção do BBB 10 resolveu explorar a face negra dos indivíduos. Em uma das provas os participantes tiveram que pichar a foto dos concorrentes para eliminá-los. O resultado, claro, foi o conflito. Muitos se sentiram ofendidos por terem seus rostos pichados e revidaram. Após a realização da prova continuaram os comentários e os ânimos foram acirrados.
No domingo passado, o BBB começou a sortear automóveis para os telespectadores que ligaram para o programa. Até aí tudo bem. Entretanto, um detalhe do sorteio revelou o verdadeiro intuito da produção: para ganhar o carro, o sorteado teria que delatar um dos BBB's entregando seu voto do paredão. Assim foi feito. Dicesar, que votou na “amiga” Tessália, teve o voto revelado em público. Obviamente a delação rendeu mais um conflito.
A grande diferença, entre essa edição e as anteriores, é que a produção do programa está criando situações que induzem os participantes ao conflito. Por quê? Muito simples: os melhores índices de audiência foram registrados justamente quando aconteceram barracos. Como o que move o programa é a audiência, essa fraqueza humana continuará sendo explorada em cadeia nacional.
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