Sintepe cobra ao governo medidas contra descontos salariais | |
Escrito por Mellyna Reis | |
Ter, 26 de Julho de 2011 18:03 | |
Diante dos descontos abusivos nos contracheques dos trabalhadores em educação contemplados com o Bônus de Desempenho Educacional, a direção do Sintepe se reuniu nesta terça-feira (26) para definir as medidas a serem tomadas. Aos profissionais que tiveram o salário de julho reduzido ou zerado, o Sintepe informa que já procurou as secretarias de Administração e Educação, das quais está aguardando providências sobre a situação. Veja abaixo a nota elaborada pela direção do sindicato:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Ao
tomar conhecimento dos descontos inesperados ocorridos na folha
salarial deste mês de julho, devido ao pagamento do Bônus de Desempenho
Educacional (BDE), o Sintepe entrou em contato com os secretários de
Administração, Ricardo Dantas, e Educação, Anderson Gomes, cobrando
providências. Ambos os gestores se comprometeram em analisar a situação, já que nos anos de 2009 e 2010, não houve descontos porque o BDE foi incluído como benefício, da mesma maneira que ocorre com o vale-refeição. A inclusão do valor do BDE na parcela tributável do contracheque provocou inúmeras distorções, dentre elas um volume muito alto de dedução no Imposto de Renda, alteração no valor das pensões alimentícias, Funafin, Sassepe e vale-transporte, além de reduzir drasticamente ou mesmo zerar uma grande quantidade de contracheques. Tal medida atingiu principalmente os profissionais que possuem duas matrículas no Estado. O Sintepe não entende como uma bonificação referente ao exercício 2010, a qual seria paga por meio de uma folha extra, de acordo com o que foi anunciado pelo próprio governo, traga prejuízos ao salário do trabalhador. Exigimos uma solução imediata por parte do governo do Estado.
Clique na imagem para ampliar
Fonte: Sintepe
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PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE PERNAMBUCO TIVERAM SEUS SALÁRIOS ZERADOS POR DESCONTOS ABUSIVOS
sexta-feira, 29 de julho de 2011
- By ED CAVALCANTE
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OS ZIGURATES E O CHOQUE ENTRE RELIGIÃO E HISTÓRIA
quarta-feira, 27 de julho de 2011
- By ED CAVALCANTE
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A
Mesopotâmia, devido a sua localização estratégica, uma espécie
de encruzilhada do mundo, aglutinava um número incontável de
etnias. Dentre tantos povos que habitaram aquela região,
destacaram-se os “sumérios” que deixaram um legado cultural
riquíssimo. Criaram complexos sistemas de irrigação, diques e
grandes reservatórios de água. Outra grande contribuição foi a
escrita “cuneiforme” um sistema de escrita baseado em ideogramas
cunhados em placas de argila.
Costumeiramente,
alguns fatos históricas são apresentados como explicação para
desmistificar dogmas religiosos. Os sumérios, que realizaram grandes
obras de engenharias no passado, foram os criadores do “Zigurate”,
uma espécie de templo em formato de pirâmide usado para cultos
religiosos, para armazenar grãos e outros alimentos. Os zigurates
também tornaram-se comuns entre os babilônios e sumérios, onde
eram tratados como a morada dos deuses, um centro de adoração. Os
povos que sucederam os sumérios acreditavam que os zigurates os
aproximavam dos deuses.
A
Bíblia traz no livro Gênesis, o dogma da “Torre de Babel”, um
imenso templo construído com a função de aproximar os seres
humanos de Deus. Segundo a crença religiosa, Deus teria tomado tal
ato como uma afronta, fez a torre ruir e castigou o povo impondo
diversas línguas diferentes para que ninguém pudesse se comunicar.
A
explicação histórica para esse episódio é que a “Torre de
Babel” era, na verdade, um imenso zigurate que ruiu por um
desentendimento entre as diversas etnias envolvidas em sua
construção. Isso explicaria, inclusive, a multiplicidade de línguas
faladas no local, fato muito comum na antiga Mesopotâmia por ser essa
região uma imensa “colcha de retalhos” no que se refere a
etnias.
Como
professor e cético religioso, obviamente inclino-me para a vertente
histórica, factual, não poderia ser de outra forma. Se a fé é
algo que não se pode discutir, entendo que o fato histórico está
no mesmo patamar de importância. A humanidade caminhou para frente a
partir do momento em que dogmas religiosos ganharam explicações
históricas. O porquê das coisas sempre foi ocultado como forma de
opressão e dominação. Informação é poder!
ANDERS BEHRING BREIVIK, O ANJO XENÓFOBO DA MORTE
domingo, 24 de julho de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Atentado na Noruega
,
TERRORISMO. ONZE DE SETEMBRO
Desde
de o “Onze de Setembro” que nos acostumamos a ver notícias sobre atos terroristas pelo mundo afora. Quase sempre tinha
um fundamentalista islâmico por trás dos atentados. Tanto que
criou-se o estereótipo de que todo cidadão de origem árabe ou
muçulmano, é um terrorista em potencial. As neuras produzidas
depois da que das Torres Gêmeas, transformaram os Estados Unidos,
costumeiramente vistos como vilões da história, em mocinhos
temporários.
Quando
os dois atos terroristas ocorridos na Noruega começaram a ser
noticiados pelas agências internacionais, a primeira
impressão era a de que o país nórdico tinha sido alvo de
extremistas islâmicos. Baixada a poeira, veio a notícia de que os
atentados tinham razões xenófobas. Militantes de uma frente de
ultra direita assumiram a autoria dos dois atos terroristas. Duas bombas foram
detonadas em Oslo, capital do país, e uma chacina sem precedentes aconteceu na
ilha de Utoya. No local, distante do continente, estava acontecendo
uma convenção de militantes do “Arbeiderpartiet” (Partido
Trabalhista Norueguês).
“Anders
Behring Bereivik, 32 anos, um fundamentalista cristão de extrema
direita, autor do manifesto "European Declaration of Independence", matou a sangue frio dezenas de jovens indefesos. O ato
criminoso revelou até que ponto pode chegar o sentimento de
xenofobia (aversão a estrangeiros) que toma conta da Europa,
sobretudo após a criação da União Europeia. Para protestar contra
a presença de imigrantes, Anders fugiu do convencional. Normalmente
cidadãos estrangeiros são agredidos e até mortos para chamar a
atenção das autoridades. Dessa vez ele atingiu seus compatriotas e
permaneceu vivo para se vangloriar do feito.
Segundo
as primeiras informações das autoridades norueguesas, Anders
afirmou que tem consciência de que praticou um ato extremo mas que
era necessário. Não se sabe ao certo se essas palavras revelam uma
lucidez de quem leva suas convicções, por mais absurdas que sejam,
até as últimas consequências, ou uma insanidade atroz. O certo é
que tragédias como essas começam com pequenos atos e discursos
separatistas. No Brasil, vários grupos, sobretudo do sul do país,
disseminam ideias que transitam pelos mesmos ideais xenófobos de
Anders Behring Bereivik.
Nos
próximos dias deverão ser revelados detalhes da loucura de todos
que protagonizaram mais essa página negra da humanidade. A Noruega
sempre foi vista como um modelo de sociedade onde tudo funcionava
corretamente sem mácula alguma. Termino esse breve post reproduzindo um velho adágio popular que tem tudo a ver com essa triste
história: “Desconfie dos certinhos”.
Clique aqui e acesse o manifesto (em inglês) redigido por Anders Behring Breivik intitulado "European Declaration of Independence".
Abaixo o vídeo atribuido a Anders Breivik em que ele reproduz o conteúdo do manifesto.
Fotos que ilustram o
"European Declaration of Independence",
manifesto escrito por Anders Behring
Anders vestido com uma roupa
especial manipulando um
cartucho de fuzil.
Abaixo o vídeo atribuido a Anders Breivik em que ele reproduz o conteúdo do manifesto.
Watch Knights Templar 2083 - Movie Trailer in Entertainment | View More Free Videos Online at Veoh.com
AMY WINEHOUSE E O 27 DEATH
sábado, 23 de julho de 2011
- By ED CAVALCANTE
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27 Death
,
Amy Winehouse
É
triste, mas é verdade, foi encontrada morta em Londres, a
cantora Amy Winehouse. O que virá depois dessa tragédia anunciada é
sabido por todos: milhares de discos serão vendidos, a vida
desesperada dessa garota alimentará os sites e agências de plantão
e, com o passar do tempo, ela será lembrada pelo seu talento e pela
fatal coincidência de fazer parte do “27 Death”, o mórbido
clube dos artistas que se foram – aparentemente por vontade própria
– aos 27 anos de idade (Brian Jones, Jimi Hendrix, Jim Morisson, Janis Joplin e Kurt Cobain), algo impensável para qualquer pessoa em sã
consciência. Um site (confira aqui) premiou com um ipod um internauta que acertou a data da morte de Amy. Um verdadeiro circo de horror.
Amy
esteve aqui no Recife, mas não fui vê-la porque sabia que o que
subiria ao palco não seria ela e sim a figura atormentada que
colecionava escândalos e esquecia a arte. Amy era só uma menina com
um vozeirão de mulher. A artista e a pessoa viveram sempre em
conflito. Do seu lado, como de costume, pouco se fez para que o pior
– tão evidente – não acontecesse. O show business tinha
interesses que eram muito mais importantes (na visão deles, claro)
do que a manutenção da existência da artista.
Abaixo,
o clipe da canção “Back to Black”, gravado todo em preto em
branco em um cemitério de Londres. Um triste presságio. Descanse em paz!
NORDESTE SURREAL: A LENDA DA PERNA CABELUDA
quinta-feira, 21 de julho de 2011
- By ED CAVALCANTE
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LENDAS URBANAS
,
Perna Cabeluda
São muitas as versões que tentam explicar o surgimento dessa peculiar lenda urbana pernambucana que se espalhou pela cidade do Recife em meados da década de setenta. O povo falava de um ser sobrenatural, ou melhor, parte de um ser, já que a assombração era apenas uma perna cabeluda. Muitos atribuem a autoria dessa história ao radialista Jota Ferreira que teria noticiado no seu programa de rádio a história de um vigilante que fora atacado por uma perna cabeluda enquanto fazia sua ronda. O escritor Raimundo Carrero, que na época trabalhava com Jota Ferreira, confirma essa versão mas esclarece que a história foi narrada em tom de brincadeira.
O fato é que o povo acreditou e muitas foram as histórias – obviamente não comprovadas – de pessoas que juraram terem sido atacada pela surreal assombração. Eu conheço uma história interessante que bem poderia esclarecer o surgimento desse mito. Na época em que a lenda estava na mídia e assustava os medrosos de plantão – incluo-me nesse rol, claro – um amigo e também xará, Edvaldo, sofreu um acidente que resultou no engessamento de toda a perna. Ele, que era negro, vinha certa vez por um beco escuro e deu de cara com uma garota que gritou assustada: “A perna cabeluda!”. A menina correu e meu amigo, pulando em uma perna, também.
Desvendando o mistério: a garota viu no escuro apenas a perna branca engessada e pensou que era a famosa assombração. Edvaldo, a partir de então, ganhou a alcunha de “Perna Cabeluda”. Esse é mais uma lenda pernambucano que se assemelha a “Guerra dos Mundos”, episódio protagonizado pelo cineasta e radialista Orson Welles que parou Nova York na década de 40 (escrevi sobre o assunto aqui). A Perna Cabeluda virou cordel, filme, música e até figurino de shows: Chico Science se apresentou várias vezes com uma perna cabeluda na mão em alusão à lenda (confira aqui). Coisas da maior cidade pequena do mundo, o Recife.
“PEQUENAS IGREJAS, GRANDES NEGÓCIOS”
segunda-feira, 18 de julho de 2011
- By ED CAVALCANTE
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RELIGIÃO
Por
várias vezes fui questionado pelo fato de não ser seguidor de
nenhum credo religioso. Seja na rua, no trabalho, ou mesmo numa roda
de amigos, independente do credo do inquisidor, a conversa é a
mesma: “Eu estou falando de Deus e não de religião”. Todos
trazem esse discurso na ponta da língua, mas nenhum se satisfaz com
o argumento de que frequentar uma igreja não é uma necessidade para
todos.
Nos
últimos dias, zapeando pela internet, dei de cara com um vídeo (confira abaixo) em
que um pastor, estupidamente, dilapida uma criança. Tem também o
pastor famoso que está recebendo dízimo no débito em conta e por
aí vai. A fé está sendo tratada como se fosse um produto de
mercado. Até mesmo as pessoas mais esclarecidas que frequentam esses
empreendimentos religiosos, estupidamente, acabam colaborando com a
enganação quando adotam a postura do “eu faço a minha parte, se
eles são desonestos o problema é deles”. Errado, o problema é
mais seu do que dos pobres coitados, ignaros, que estão sendo
assaltados. Se você segue os preceitos elencados na Bíblia, sabe o
quão errada é essa sua passividade.
13 DE JULHO, DIA INTERNACIONA DO ROCK - OUÇA NO ÚLTIMO VOLUME!
quarta-feira, 13 de julho de 2011
- By ED CAVALCANTE
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DIA INTERNACIONAL DO ROCK
,
ROCK
A BELEZA HOLLYWOODIANA DE TÔNIA CARRERO E A SUBJETIVIDADE DAS LISTAS
terça-feira, 12 de julho de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Em
2002 uma revista brasileira promoveu um enquete para eleger a mulher
brasileira mais bonita de todos os tempos. Ao final da votação, a
novata (na época) atriz, Maria Fernanda Cândido, foi a eleita. Na
época, a jovem atriz interpretava a italiana “Nina”, na novela
global “Esperança”. Cometeram o sacrilégio, inclusive, de
compará-la a “Sophia Loren”.
Na
época de malfadada pesquisa, estava certo de que “Ana Paula Arósio”, mulher de beleza estonteante, seria a eleita. Muitos,
sobretudo os mais antigos, protestaram e elencaram nomes de divas do
passado, absolutamente desconhecidas pelos jovens que teclaram e
elegeram Maria Fernanda Cândido. Zuenir Ventura chegou a escrever
uma crônica para manifestar seu descontentamento.
Eu
me incluo no grupo dos revoltados com a tal lista. Pensei, na época:
“Ela é mais bonita do que Maria Della Costa, Sandra Brea e Marta Rocha? Existiu no teatro e na tevê mundial uma mulher mais linda do
que Tônia Carrero? A tal da “subjetividade do gosto” permitiu
que Tonia não figurasse entre as primeiras. Abaixo, num protesto
tardio – mas oportuno – publico uma série de fotos daquela que
considero uma das mais lindas mulheres não só do Brasil, mas do
mundo. As fotos não têm legenda porque eu não teria o que
escrever.
Tônia Carrero
LUIZ SEVERIANO RIBEIRO E O IMPÉRIO DOS CINEMAS NO BRASIL
domingo, 10 de julho de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Quando
entrei num cinema pela primeira vez – 1976, para assistir ao remake
do clássico King Kong – Luiz Severiano Ribeiro já havia morrido
há dois anos e seu nome era uma chancela que conferia qualidade aos
cinemas pelo Brasil afora. A história desse cearense de “Baturité”,
pequena cidade de pouco mais de 38 mil habitantes, também conhecida
(por alguns) por ser a terra natal do Major Couto Pereira, que hoje
dá nome ao estádio do Coritiba, daria um filme.
Nascido
“Luiz Severiano Ribeiro Filho”, em 03 de junho de 1886, tinha
como destino ser padre. Foi matriculado no Seminário Episcopal de
Fortaleza com apenas dez anos. Acabou fugindo oito anos depois para
estudar medicina no Rio de Janeiro. Não chegou a concluir o curso
porque ficou muito abalado com a morte da sua mãe. A medicina, dizia
ele, perdera a graça.
A história de vida do jovem Severiano Ribeiro lembra o
roteiro de um clássico do cinema italiano, “Cinema Paradiso”.
Assim como o pequeno “Totó”, Severiano se apaixonou pelo cinema
acompanhando projeções. Em 1908, quando foi inaugurado a primeira
sala de exibição de Fortaleza, o “Cinematographo Art-Noveau”,
de propriedade de um italiano, “Victor Di Maio”, Severiano
vislumbrou que ali estava o seu futuro. Alguns meses depois Victor Di
Maio repassou a sala de exibição para Severiano e teve início uma
história de sucesso.
Pouco
tempo depois de arrendar Cinematographo Art-Noveau transformou o
“Café Riche” em um cinema organizando exibições diárias com
programação diversificada. O Grupo Severiano Ribeiro teve, nesses
dois empreendimentos, seu embrião. Depois de inaugurar o primeiro
grande cinema de Fortaleza, o “Cine Majestic”, Severiano Ribeiro
resolveu romper as fronteiras do Ceará e aportou em Recife. Comprou,
em 1921, o cine Moderno que, em pouco tempo, tornaria-se um dos
cinemas mais tradicionais da capital pernambucana, estrategicamente
localizado ao lado do tradicionalíssimo restaurante Leite.
Já
com residência fixa no Rio de Janeiro, Luiz Severiano Ribeiro firmou
parceria com a gigante Metro-Goldwyn Mayer e passou a dominar o ramo
de administração de cinemas no Brasil. Atualmente, o Grupo
Severiano Ribeiro, que a partir do ano 2000 lanou a marca “Kinoplex”
utilizando tecnologia de última geração, é detentor de mais de
duzentas salas de exibição em diversos estados do Brasil. O Cine
Moderno, seu primeiro empreendimento no Recife, como quase todos os
cinemas localizados fora dos shoppings, não existe mais.
Os
cinemas perderam o charme, hoje, são apenas salas de exibição.
Mesmo assim o nome “Severiano Ribeiro” domina o imaginário de
quem é cinéfilo. Meus respeitos!
O ASTRO INAUGURA UM POSSÍVEL HORÁRIO DE REMAKES
sábado, 9 de julho de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Mais um clássico da teledramaturgia
brasileira ganha uma releitura na Rede Globo. “O Astro”, um
grande sucesso de Janete Clair exibida, originalmente, em 1977,
retorna dia 12 de julho inaugurando um novo horário de exibição,
as 23:00h. Alguns detalhes importantes diferenciam esse remake de
tantos outros produzidos pela emissora. O primeiro ponto a se
destacar é o respeito dispensado para a nova produção. A
Rede Globo, ao que parece, aprendeu com os erros.
Em
várias outras releituras feitas pela emissora, os resultados foram
tão ruins que chegaram a macular a imagem da obra original. Três
exemplos: Irmãos Coragem, Pecado Capital e Selva de Pedra , todas
também escritas por Janete Clair. A primeira é um marco não só da
teledramaturgia, mas da tevê brasileira. Em 1995 ganhou um remake
protagonizado por Marcos Palmeira, Marcos Winter e Ilya
São Paulo. O resultado foi bem inferior a produção original. A
surpresa, nessa produção, foi o ótimo desempenho de Murilo Benício
interpretando Juca Cipó, personagem imortalizado pelo grande
Emiliano Queiroz.
Na
releitura de “Pecado Capital” erraram do começo ao fim. A versão
original, levada ao ar em 1975, também está entre os maiores
sucessos da tevê brasileira. Em 1998, ganhou um obscuro remake
escrito por Glória Perez e protagonizado Eduardo Moscovis e Carolina Ferraz. O resultado foi sofrível, macularam até o tema
de abertura, trocaram Paulinho da Viola por, pasmem, Alexandre Pires.
O
último exemplo é a releitura de “Selva de Perdas”, um folhetim
daqueles ortodoxos, que marcou época nos primórdios da
teledramaturgia da Rede Globo. A versão original foi ao ar e 1972.
Uma década e meia depois, em 1986, a emissora exibiu um remake que
tinha produção e elenco de peso. A novela tinha direção de
Walter Avancini e Dênis Carvalho e contava no elenco, entre outros,
com Tony Ramos, Christiane Torloni, Fernanda Torres
e Miguel Falabela. Sobre essa releitura, certa vez, a atriz Fernanda
Torres confessou: “A novela era tão ruim que eu contava os dias
para que ela terminasse. Era difícil gravar com um sentimento
desses”.
A
releitura de “O Astro” está tendo um tratamento diferenciado.
Criaram uma campanha bem interessante para divulgar a novela e o novo
horário. Reverenciaram Francisco Cuoco que, na versão original,
interpretou Herculano Quintanilha. Ele reaparece como o misterioso
“Ferragus”, um velho ilusionista que ensina todos os seus
segredos para o jovem Herculano Quintanilha. Outra novidade é a
quantidade de capítulos, aproximadamente 60, um terço da versão
original. Por esse motivo, andam tratando a novela como minissérie.
Mas, nas chamadas, a emissora convida os telespectadores a assistirem
a “nova novela das onze”.
Dependendo
da aceitação do público e dos índices de audiência, o horário
das onze pode ser efetivado como “horário dos remakes”. Na fila,
após “O Astro”, virá “Guerra dos Sexos”, um grande sucesso
do horário das sete, eternizada com uma cena de pastelão protagonizada por Fernanda Montenegro de Paulo Altran.
Clique aqui e reveja cenas da produção original de 1977
Clique aqui e reveja cenas da produção original de 1977
COMO É BOM PODER COMPRAR UM INSTRUMENTO
terça-feira, 5 de julho de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Guitarra
,
Instrumentos musicais
Num
passado bem próximo, até o final da década de oitenta, comprar um instrumento musical de qualidade, aqui no Recife, era praticamente
impossível. Cantei em bandas de baile e tive bandas de rock, entre
1985 e 1990, e amarguei as dificuldades na própria pele. Durante
muitos anos a cidade teve apenas três lojas especializadas que,
praticamente, só vendiam instrumentos nacionais. Eram elas: “Rei
dos Violões”, localizada no Pátio de Santa Cruz, “Comércio
Musical”, localizada bem próximo, na rua Barão de São Borja, e a
“Musitec”, lá na rua Imperial, todas no coração do Recife.
Fui
um frequentador assíduo desses três santuários. Era garoto pobre,
sonhava com o que não podia ter. De tanto perambular pelas lojas
ouvia conversas dos músicos que usavam da criatividade para vencer a
escassez de instrumentos. Compravam guitarras nacionais e importavam
captadores e braços de guitarras Fender. Montavam seu
“frankenstein” e exibiam como se originais fossem. A primeira vez
que toquei – falo do exercício do tato e não da execução – num
instrumento importado foi em 1988. Cantava numa banda de bailes e o dono do conjunto comprou uma “Ibanez Semi-Acústica". A guitarra era alvo de adoração. Por ser
muito, muito pesada, era mais apropriada para ser usada em estúdio,
em gravações esporádicas. No palco, depois de uma hora de baile,
parecia pesar uns trezentos quilos.
Nos
últimos dez anos, o Recife experimentou um "boom" no número de lojas
especializadas em instrumentos musicais, quase todas concentradas da
rua da Concórdia, coração da cidade. Comprei uma guitarra canhota
e estou em vias de adquirir um violão com corte para canhoto. No
passado, só se tinha acesso a esses instrumentos fora do país ou no
eixo Rio-São Paulo. Mais: o grande número de lojas estimula a
concorrência e isso, claro, contribui para a baixa dos preços. Esse
é um ótimo momento para quem quer adquirir seu instrumento.
O
mestre Caetano Veloso fala no final da canção “Tigresa”: “Como é bom
poder tocar um instrumento”. Do alto da minha alegria em ver tantas
boas lojas, reformulo a citação: Como é bom poder comprar um
instrumento. Toquemos!
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