
Mas essa polêmica, em torno da sua vida pessoal, é insignificante diante da grandeza desse artista. Cazuza era talentosíssimo. Soube se aproveitar da burguesia e das facilidades inerentes ao fato de ser ele filho de um diretor de uma grande gravadora. Esses detalhes ajudaram Cazuza a gravar discos, apenas. Seu enorme talento é que proporcionou o grande sucesso. Ele não tocava nenhum instrumento mas escrevia letras e, por vezes, melodias. Quando perguntado sobre como conseguia a proeza de escrever melodias sem tocar nenhum instrumento ele explicou: “Assim como os grandes sambistas do morro, eu uso uma caixa de fósforos para batucar”.
Com o perdão do pífio trocadilho, Cazuza era exagerado. Do seu circulo de amigos fazia parte uma exótica criatura: Ezequiel Neves ou “Zeca Jagger”, como Cazuza o chamava. Ele foi o “Malcolm McLaren” do Barão Vermelho e da carreira solo do Cazuza. Mais que isso, Zeca foi parceiro em grandes sucessos como “Exagerado” e “Codinome Beija Flor”. Os dois tinham uma química perfeita na arte e na vida real.
No dia 07 de julho passado, data em que se completavam 20 anos da morte de Cazuza, Ezequiel Neves morreu aos 74 anos de idade. Essa coincidência baseada no cabalístico número sete, para os místicos, sugere que os dois marcaram um encontro. Seja como for, Cazuza e Zeca cumpriram um importante papel no pop rock brasileiro e na emepebê. Particularmente devo muito a eles por terem tornado a minha vida mais feliz em vários momentos. Paz e felicidade aos dois!
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One response to “CAZUZA, ZECA E AS COINCIDÊNCIAS DA VIDA”
Muito bom meu caro Ed, essa jornália é mesmo do "Balaco baco".
Ricardo.
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