
E as referências anteriores não param por aí. Quando Eli chega à cidade dominada por Carnegie (Gary Oldman) (que vive alucinado à procura do livro) o filme lembra outra produção do gênero apocalíptico: “Waterworld”, estrelado por Kevin Costner. A forma como se referem à água em “O Livro de Eli” é a mesma como se referiam à Terra em “Waterworld”. A super valorização de gêneros de primeira necessidade e um lugar mítico imaginado como ideal pra se viver num planeta devastado.
Comparações à parte, o argumento do filme é muito fraco. Tentaram dar um tratamento religioso ao eixo da trama com a referência à Bíblia, tratada, genericamente, como “o livro”. Claro que a saga de Eli tem interpretação livre, é bastante subjetiva. Ele protegeu o livro achando que todos os outros exemplares do planeta – algo inimaginável até na ficção – haviam sido queimados. É uma mensagem de fé, carregada de lirismo. Ele não preservou apenas o livro, mas também a sua fé. O filme tem algumas mensagens subliminares. O legado cultural da humanidade, na história, está protegido na antiga e lendária prisão de Alcatraz. O local construído para punir tornou-se um centro de esperança. Outras: o filme dá uma alfinetada em Dan Brown quando Carnegie manda queimar alguns livros, entre eles “O Código Da Vinci”. Aplaudi! Carnegie queria usar a Bíblia para conseguir mais poder, algo comum nos nossos dias. O veredito final é que o filme ficou devendo.
Ficha Técnica
Título original: The Boock Of Eli
Título no Brasil: O Livro de Eli
Direção: Albert Hughes e Allen Hughes
Roteiro: Gary Whitta
Fotografia: Don Burgess
Duração: 118 min
Lançamento: 18 de Março
Elenco: Denzel Washington, Mila Kunis, Michael Gambon, Jennifer Beals, Gary Oldman, Evan Jones, Ray Stevenson.
Comments
One response to “O LIVRO DE ELI – MAIS DO MESMO”
Estava ansiosa para ver esse filme porque uma vizinha o encheu de elogios. Quando finalmente o vi, que decepção!Achei chatinho, parado, insosso... melhor ter ficado na curiosidade!
Postar um comentário