Estive no Chevrolet Hall no último dia 18, para ver o tão badalado show da turnê despedida do A-Ha. Voltei para casa com a impressão de que ficaram me devendo. Como quase sempre acontece, em todo grande espetáculo, houve o costumeiro atraso.
Mas o que mais me irritou nessa noite que deveria ser só de diversão foi o desrespeito da administração da casa de shows, que deixou o sistema de refrigeração desligado. Com a casa lotada, o ambiente ficou insuportável até para os fãs xiitas. Fora isso, teve o problema (crônico) da falta de qualidade no som, absurdamente abafado.
O show: a apresentação do A-Ha com o Morten vocalmente debilitado até que foi boa mas, numa turnê de despedida, eles deveriam dar mais espaço aos hits do que às novas canções. No setlist do show (confira abaixo) faltaram: "Love is Reason", "Train Of Thought","You Are The One", "Early Morning", só para citar algumas. O grande destaque desse show, sem dúvida, foram os efeitos visuais. O telão colocado como pano de fundo mostrou durante todo o show, imagens relacionadas aos temas das músicas.
Dei uma zapeada pela rede e sites de relacionamento e percebi que os defeitos do show foram absolutamente ignorados pelo grande público que lotou o Chevrolet Hall. Um jornal aqui do Recife, referindo-se ao show, estampou a seguinte manchete: “A-hasou”. Acho que estou ficando velho.
Vi hoje a belíssima homenagem que a Globo Nordeste prestou às cidades irmãs, Recife e Olinda. Senti-me homenageado, um sinal de que o programa acertou em cheio. A ideia, creio, era essa: fazer com que olindenses e recifenses se identificassem com as imagens e os depoimentos dos artistas.
Minha relação com essas duas cidades é íntima. Nasci no Recife e fui adotado por Olinda. Em 1970, com apenas cinco anos de idade, minha família se mudou para Olinda. Morei entre os bairros de Salgadinho e Sítio Novo, nos domínios do mestre Naná Vasconcelos. Eram tempos remotos, não existia o complexo viário. Ali, existiam enormes crateras resultantes da retirada de areia para construção. Inundadas pelas chuvas de inverno, essas crateras viravam piscinas que faziam a festa da garotada do local. Eu, claro, adorava. Até a praia de Ponta Del Chifres, hoje sitiada, era bem frequentada. Um lugar lindo, separado da área urbana em ritmo voraz de crescimento por um braço de maré.
Hoje em dia moro no Recife, minha cidade natal, mas continuo transitando por Olinda, trabalho por lá. O que mais me encanta na relação entre essas duas cidades é o sentimento de irmandade. Não existe bairrismo, não existem comparações, as duas cidades são uma só. Do centro do Recife até Olinda são apenas seis quilômetros. Meu lado geógrafo alerta que a “conurbação” transformou as duas cidades num único complexo urbano. A imagem que ilustra esse breve post é uma visão do Recife a partir do Alto da Sé, coração do sítio histórico de Olinda. Entre as duas cidades, a bela (e sitiada, repito) praia de Ponta Del Chifres, a que me referi acima.
Do Recife, minhas melhores lembranças são do Bairro de São José. A família do meu pai tinha um fábrica de bolsas na rua de São José, ao lado do mercado famoso. Todo final de semana eu ia para a fábrica com meu pai e ficava brincado pelas ruelas do velho bairro. São lembranças líricas. Vários personagens dessa época ainda povoam o meu imaginário. Já dediquei aqui um post inteiro a um deles, Liêdo Maranhão, o "escriba do povo". Se fosse falar de todos, teria que escrever um livro. Recife e Olinda contribuiram igualmente para minha formação. Meus respeitos a essas duas belas cidades.
No dia 22 de fevereiro de 2008, eu publiquei um breve post sobre os sistema carcerário brasileiro em que fiz uma macabra previsão. Leia abaixo o texto:
Houve um tempo em que o indivíduo que cometia um crime cumpria quatro estágios: VIATURA - DELEGACIA - PRESÍDIO - PENITENCIÁRIA. Num país onde o sistema judiciário e carcerário funciona, ainda é assim.
Nos últimos anos o Brasil vem subvertendo essa regra básica. Primeiro as penitenciarias ficaram superlotadas e os presos tinham que cumprir suas penas nos presídios (para quem não sabe, esse é o local onde o detento aguarda o julgamento). Hoje em dia, os presídios estão superlotados e os presos estão cumprindo as penas na delegacia mesmo, os famosos "cadeiões".
Em breve, muito em breve, eles estarão cumprindo as suas penas dentro da viatura. Surrealismo? não, realidade brasileira! triste e inaceitável realidade brasileira. "Não diga tudo bem diante do inaceitável, a fim de que este não passe por imutável", a célebre frase de Brecht, deveria ser estampada em neon pelos quatro cantos do Brasil. Temos que nos inconformar, temos que lutar contra isso!!!!
A macabra previsão sobre a realidade carcerária brasileira chegou mais cedo do que eu esperava. Confira no vídeo abaixo, um trecho do Jornal Nacional do dia 06 de Março, que a profecia se cumpriu.
Descobri, por acaso, dois vídeos raríssimos que fazem parte da história do rock pernambucano, ambos extraídos do pioneiro programa da Tv Jornal, “Projeto Arteviva”, realizado em 1987. Já conhecia os vídeos porque trabalhei como produtor musical do Espaço Cultural Arteviva no final da década de 80. Minha querida amiga Lourdes Rossiter, dona desse lendário espaço cultural, sustentou um dos maiores focos de resistência do movimento rock pernambucano.
Estupidamente, o nome de Lourdes não aparece nos créditos do vídeo. As duas bandas captadas nessas imagens raras são o Órion, que fazia um hard rock com vocal limpo, bem década de 80, e o Van Filosofia, uma banda que fazia muito sucesso no underground pernambucano com letras inteligentes e guitarras carregadas de delay. Em 1988, o “Arte Final”, banda da qual eu era vocalista, tocou junto com o Van Filosofia no Festival de Inverno da Unicap. Bons tempos. Confira, abaixo.
Clique aqui e saiba um pouco mais sobre o Arteviva
Estou inaugurando a coluna “Clique Mágico”, dedicada ao mundo da fotografia. Para começar com pé esquerdo (sou canhoto, dá licença?), trarei alguns clássicos, imagens que correram o mundo e viraram ícones de suas épocas. Nesse pequeno espaço dedicado à fotografia, publicarei imagens e alguns comentários do alto da minha leiguice. Seguem os três primeiros cliques:
Che Guevara, por Alberto Korda: esse famoso clique do Alberto Korda foi capturado no dia 05 de Março de 1960, quando Che contava trinta e um anos. É considerada a foto mais popular do século vinte. O tamanho do sucesso dessa imagem é proporcional à frustação do autor, que sempre se queixou por não ter recebido o retorno monetário. A simbologia incutida na imagem do guerrilheiro Che Guevara transformou o clique do Korda num símbolo de rebeldia reproduzido em diversos movimentos políticos e estudantis. A super exposição, entretanto, transformou o rosto de Che Guevara em uma espécie de “adorno pop” para camisetas. Muitos dos que ostentam essa famosa imagem no peito, nem sequer sabem quem foi Che.
A Menina do Vietnã, por Nic Ut: esse é um clássico da fotografia de guerra. A imagem da menina Kim Phuc (veja uma imagem atual dela) correndo nua, com o corpo chamuscado, causa comoção até hoje. A cena foi capturada no dia oito de junho de 1972, na cidade vietnamita de Trang Bang, bombardeada por aviões norte-americanos que lançaram Napalm sobre a população civil. O horror registrado no clique de Nic Ut tornou-se uma bandeira de luta contra a invasão do Vietnã pelos Estados Unidos. O final dessa história foi feliz. Kim conseguiu se recuperar dos ferimentos e deixou o Vietnã. Chegou a morar nos Estados Unidos, mas hoje em dia vive no Canadá onde preside uma entidade que luta para salvar crianças vítimas de guerras.
O Chinês e a Fileira de Tanques, por Jeff Widener: A imagem do chinês anônimo enfrentando uma fileira de tanques foi capturada em 1989 nas proximidades da Praça de Tianamen, Pequim, República popular da China. A foto imortalizou o ato heroico desse chinês anônimo que, usando apenas o próprio corpo, encarou uma fileira de tanques que rumavam em direção à Praça da Paz Celestial. Deng Xiaoping, o sanguinário ditador chinês da época, ordenou a dissolução de um protesto de estudantes de forma implacável. O clique de Jeff Widener foi reproduzido por várias agências pelo mundo afora e tornou-se um ícone do final da década de 80. No Brasil, inclusive, foi capa de um famoso livro didático de Geografia. O destino do solitário chinês é desconhecido até hoje. A imagem virou história.
No passado valorizava-se mais o conhecimento holístico, que leva em consideração o todo. Essa concepção, hoje em dia, é considerada obsoleta pela maioria das pessoas. O grande lance da atualidade é a especialização. Quem nada contra essa corrente, em termos mercadológicos, é discriminado e perde espaço. Compare: o clínico geral é menos importante do que o cardiologista, que por sua vez é menos importante do que o cirurgião cardiovascular e por aí vai.
Sempre que levanto essa questão lembro-me do professor Vieira, que dizia nas aulas: “não sou professor de Matemática, sou professor de Geometria”. Na minha disciplina, Geografia, existe também essa dicotomia. Alguns professores lecionam a parte física, outros a parte socioeconômica. Mas não odeio os especialistas por isso, claro. O que me tira do sério é quando uma pessoa que se especializou em determinado assunto tenta exigir de você o mesmo nível de compreensão. Algo como você dizer que está com uma dor na rótula e o médico, com um ar estúpido de superioridade, dar aquele sorrisinho sarcástico e falar: “não se diz mais rótula, o nome agora é patela”.
Nesse imenso universo de especialistas pedantes, acabam se destacando os que combinam o seu objeto de estudo com o todo. O grande consultor financeiro, especializado em economia internacional, precisa entender um pouco de história e sociologia, não apenas de transações financeiras. Para inferir sobre acontecimentos atuais é preciso entender a história das instituições em que ele trabalha e seus reflexos na sociedade.
Termino esse breve post com uma experiência que vivi trabalhando com meu pai quando garoto: Com trinta anos de experiência no oficio de fabricar bolsas, meu pai tentava me ensinar a dar acabamento em algumas peças. Nas primeiras tentativas, inexperiente, claro, falhei. Disse ele: “rapaz, você é muito burro, eu estou te mostrando como é que se faz”. Argumentei que estava fazendo pela primeira vez e ele tinha trinta anos de experiência. De nada adiantou, a fama de burrou continuou. Foi quando tive uma ideia: já tocava violão há algum tempo, corri para o quarto, peguei o instrumento e disse pro meu pai: “preste atenção, vou tocar uma música e depois o senhor tem que fazer igual”. Só aí ele entendeu o quanto estava sendo cruel comigo.
Krabat é um desses filmes que vocês assiste sem esperar muito e acaba se surpreendendo. Concebido pelo jovem diretor alemão, Marco Kreuzpaintner, historiador de formação e cineasta por opção, o filme é uma adaptação do romance homônimo de Otfried Preubler que mistura magia e romance. Um dos pontos altos é a fotografia. Imagens belíssimas dos alpes alemães cobertos de neve contrastam com a aura soturna da trama.
O enredo conta a historia do jovem Kabrat (David Cross – 'The Rider') que torna-se órfão depois que sua mãe morre vítima da Peste Negra. Para sobreviver ele começa a vagar pelas aldeias cantando hinos religiosos em troca de comida. Em uma noite, Kabrat é atraído por corvos enfeitiçados para trabalhar no moinho Keeper, controlado por um feiticeiro chamado, genericamente, de “O Mestre” (Christian Redl – 'A Queda'). A saga do jovem Kabrat para sobreviver no moinho é o eixo central da trama.
Lançado na Alemanha em 2008 e nos Estados Unidos em 2009, o filme já está disponível para locação.
Ficha Técnica
Direção: Marco Kreuzpaintner
Produção: Jakob Claussen, Uli Putz, Bernd Wintersperger e Thomas Wöbke
Roteiros: Marco Kreuzpaintner, Michael Gutmann e Otfried Preussler
Elenco: David Kross ,Daniel Brühl, Christian Redl, Robert Stadlober, Paula Kalenberg e Daniel Steiner.
Por uma causa mais do que nobre – ajudar o povo haitiano – um cast de cantores estadunidenses reeditou a clássica canção filantrópica, "We Are The World", de 1984. O interessante foi perceber que, diferentemente do projeto anterior, na nova gravação não houve uma hierarquia em que grandes estrelas têm participações maiores. Basta destacar o fato da música ser iniciada por um ídolo teen, Justin Bieber. Já a participação da lenda viva Tony Bennett, soou estranha. Definitivamente, a belissima voz dele não encaixou bem na canção.
A nova versão ganhou uma batida eletrônica (pasteurizada) e uma colagem da primeira versão que trouxe de volta o Michael Jackson. Uma bela e justa homenagem já que ele foi um dos articuladores do "USA For Africa" e escreveu a canção em parceiria com Lionel Ritchie. Nesse trecho, Latoya Jackson aparece sussurrando a canção junto com o irmão. A letra da música sofreu algumas mudanças para se adaptar ao novo propósito.
Relíquia jurássica. Imagens do Recife na década de 70. O achado arqueológico foi extraído de um super-8 familiar e mostra imagens da Praia de Boa Viagem – calçadão, Casa do Navio e rua dos Navegantes, Praia do Pina , Avenida Conselheiro Aguiar (próximo ao Bompreço) Avenida Agamenon Magalhães. Um registro que merece ser preservado e serve como documento vivo da evolução urbana da cidade. Interessante notar a inacreditável quantidade de Fuscas nas ruas (inclusive como viaturas policiais). O casarão de dois pavimentos localizado à direita (sentido Derby) do viaduto João de Barros foi preservado e existe até hoje, inclusive, com a mesma cor, branco. Realmente, uma bela lembrança. deleitem-se!
O
que estará pensando o garoto Alcides onde quer que esteja agora? Atrevo-me a imaginar: “Seria mesmo querer demais, tendo nascido pobre
na periferia do Recife (segundo as estatísticas, a cidade mais
insalubre para os jovens entre 15 e 25 anos no Brasil), me formar
biomédico. Numa cidade como a minha, os garotos pobres da periferia
aparecem, costumeiramente, naqueles noticiários do meio-dia, que
respingam sangue nos telespectadores.
Devem estar falando de mim por
lá agora. Um velho lugar-comum diz que 'felicidade de pobre dura
pouco'. Imagine o quanto dura a felicidade do pobre miserável. Dura
menos ainda. Estava me sentindo um herói, afinal, peitei a miséria
e ignorei as estatísticas. Mas não queria ser mártir. Agora, depois
da tragédia, muitos falam que eu deveria ter saído do lugar onde
nasci. Sair para onde? Em que lugar do Recife pode-se viver com
tranquilidade? Em que bairro eu poderia me sentir feliz e seguro?
Bem sei que se lembrarão do meu nome por uns dias, desejarão a morte
dos que me mataram por semanas e se esquecerão de mim em breve. Virarei
mais um nas estatísticas”
Alcides
Nascimento Lins, 22 anos, garoto pobre da periferia do Recife, filho
de uma catadora de lixo, aprovado em primeiro lugar entre os
estudantes de escolas públicas que prestaram vestibular na UFPE,
seria diplomado biomédico no mês de setembro desse ano. Foi
brutalmente assassinado, em casa, diante da mãe e de duas irmãs.
Era madrugada, Alcides estava estudando quando foi morto. Seria mesmo querer demais!
Uma
das grandes sacadas do carnaval de Pernambuco nos últimos anos, sem
dúvida, foi a diversificação dos polos. Partindo do óbvio
principio de que a principal riqueza do carnaval pernambucano era a
pluralidade, nada mais lógico do que explorar a diversificação. O
“Carnaval Multicultural” é uma grande colcha de retalhos
estendida por sobre o território pernambucano. Abaixo, teço alguns
comentários sobre cada um dos polos
Recife:
O carnaval do Recife é um dos mais celebrados do Brasil. Começa com
a apoteose do “Galo da Madrugada”, maior bloco carnavalesco do
mundo, que desfila no Sábado de Zé Pereira. Depois do advento do
“Carnaval Multicultural” a cidade do Recife foi dividida em
polos de bairros, que atendem a diversas manifestações culturais
diferentes: Mangue Beat, frevo de bloco, música eletrônica,
caboclinhos, maracatu rural e de baque virado, escolas de samba,
frevo de rua, afoxés, bois, ursos, entre outros. O carnaval do
Recife é, por definição, um resumo do carnaval de Pernambuco.
Olinda:
a cidade tem o carnaval de rua mais conhecido do Brasil. Por esse
motivo é quase impossível precisar a quantidade de blocos e
troças que desfilam pelas ladeiras do sítio histórico. Dentre os
mais conhecidos, destacam-se; Clube Vassourinhas, Pitombeira dos
Quatro Cantos, Ceroula, Elefantes, Marim dos Caetés, Eu Acho é
Pouco, Bloco Lírico Flor da Lira, Siri Na Lata, Grêmio Recreativo
Escola de Samba Preto Velho, Patusco e D’Breck e o Bacalhau do
Batata. O carnaval de rua de Olinda prima pela tradição e pelo grande número de agremiações.
Águas
Belas: o carnaval dessa cidade agrestina é fortemente
influenciado pela tradição indígena. Águas Belas é a terra dos
índios Fulni-ô. A proposta desse polo é mesclar a tradição
indígena com os blocos carnavalescos. Os dois principais grupos
indígenas são o “Fethxa “ e a “Banda Fulni-ô” . Entre os
blocos, destacam-se o “Berrador”, o Zumbi e o “Beija-Flor”.
Belém
do São Francisco: nesse polo o carnaval se assemelha ao de
Olinda. Dois bonecos gigantes se destacam na folia de Momo: Zé
Pereira e Vitalina. O frevo impera tanto nos desfiles dos bonecos
como no desfile dos blocos Nego D'água, Galo da Madrugada e
Pereirinha, que complementam o carnaval da cidade. A semelhança com
Olinda atraiu, nos últimos anos, a participação de troças
de outras cidades, dentre elas: Homem da Meia-Noite (Olinda) e a
Bicharada de Mestre Jaime (Salgueiro).
Bezerros:
o grande destaque desse polo, sem dúvida, é o desfile dos Papangus
que dá a tônica da folia. Mas o carnaval da cidade é subdividido
em três polos: O Cultural, o São Sebastião e o QG do Frevo.
Durante o reinado de Momo, mais de 500 mil pessoas entopem as ruas da
cidade. É um dos polos mais movimentados do carnaval Pernambucano.
Catende:
o carnaval de Catende tem como principal atração a “Mulher da
Sombrinha” uma agremiação que tem como principal atrativo seu
bizarro ponto de concentração: o cemitério da cidade. A troça
nasceu a partir de um mito: na década de 1920, alguns operários, ao terminar a jornada de trabalho, eram seduzidos por uma mulher loira e
estonteante que os levava a um passeio. Ao chegar à porta do
cemitério, a mulher simplesmente desaparecia e os operários ficavam
assustados, espalhando medo pela cidade. O que no passado gerava
medo, hoje em dia gera felicidade e diversão.
Goiana:
esse polo tem como grande destaque o caboclinho. Os grupos mais
tradicionais desse gênero - Caetés, Sete Flechas, Canindé e
Tabajara - são da cidade de Goiana que , por isso, é conhecida com
“Terra dos Caboclinhos”. Além da influência indígena existe a
influência africana. O grupo “Pretinhas do Congo”, do bairro
Balde do Rio e da praia de Carne de Vaca, desfila há mais de 100
anos configurando-se como uma das agremiações mais tradicionais da
cultura pernambucana.
Ipojuca:
o carnaval da cidade é marcado pela presença de pequenos blocos que
arrastam milhares de foliões pela ruas. Destacam-se: “Bloco
da Sucata,o Rombo, o Tricolor em Folia, o Titório e o Zitão”. Em
Porto de Galinhas, por conta da força do turismo, a prefeitura
organiza apresentações itinerantes de grupos que se revezam para
manter a folia viva. Destacam-se: “o Bloco das Galinhas", o "Bloco
Piratas", o "Bloco do Batatinha", além do "Alfaias da Praia”, formado
por comerciantes locais. Já em Serrambi, é o “Boca Mole” quem
garante a folia.
Itamaracá: A marca do carnaval praieiro de Itamaracá é o frevo. Mais
de cinquenta blocos desfilam durante o reinado de Momo. Os dois
grandes destaques são os blocos “As Catraias” e o “Bafo de
Bode”. Ao cair da noite, em vários pontos da ilha, é possível se
divertir com outra grande tradição local: a ciranda.
Nazaré
da Mata: esse polo é marcado
por uma das mais espetaculares manifestações culturais de Pernambuco: o Maracatu Rural (baque solto). A imponente imagem do
Caboclo de Lança, que simboliza o Maracatu Rural, é também usada
como um dos símbolos do carnaval de pernambuco. O grande destaque é
o “Maracatu Cambinda Brasileira”, o mais antigo do estado,
fundado em 1898.
Paudalho:
o carnaval de Paudalho tem como principal marca a miscigenação. A
cultura afro-indígena influenciou fortemente as festas de Momo. O
grande destaque desse polo é o “Banho de Frevo”, que se estende
pelos três dias de carnaval. O Maracatu Rural também tem forte
presença na cidade.
Pesqueira:
o carnaval desse polo, apesar de ter como destaque o desfile dos
“Caiporas”, apresenta um grande diversificação passando pelo
samba, o coco e as troças carnavalescas. Os grandes destaques desse
polo são: “Os Caiporas”, a “Escola de Samba Labariri”, o
“Coco Cancão Piô”c e as “Cambindas Velhas”.
Petrolina:
a marca desse polo é a diversidade. A maior cidade do Sertão do São
Francisco é tomada por maracatus, caboclinhos, blocos líricos,
troças, orquestras de frevo e afoxés. Mais ligado às tradições da
cidade, o grande destaque é o chamado “Samba do Veio”, uma
dança de origem negra e indígena que mistura tamborete,
instrumento de corda e pandeiro.
Salgueiro:
o carnaval desse polo é marcado pelo desfile da“Bicharada do Mestre Jaime”, uma tradição de mais de 50 anos. Além dos bonecos
do Mestre Jaime, aproximadamente 30 blocos são responsáveis pela
animação dos festejos de Momo, dentre eles: o Bloco de Zé Pereira,
os Insetos, o Maluco Beleza, o Cururu S/A, o Só Zueira, e o Curtume.
Timbaúba:
nesse polo, o grande destaque é o desfile dos bois. No carnaval
desse ano, a Fundarpe promoverá um encontro de bois de diversas
localidades. Na cidade de Timbaúba, a prática do mela-mela se mantém
presente até hoje.
Triunfo:
a marca do carnaval desse polo é a face carrancuda dos “Caretas”,
grupos de mascarados que desfilam fazendo barulho com seus chicotes.
Além dos “Caretas”, dois blocos se destacam: o Bloco da Galinha,
que desfila na sexta-feira, e o Anac, agremiação satírica cujo
sentido do nome só é entendido quando lido ao contrário.
Vitória
de Santo Antão: a marca desse
polo é a rivalidade entre os blocos mais tradicionais da cidade.
Dentre eles, destacam-se: Clube Vassouras, o Camelo, o Clube
Abanadores e O Leão. Nos últimos anos, outros blocos também
cresceram como o Clube da Girafa, o Clube do Coelho e o Clube do
Cisne, ou Motoristas.
Abaixo, os links para os demais vídeos promocionais:
Amanhã, 03 de fevereiro, o Santa Cruz Futebol Clube, de tantas glórias, completará 96 anos vivendo a sua maior crise. Depois de anos e anos de gestões incompetentes e, muitas vezes, desonestas, o clube sucumbiu e luta agora para retornar a seus melhores momentos. Alheia a essa fase negra, a torcida do Santa, seu maior patrimônio, segue dando show e batendo recordes de público. A gloriosa história desse clube quase centenário foi marcada por momentos de superação.
O imenso patrimônio do Santa Cruz foi adquirido através do esforço cooperativo da sua torcida. Baseado nessa história de luta e superação tenho a certeza de que a volta por cima está próxima. A frase que dá título a esse post, uma adaptação da clássica citação de Castro Alves, “A praça é do povo, como o céu é do condor”, revela a marca principal do Santa Cruz: a popularidade. Se o time do povo está aniversariando, o povo está em festa. Parabéns Santinha!
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