RELICÁRIO VOL. 11- FINAL DO FESTIVAL DOS FESTIVAI - 1985
terça-feira, 25 de outubro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Hoje faz exatamente 26 anos que a gasguita Tetê Espíndola sagrou-se campeã do Festival dos Festivais interpretando a canção “Escrito Nas Estrelas” (C. Renó – A Black). Na época, a simples menção da palavra “Tesão” provocou uma euforia na plateia, vejam só.
105 ANOS DO VOO DE BAGATELLE
domingo, 23 de outubro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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SANTOS DUMONT
,
Voo de Bagatelle
Foi
num 23 de outubro, como hoje, que, em 1906, Alberto Santos Dumont
entrou para história ao realizar um breve voo de 50 metros, a dois
metros do chão, com o 14 Bis. Foi a primeira vez que uma aeronave
mais pesada que o ar alçou voo usando, apenas, suas próprias
forças. Pelo feito, o brasileiro ganhou a "Taça Archdeacon"
e escreveu seu nome na gênesis da aviação mundial.
A
importância histórica e científica desse feito é, deliberadamente,
ignorada pelos Estados Unidos e parte da Europa. Para eles, os
inventores do avião foram os Irmãos Wright que teriam realizado um
voo com o “Flyer 1” antes do 14 Bis. A grande diferença,
entretanto, é que a aeronave dos Irmãos Wright utilizou uma
catapulta como forma de propulsão. Outra questionamento: o voo teria
sido feito para um pequeno grupo de testemunhas. No caso do 14 Bis, o
voo foi feito para um enorme público no Campo de Bagatelle, em Paris. Como quem tem poder é dono da
verdade, eles sustentam a história deles. Apenas
a França reconhece o grande feito do brasileiro Santos Dumont.
Confira, abaixo, o curta de André Ristum, protagonizado por Daniel de Oliveira, que conta esse fantástico episódio da história da aviação:
Confira, abaixo, o curta de André Ristum, protagonizado por Daniel de Oliveira, que conta esse fantástico episódio da história da aviação:
OS BONS TEMPOS DO ROCK BRASIL E A CULTURA DÉBIL ATUAL
sábado, 22 de outubro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Não
sou do tipo que fala da juventude com saudade, como se quisesse
voltar no tempo e viver tudo de novo. Não tenho esse tipo de
sentimento. A razão é simples: minha vida era muito complicada. Uma
das poucas coisas que me mantinham vivo era, sem dúvida, o rock. Lá
pelos idos de 1985, época de ouro do rock Brasil, eu curava a
tristeza e a falta de grana ouvindo e fazendo música. Nessa época
não tínhamos internet, as fontes de informação eram as revistas,
sobretudo a Bizz, que herdou da SomTrês, o posto de maior publicação
de pop rock tupiniquim.
Tinha
um grupo de amigos que se reunia, quase sempre, na minha casa.
Ouvíamos música no rádio, acredite. No final da década de 80,
tocavam muito pop e rock no rádio, não é como hoje. Lembro-me da
grande celeuma provocada com o lançamento do elepê “Selvagem”,
dos Paralamas, em 1986. Nos discos anteriores, acusavam o trio
brasiliense de copiar o “Police”. A bateria do João Barone ,
convenhamos, soava igualzinho a do Stewart Copeland. No Selvagem, o
Paralamas buscou outras sonoridades, se aproximou do reggae e ritmos
brasileiros. A partir de então, ganhou identidade própria. Quando
ouvi “Alagados” pela primeira vez, confesso, foi estranhíssimo,
achei parecido com carimbó.
É
também de 1986 o celebrado – por questões técnicas – disco do
RPM, “Rádio Pirata”. Um disco de rock brasileiro gravado com
qualidade técnica idêntica aos dos americanos e europeus. A mixagem foi
feita em Londres. O RPM, durante um breve período, gozou do status
de mega banda de rock, com logo no avião e tudo mais. Passou.
Particularmente, prefiro o “Revoluções Por Minuto”, um disco
que lançou uma sonoridade diferente e forma bem peculiar de se fazer
rock no Brasil.
Dentre
todas as bandas com as quais convivi na década de 80, a que mais me
marcou, sem dúvida, foi a “Legião Urbana”. Quando ouvi o álbum branco achei a voz do Renato parecida com a do Jerry Adriani. Decorei
as onze músicas num piscar de olhos. Ouvia sem parar. No álbum
“Dois”, tornei-me fã incondicional. Os acordes iniciais de
“Tempo Perdido” funcionam como um start que me remete ao passado.
Essa música é um dos hinos da minha geração. Com o lançamento do
“As Quatro Estações” Renato Russo já era celebrado como grande
poeta do rock nacional. Assisti ao show desse álbum aqui no Recife.
Foi um grande momento da minha vida. Imagine: um show de quase duas
horas em que você sabe cantar todas as músicas. Êxtase!
Ontem
sintonizei na minha tevê o “WMB”, vi uns comentários no twitter
e fui conferir. Lixo total, a celebração da cultura débil, não
dá nem para falar. Uma pena que o rock nacional esteja na “fase B
das ondas Kondratev”. Enquanto isso, os bons momentos são
relembrados em documentários, confira abaixo:
FRINGE 4x04 – SUBJECT 9
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Fringe
,
Fringe 4ª Temporada
Spoilers Abaixo
Os
três primeiros episódios serviram para criar o ambiente necessário
para reintrodução de Peter na trama. Tivemos que ler nas
entrelinhas o que realmente os roteiristas estavam aprontando.
“Subject 9” rebuscou o passado tortuoso envolvendo Olivia e as
experiências do Walter com cortexiphan. Na cena inicial do episódio,
como de praxe, um acontecimento bizarro. Enquanto Olivia dormia, uma
concentração de energia tentava tomar forma em seu quarto atraindo
corpos metálicos. Ela acordou e dissipou o fenômeno.
A
interpretação inicial do Walter remeteu as experiências com
cortexiphan. Um dos garotos usados como cobaia, o “número 9”,
segundo o cientista, estaria usando suas habilidades numa espécie de
projeção astral para afetar Olivia. Convencidos disso, seguiram
para Nova York para interrogar Cameron James, suposto elo de ligação
com o “número 9”.
A
viagem de Olivia e Walter para Nova York revelou um detalhe que para
muita gente – inclusive eu – passou desapercebido. Walter estava
vivendo recluso em Havard havia três anos. Por isso, nos três
primeiros episódios, ele resolvia os casos através de
videoconferências. O velho cientista estava acometido de uma
misofobia, aquela fobia sentida pelo detetive Monk que tem medo de
sujeira, germes. Walter chegou a surtar no quarto do hotel vendo
sujeira em todo canto. Foi contido por Olivia que conseguiu
controlá-lo. Outro problema enfrentado por Walter era o medo de
voltar para hospício. Olivia recebeu uma comunicação por escrito
de um psiquiatra que pedia a opinião dela sobre um possível
internamento do Walter. Ele chegou a ler o documento, ficou temeroso,
mas Olivia vetou a internação.
O
grande momento do episódio aconteceu numa subestação de energia.
Depois de identificar o homem que que usava o o nome do pai –
Cameron James – e tinha poderes sensitivos resultantes de
experiências com cortexiphan, Walter o levou para a subestação
por ser um local de grande concentração de energia para polarizar
as forças e destruir a origem da energia supostamente maligna.
Quando a grande energia começou a se manifestar, o sensitivo entrou
em ação. Mas um rosto se formou nas ondas energéticas (foto acima). Era a
silhueta do Peter que Olivia lembrava dos sonhos. Imediatamente ela
sacou a arma atirou para cima e interrompeu o processo de destruição.
Peter
Beshop acabou surgindo próximo da subestação, no Lago Reiden, de
onde foi resgatado para um hospital. A grande surpresa é que ele não
perdeu a consciência de sua existência. Sua memória não foi
apagada na passagem o que intrigou Olivia e Broyles. Na cena em que
Peter surge no meio do lago, deu para ver o Observador contemplando tudo. Foi um ótimo episódio que deixou todo mundo com aquela
sensação de quero mais.
Ficha
Técnica
Escrito
por: Jeff
Pinkner, J.H.
Wyman e Akiva
Goldsman.
Direção:
Joe Chappelle
Exibição
(EUA): 14 de outubro de 2011
PS:
A série faz uma pausa de 15 dias e volta no dia 23 de outubro com o
episódio “Novation” cujo promo disponibilizo abaixo:
FRINGE 4x03 – ALONE IN THE WORLD
sábado, 15 de outubro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Fringe
Mais
um intrigante episódio de Fringe. A história do garoto Aron foi uma
espécie de paralelo com a história de Peter. O start do episódio
foi a morte de dois garotos afetados por uma misteriosa mutação
que, em questão de horas, decompôs os seus corpos. Quem é fã da
série está acostumado com essas bizarrices. Aaron Sneddon, um
garoto solitário, foi o personagem central da trama. O episódio foi
construído como um paralelo entre a história desse menino e a de
Peter.
Os
surtos psicóticos do Walter revelaram mais um detalhe intrigante da
temporada: ficou claro que a voz e as imagens que o velho cientista
estava ouvindo e vendo, eram do Peter. Quando Walter estava sendo
analisado pelo psiquiatra, viu o reflexo do filho na prancheta do
médico. Na conversa com Olivia os dois descobriram que o homem que
povoava os sonhos dela era o mesmo que Walter estava vendo. O detalhe
é que nenhum dos dois reconheceram o Peter. A dedução lógica é
que o Peter adulto, após o sacrifício feito para salvar os mundos,
nunca existiu.
A
série ainda não apresentou uma explicação didática para esse
imbróglio, eu fiquei meio perdido, confesso. O fato é que os
roteiristas criaram uma ramificação da história que pode não dar
certo. Fico imaginando com o Peter será reintroduzido no contexto da
trama. Irão voltar o tempo? Pouco provável. Acredito que a chave
desse mistério está no mundo alternativo.
Mais
do episódio
*A
dobradinha Olivia/Agente Lee começa a ganhar força. Todo mundo
elogiando, quero ver quando o Peter voltar. O policial com cara de
Nerd encaixou perfeitamente na Divisão Fringe.
*
Walter enfiando uma haste de metal no cérebro, convenhamos. Foi
demais até mesmo para o universo Fringe. Olivia chega, retira a peça
– na vida real um objeto introduzido assim só é retirado
cirurgicamente – e tá tudo bem. Oi?
Ficha
Técnica
Escrito
por: David
Fury
Direção:
Miguel Sapochnik
Exibição
EUA: 07 de Outubro de 2011
PROFESSORES QUE ME MARCARAM
- By ED CAVALCANTE
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Negativo
– Professor Constantino (Matemática): era um terrorista, não
era professor. Usava os números para oprimir. Fui perseguido por
esse professor, na 5ª Série, porque tinha dificuldades com
operações envolvendo divisão. Sobrevivi a ele. Tempos depois o vi
pilotando trens do metrô, realmente, não era um professor.
Positivo
- Professor Lidelmo (Matemática): foi o primeiro professor de
matemática que conseguiu falar uma linguagem que eu, sempre avesso
aos números, entendia. Entrou na escola como substituto e marcou
época. Como bem disse Renato Russo, “os bons se vão cedo”. O
professor Lidelmo morreu afogado depois de um ataque epilético.
Ficaram as boas lembranças.
Positivo
– Professora Laura (Geografia-História): quando eu fazia a 6ª
série, tive um momento difícil na escola. Era um adolescente
arredio e não queria estudar. A professora Laura, que enfrentava o
mesmo problema com outros alunos, usou de sua criatividade e virou o
jogo. Criou uma gincana de conhecimentos – que hoje utilizo na
minha prática pedagógica – e todos nós recuperamos o gosto pelo
estudo. Era divertidíssimo competir e estudar história e Geografia.
Inesquecível!
Positivo
– Professor Felinto (Literatura): era uma figuraça. Usava
jaleco e uma bata branca, igual os médicos. Tinha uma memória
privilegiada e conhecia muito sobre literatura brasileira. Por ser
uma figura caricata, era visto pela maioria dos alunos de uma forma,
digamos, folclórica. O velho professor Felinto, na verdade, era um
grande professor de literatura, apaixonado pelo que fazia. Tenho boas
lembranças das suas divertidas aulas. Inesquecível!
Positiva
e Negativa – Professora Ilma (Português e Francês): As
lembranças negativas que tenho dessa professora referem-se a postura
dela na sala de aula, austera até o último fio de cabelo. Tinha
tanto medo dela que nem tirava as minhas dúvidas. Assim como eu,
muitos alunos foram prejudicados por esse excesso de autoritarismo.
Mas ela tinha outro lado, dava aulas com muita paixão. Podíamos
enxergar nos olhos dela que ela acreditava no que estava falando,
tinha muita segurança. Por isso, sempre que me lembro dela, me perco
nesse paradoxo.
Positivo
– Professor Cavalcante (Biologia): o que me encantava nesse
professor era o profundo respeito que ele tinha pelo aluno. Era um
gentleman, tinha o domínio total da sala sem nunca, absolutamente
nunca, levantar a voz. Suas aulas eram bastante produtivas por isso,
estudávamos encantados pelo professor. Cavalcante, infelizmente,
faleceu há alguns anos de causas naturais.
Positivo
– Jorge Santana (Introdução as Ciências Geográficas –
Planejamento): foi o melhor professor que tive na faculdade. A
postura do professor Jorge, lembrava-me o professor Cavalcante que
descrevi acima. Um professor que fala fácil, de uma forma
apaixonante, traz luz à sala de aula. Até mesmo nas aulas de
planejamento, que ele ministra baseado na lógica, mesmo com toda
aquela abstração, tudo parecia muito fácil pelo poder do
professor. Absolutamente inesquecível!
Positivo
– Lucivânio Jatobá (Geomorfologia): foi meu professor na
graduação e na pós. É um grande geomorfólogo, conhece muito do
assunto. Fala fácil e tem paixão. É um grande mestre. Não
bastasse isso, ainda é fã dos Beatles. Perfeito!
Como
professor, procuro me espelhar nos bons exemplos e evitar os erros
que cometeram comigo. Obviamente os tempos são outros, mas entendo
que lecionar é um eterno exercício de reconstrução e troca de
ideias. Parabéns a todos os professores!
15 ANOS SEM RENATO RUSSO
terça-feira, 11 de outubro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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RENATO RUSSO
Hoje
faz 15 anos que Renato Russo morreu. Como ele é um dos meus mais
representativos ídolos e contribuiu enormemente para minha formação,
pensei em escrever um texto em sua homenagem. Vasculhando os arquivos
do Jornália, encontrei um post que escrevi no dia do aniversário
de 50 anos dele. De uma forma sucinta, disse tudo que sentia sobre Renato. Se
tentasse escrever outro texto, certamente, seria repetitivo.
Portanto, faço minha reverência republicando o post escrito em
27 de março do ano passado. Meus respeitos, Renato!
RENATO RUSSO, 50 ANOS HOJE
sábado, 27 de março de 2010
- By ED CAVALCANTE
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LEGIÃO URBANA
,
RENATO RUSSO

Por
ter cara de nerd, Renato ganhou fama de intelectual e passou a ser
ridicularizado por eles. Sim, como ele virou um artista popular,
diminuir a sua importância ou tratá-lo como um “mero objeto de adoração
da juventude” passou a ser diversão entre a turma dita “cabeça”. Mas
esse breve texto não tem a pretensão de levantar nenhuma bandeira em
favor do Renato, ele não precisa. Vi nos últimos dias que o culto à sua
memória e às suas canções continua fortíssimo e isso é o que importa.
Devo
muito a esse artista. Numa época dificílima da minha vida – Entre 1989 e
1992 – em que me sentia absolutamente perdido no mundo, vivia recluso,
quase nunca saia de casa, uma coisa que ajudou a me manter vivo foi a
música da Legião Urbana, sobretudo por causa dos textos do Renato. Isso
não é pouco. No disco “Legião Dois”
(o meu preferido) passamos a conviver com as metáforas e as entrelinhas
dos discursos dele. A inquietação dele devido a problemas com a sua
sexualidade, produziu canções antológicas.
Em 1990 estive no inesquecível show realizado aqui no Recife, com o Geraldão lotado. Lembro-me das palavras do Renato na abertura: “Nós somos a Legião Urbana e vamos cantar algumas canções para vocês”. Em seguida a banda tocou “Há Tempos” e Renato jogou flores para a imensa plateia.
A Legião Urbana acabou para mim no disco “A Tempestade”,
de 1996. A Partir daí, a melancolia tomou conta das letras do Renato.
Preferi não assistir a essa triste caminhada para o fim. Lembro-me da
profunda tristeza que senti quando ouvi a canção “Via Láctea”
em que Renato canta, já com a voz arrastada, sua tristeza por estar
doente. Ali ele explicitou a sua falta de esperança e o pedido para que o
deixassem sozinho. Eu fiz o que ele pedia na canção, não ouvi mais os
discos lançados depois de 1993.
O DISCURSO DE STEVE JOBS EM STANFORD
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Stanford
,
Steve Jobs
Emocionante
as palavras de Jobs, falou um pouco de tudo. Criticou os
exorbitantes preços cobrados pelas boas universidades americanas -
“ingenuamente escolhi uma universidade quase tão cara quanto Stanford" – e
revelou que o alto preço das mensalidades foi o motivo da sua saída.
Falou da vida, da morte e de religião, a parte que mais me
identifiquei. Por não ser seguidor de nenhum credo religioso, sempre
fui criticado – de forma aberta ou velada – por alunos, amigos e
até mesmo por pessoas com as quais eu não tenho intimidade alguma.
O trecho do discurso que está em negrito, expressa
exatamente o que eu sinto sobre o que é viver aprisionado
por dogmas. Abaixo o discurso e, para quem preferir, o vídeo
original, legendado, feito em Stanford. Meus respeitos, Jobs!
"Estou honrado por estar aqui com vocês em sua formatura por uma das melhores universidades do mundo. Eu mesmo não concluí a faculdade. Para ser franco, jamais havia estado tão perto de uma formatura, até hoje. Pretendo lhes contar três histórias sobre a minha vida, agora. Só isso. Nada demais. Apenas três histórias:
A primeira é sobre ligar os pontos.
Eu larguei o Reed College depois de um semestre, mas continuei assistindo a algumas aulas por mais 18 meses, antes de desistir de vez. Por que eu desisti?
Tudo começou antes de eu nascer. Minha
mãe biológica era jovem e não era casada; estava fazendo o
doutorado, e decidiu que me ofereceria para adoção. Ela estava
determinada a encontrar pais adotivos que tivessem educação
superior, e por isso, quando nasci, as coisas estavam armadas de
forma a que eu fosse adotado por um advogado e sua mulher. Mas eles
terminaram por decidir que preferiam uma menina. Assim, meus pais,
que estavam em uma lista de espera, receberam um telefonema em plena
madrugada "temos um menino inesperado aqui; vocês o querem?"
Os dois responderam "claro que sim". Minha mãe biológica
descobriu mais tarde que minha mãe adotiva não tinha diploma
universitário e que meu pai nem mesmo tinha diploma de segundo grau.
Por isso, se recusou a assinar o documento final de adoção durante
alguns meses, e só mudou de ideia quando eles prometeram que eu
faria um curso superior.
Assim, 17 anos mais tarde, foi o que fiz. Mas ingenuamente escolhi uma faculdade quase tão cara quanto Stanford, e por isso todas as economias dos meus pais, que não eram ricos, foram gastas para pagar meus estudos. Passados seis meses, eu não via valor em nada do que aprendia. Não sabia o que queria fazer da minha vida e não entendia como uma faculdade poderia me ajudar quanto a isso. E lá estava eu, gastando as economias de uma vida inteira. Por isso decidi desistir, confiando em que as coisas se ajeitariam. Admito que fiquei assustado, mas em retrospecto foi uma de minhas melhores decisões. Bastou largar o curso para que eu parasse de assistir às aulas chatas e só assistisse às que me interessavam.
Nem tudo era romântico. Eu não era aluno, e portanto não tinha quarto; dormia no chão dos quartos dos colegas; vendia garrafas vazias de refrigerante para conseguir dinheiro; e caminhava 11 quilômetros a cada noite de domingo porque um templo Hare Krishna oferecia uma refeição gratuita. Eu adorava minha vida, então. E boa parte daquilo em que tropecei seguindo minha curiosidade e intuição se provou valioso mais tarde. Vou oferecer um exemplo.
Na época, o Reed College talvez tivesse o melhor curso de caligrafia do país. Todos os cartazes e etiquetas do campus eram escritos em letra belíssima. Porque eu não tinha de assistir às aulas normais, decidi aprender caligrafia. Aprendi sobre tipos com e sem serifa, sobre as variações no espaço entre diferentes combinação de letras, sobre as características que definem a qualidade de uma tipografia. Era belo, histórico e sutilmente artístico de uma maneira inacessível à ciência. Fiquei fascinado.
Mas não havia nem esperança de aplicar aquilo em minha vida. No entanto, dez anos mais tarde, quando estávamos projetando o primeiro Macintosh, me lembrei de tudo aquilo. E o projeto do Mac incluía esse aprendizado. Foi o primeiro computador com uma bela tipografia. Sem aquele curso, o Mac não teria múltiplas fontes. E, porque o Windows era só uma cópia do Mac, talvez nenhum computador viesse a oferecê-las, sem aquele curso. É claro que conectar os pontos era impossível, na minha era de faculdade. Mas em retrospecto, dez anos mais tarde, tudo ficava bem claro.
Repito: os pontos só se conectam em retrospecto. Por isso, é preciso confiar em que estarão conectados, no futuro. É preciso confiar em algo - seu instinto, o destino, o karma. Não importa. Essa abordagem jamais me decepcionou, e mudou minha vida.
A segunda história é sobre amor e
perda.
Tive sorte. Descobri o que amava bem cedo na vida. Woz e eu criamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhávamos muito, e em dez anos a empresa tinha crescido de duas pessoas e uma garagem a quatro mil pessoas e US$ 2 bilhões. Havíamos lançado nossa melhor criação - o Macintosh - um ano antes, e eu mal completara 30 anos.
Foi então que terminei despedido. Como alguém pode ser despedido da empresa que criou? Bem, à medida que a empresa crescia contratamos alguém supostamente muito talentoso para dirigir a Apple comigo, e por um ano as coisas foram bem. Mas nossas visões sobre o futuro começaram a divergir, e terminamos rompendo - mas o conselho ficou com ele. Por isso, aos 30 anos, eu estava desempregado. E de modo muito público. O foco de minha vida adulta havia desaparecido, e a dor foi devastadora.
Por alguns meses, eu não sabia o que fazer. Sentia que havia desapontado a geração anterior de empresários, derrubado o bastão que havia recebido. Desculpei-me diante de pessoas como David Packard e Rob Noyce. Meu fracasso foi muito divulgado, e pensei em sair do Vale do Silício. Mas logo percebi que eu amava o que fazia. O que acontecera na Apple não mudou esse amor. Apesar da rejeição, o amor permanecia, e por isso decidi recomeçar.
Não percebi, na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. O peso do sucesso foi substituído pela leveza do recomeço. Isso me libertou para um dos mais criativos períodos de minha vida.
Nos cinco anos seguintes, criei duas empresas, a NeXT e a Pixar, e me apaixonei por uma pessoa maravilhosa, que veio a ser minha mulher. A Pixar criou o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é hoje o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. E, estranhamente, a Apple comprou a NeXT, eu voltei à empresa e a tecnologia desenvolvida na NeXT é o cerne do atual renascimento da Apple. E eu e Laurene temos uma família maravilhosa.
Estou certo de que nada disso teria acontecido sem a demissão. O sabor do remédio era amargo, mas creio que o paciente precisava dele. Quando a vida jogar pedras, não se deixem abalar. Estou certo de que meu amor pelo que fazia é que me manteve ativo. É preciso encontrar aquilo que vocês amam - e isso se aplica ao trabalho tanto quanto à vida afetiva. Seu trabalho terá parte importante em sua vida, e a única maneira de sentir satisfação completa é amar o que vocês fazem. Caso ainda não tenham encontrado, continuem procurando. Não se acomodem. Como é comum nos assuntos do coração, quando encontrarem, vocês saberão. Tudo vai melhorar, com o tempo. Continuem procurando. Não se acomodem.
Minha terceira história é sobre
morte.
Quando eu tinha 17 anos, li uma citação que dizia algo como "se você viver cada dia como se fosse o último, um dia terá razão". Isso me impressionou, e nos 33 anos transcorridos sempre me olho no espelho pela manhã e pergunto, se hoje fosse o último dia de minha vida, eu desejaria mesmo estar fazendo o que faço? E se a resposta for "não" por muitos dias consecutivos, é preciso mudar alguma coisa.
Lembrar de que em breve estarei morto é a melhor ferramenta que encontrei para me ajudar a fazer as grandes escolhas da vida. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo do fracasso - desaparece diante da morte, que só deixa aquilo que é importante. Lembrar de que você vai morrer é a melhor maneira que conheço de evitar armadilha de temer por aquilo que temos a perder. Não há motivo para não fazer o que dita o coração.
Cerca de um ano atrás, um exame revelou que eu tinha câncer. Uma ressonância às 7h30min mostrou claramente um tumor no meu pâncreas - e eu nem sabia o que era um pâncreas. Os médicos me disseram que era uma forma de câncer quase certamente incurável, e que minha expectativa de vida era de três a seis meses. O médico me aconselhou a ir para casa e organizar meus negócios, o que é jargão médico para "prepare-se, você vai morrer".
Significa tentar dizer aos seus filhos em alguns meses tudo que você imaginava que teria anos para lhes ensinar. Significa garantir que tudo esteja organizado para que sua família sofra o mínimo possível. Significa se despedir.
Eu passei o dia todo vivendo com aquele diagnóstico. Na mesma noite, uma biópsia permitiu a retirada de algumas células do tumor. Eu estava anestesiado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células ao microscópio começaram a chorar, porque se tratava de uma forma muito rara de câncer pancreático, tratável por cirurgia. Fiz a cirurgia, e agora estou bem.
Nunca havia chegado tão perto da
morte, e espero que mais algumas décadas passem sem que a situação
se repita. Tendo vivido a situação, posso lhes dizer o que direi
com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito
útil mas puramente intelectual.
Ninguém quer morrer. Mesmo as pessoas que desejam ir para o céu prefeririam não morrer para fazê-lo. Mas a morte é o destino comum a todos. Ninguém conseguiu escapar a ela. E é certo que seja assim, porque a morte talvez seja a maior invenção da vida. É o agente de mudanças da vida. Remove o velho e abre caminho para o novo. Hoje, vocês são o novo, mas com o tempo envelhecerão e serão removidos. Não quero ser dramático, mas é uma verdade.
O tempo de que vocês dispõem é limitado, e por isso não deveriam desperdiçá-lo vivendo a vida de outra pessoa. Não se deixem aprisionar por dogmas - isso significa viver sob os ditames do pensamento alheio. Não permitam que o ruído das outras vozes supere o sussurro de sua voz interior. E, acima de tudo, tenham a coragem de seguir seu coração e suas intuições, porque eles de alguma maneira já sabem o que vocês realmente desejam se tornar. Tudo mais é secundário.
Quando eu era jovem, havia uma publicação maravilhosa chamada The Whole Earth Catalog, uma das bíblias de minha geração. Foi criada por um sujeito chamado Stewart Brand, não longe daqui, em Menlo Park, e ele deu vida ao livro com um toque de poesia. Era o final dos anos 60, antes dos computadores pessoais e da editoração eletrônica, e por isso a produção era toda feita com máquinas de escrever, Polaroids e tesouras. Era como um Google em papel, 35 anos antes do Google - um projeto idealista e repleto de ferramentas e ideias magníficas.
Stewart e sua equipe publicaram diversas edições do The Whole Earth Catalog, e quando a idéia havia esgotado suas possibilidades, lançaram uma edição final. Estávamos na metade dos anos 70, e eu tinha a idade de vocês. Na quarta capa da edição final, havia uma foto de uma estrada rural em uma manhã, o tipo de estrada em que alguém gostaria de pegar carona. Abaixo da foto, estava escrito "Permaneçam famintos. Permaneçam tolos". Era a mensagem de despedida deles. Permaneçam famintos. Permaneçam tolos. Foi o que eu sempre desejei para mim mesmo. E é o que desejo a vocês em sua formatura e em seu novo começo.
Mantenham-se famintos. Mantenham-se tolos.
Muito obrigado a todos."
Fonte: site da Universidade de Stanford
Tradução: Paulo Migliacci ME
Via: Portal Terra
O QUE VI DO ROCK IN RIO
- By ED CAVALCANTE
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ABRIL PRO ROCK
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Rock In Rio
Terminado
o espetáculo, ficam as lembranças e as polêmicas. Do pouco que vi
do festival – acompanhei pela TV, transmissão do MultiShow – deu
para perceber que os equívocos foram muitos. Começando, claro, pela
polêmica protagonizada por Cláudia Leitte. Errou quem a colocou no
palco e errou ela no seu queixume. Comparou os “roqueiros" que a
vaiaram a Hitler?. Pera lá, roqueiros? Ela foi vaiada pelo público
de Keshia e Rihanna, pop farofa, nada a ver com a turma de preto. Será
que Cláudia não sabe o que é um roqueiro? Bom, seja como for, ela
se vestiu de Britney Spears, fez aquelas coreografias
“paulabdulianas” e pagou o pato.
Mas,
afinal, só Cláudia Leitte merecia ser vaiada? Claro que não, quem
viu os “shows” do Elton John e do Guns n Roses sabe que as
vaias deveriam se estender a eles. O primeiro, veteraníssimo, pareciaaia
uma tia velha, aposentada, sendo socorrido o tempo todo por um
eficiente naipe de backin vocals que entrava em ação nas notas
mais altas. Elton John agora canta pra dentro, faz um esforço danado
para balbuciar suas músicas. O público, enebriado pela presença
do ídolo, aplaudia o deplorável espetáculo. Merecia vaias. E o
Guns? O que foi aquilo? Axl Rose inventou um jeito novo de cantar
baseado na “separação silábica”. Sem fôlego, ele pronunciava
as palavras de forma fragmentada – uma sílaba, uma respirada –
protagonizando um dos piores shows de todos os tempos. Foi vaiado?
Não, claro que não, foi ovacionado. Mas São Pedro nos vingou,
mandou um toró daqueles, Axl Rose recebeu uma gongada dos céus.
Bom,
mas o Rock n Rio teve momentos memoráveis. O Capital Inicial fez um
dos melhores shows da sua longa carreira, fez o público delirar com
uma apresentação impecável. Sou contemporâneo da banda e
confesso que duvidei que ela brilhasse de novo. Enganei-me, que bom.
Ao final da apresentação corri pro Facebook para elogiar a banda.
Mais
do Melhor:
*Lenny
Kravitz: show impecável, o cara tirou onda. A voz perfeita - com
uma potência de estúdio - e uma banda espetacular. Destaque para a
ótima baixista, “Gail Ann Dorsey”, que conseguiu, em alguns
momentos, ofuscar a excelente perfomance do astro principal. Lenny,
entusiasmado com a grande apresentação, afirmou pouco depois: “Só
falta eu aprender português para ser brasileiro”.
*Steve
Wonder: Como era de se esperar, fez um grande show. E não
foi só isso, deu um show de simpatia, brincou com o público, cantou
– de novo – aquela canção de Antônio Carlos e Jocafi, ele
gosta mesmo, sempre cantarola essa música. Nos apresentou sua linda
filha, enfim, cumpriu o que se esperava dele.
*ColdPlay:
apesar de não ter visto o show por completo – verei nas reprises –
deu para perceber que seria uma apresentação apoteótica. É uma
das grandes bandas da atualidade. Coldplay tem na gênesis a marca
das grandes bandas: nasceram sem a pretenção do estrelato e foram
asseitando essa condição a medida que o sucesso foi ficando
incontrolável. Bom demais!
Tentei
ver mas meu saquinho não aguentou:
Slipknot:
parecia o Cirque Du Soleil homenageando as bandas pesadas. Muito
trelelê para adolescente ver, como já passei da fase, abdiquei. Teve gente que aplaudiu de pé.
Jamiroquai:
A voz do Jason Kay é massa, o cara canta pra ca... mas, depois da
terceira música, parecia um disco arranhado. Falta alma à essa
banda, o suingue é fake, não dá. Sei, tem gente que acha genial, o bom é isso, a subjetividade do gosto.
Jota
Quest: Na primeira música deu pra ver que seria show de festival
de verão e eu abdiquei.
Sitem
Of A Down: inegavelmente eles são bons, muito bons no que fazem.
Mais: são diferentes na postura e na indumentária. Serj Tankian, o
vocalista, parece um pastor pregando. Com camisa de botão,
totalmente descolado, canta como se estivesse brincando na garagem.
Apesar, contudo, todavia, mas, porém, adversativamente falando, o
som não é para mim. Respeito a excelência da banda, mas passo.
Pronto,
falei!
GOVERNO DE PERNAMBUCO LANÇA CAMPANHA COM CENAS CHOCANTES PARA PREVENIR ACIDENTES DE MOTOS
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Acidentes de motos
,
Trânsito
O
Governo de Pernambuco lançou uma campanha para prevenir acidentes de
trânsito envolvendo motocicletas. Os filmes mostram várias situações
em que motociclistas acabam morrendo em acidentes chocantes. O
realismo das cenas já está causando espanto em quem assiste aos
filmes. Chocar para prevenir parece ser a palavra de ordem da
campanha. Confira, abaixo, um dos filmes:
FRINGE 4x02 – ONE NIGHT IN OCTOBER
domingo, 2 de outubro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Fringe
,
FRINGE 4x02
Atenção: Spoilers Abaixo!
Esse
foi, sem dúvida, um episódio fora do convencional. Não bastasse a
ausência de Peter, Walter também não teve participação ativa.
Tomado por um surto ocasionado pelas vozes e pelas imagens que andou
vendo nos espelhos, ele fechou-se no seu universo psicótico.
A
caso usado como pano de fundo do episódio, como sempre, foi
apresentado na cena inicial. A diferença é que só nas cenas
seguintes descobrimos que a história se passava no universo
alternativo. A figura central da trama, John Louis McClennan, era um
psicótico assassino em série no universo paralelo e um renomado
professor de psicologia no mundo real. O trabalho da Divisão Fringe
era, aparentemente, simples: Levar o professor para o universo
paralelo – sem que ele soubesse da travessia, claro – para tentar
entender e ajudar a capturar o serial killer.
Essa
história dos dois universos trabalhando em cooperação não está
rendendo o esperado. Acredito que esse caminho foi um equívoco dos
roteiristas. Perdeu-se muito do mistério que envolvia o mundo
alternativo e o eixo da trama ficou morno. Outra coisa: episódios de
Fringe sem Peter, tudo bem, tem o Lincoln aí para suprir. Agora, um
episódio inteiro sem a participação ativa do Walter não dá pra
engolir. Mancada. No final do episódio o Dr. Bishop reaparece surtando, de
novo, ouvindo uma voz pedindo socorro. Pareceu-me o Peter, era um
áudio distorcido mas dava para identificar.
Quanto
aos dois John's McClennan: se o sobrevivente que foi trazido para o
mundo real for mesmo o assassino em série, será mais uma mancada
dos roteiristas. Essa coisa de troca de identidades é muito
lugar-comum e já foi usado na temporada anterior quando a Olivia
alternativa veio no lugar da original. No geral, o episódio ficou
devendo. Saudades do Walter!
Ficha
Técnica
Escrito
por: J.J. Abrams,
Alex Kurtzman e
Roberto Orci.
Exibição
nos EUA: 30 de setembro de 2011
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A BIENAL
- By ED CAVALCANTE
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Bienal 2011
Fiz, ontem, a minha terceira visita à Bienal do Livro de Pernambuco. Antes
de mais nada, quero registrar minha extrema felicidade em ver uma
multidão, engarrafamento homérico, um furdunço danado em torno dos
livros. Bom, tenho a ilusão de que todo mundo que esteve ali tratará
o livro com um pouco mais de respeito.
O
que vi na Bienal
Positivo:
Achei o evento muito bem organizado, mais do que na Bienal passada.
Mesmo com um grande volume de pessoas transitando pelo centro de
convenções, não registrei os tumultos vistos em eventos passados.
Até os banheiros – grande problema dos mega eventos em Pernambuco
– estavam limpos e funcionando bem.
Positivo:Ao
contrário das duas últimas bienais, os livros ditos de autoajuda –
não entendo esse termo já que quem lê segue conselhos de terceiros
para se dar bem – não reinaram absolutos. A variedade nesse evento
foi bem maior.
Negativo:
Preços exorbitantes. Era visível a jogada das editoras: já que o
evento tem uma participação maciça dos funcionários públicos que
recebem cartões de bônus para compra de livros – que só valem na
Bienal – a arapuca foi aramada: todos os lançamentos e os títulos
mais procurados, estrategicamente, tiveram seus preços
inflacionados. Exemplo: num stande de uma grande editora um livreto
direcionado para educação de jovens e adultos (EJA) estava sendo
vendido, pasmem, ao exorbitante preço de R$131,00.
Negativo:
Praça de alimentação: do mesmo jeito que as editoras, as lanchonetes
cobraram preços exorbitantes e prestaram um atendimento de quinta
categoria. O mesmo espaço – uma tenda armada ao lado do pavilhão
– era usado como arena de shows. Ruim demais!
Negativo:
Vários estandes credenciados para participar do evento não estavam
aceitando o bônus, apenas dinheiro e cartão de crédito. Esse
detalhe deve ser corrigido para a próxima bienal, os organizadores
deveriam condicionar o credenciamento a aceitação do bônus nas vendas.
Última
observação: no início da Bienal, sobretudo no sábado, o
tumulto foi grande. Paralelo ao evento estava sendo realizado um
festival de pagode, um evento gospel e o parque de diversões ao lado
do centro de convenções estava lotado. Vi muita gente falando que
era um absurdo tantos eventos juntos. Na minha opinião, o poder
público não tem muito o que fazer quanto a isso. Cada um dos citados
eventos estava sendo realizado em espaços particulares, com registro
de funcionamento em dia. A bem da verdade, tumulto mesmo, só houve
no trânsito, dentro do Centro de Convenções, correu tudo bem.
Falei!
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