POR ONDE ANDA A CANTORA BIANCA?

Lá pelo final da década de 70 (século XX), quando o rock brasileiro ainda procurava sua identidade própria, uma cantora baixinha, de cabelos encaracolados e muito jovem despontou para o sucesso. Seu nome: Bianca. Ela era uma espécie de “Pitty” da época, tocava muito no rádio e rapidamente tornou-se um símbolo de rebeldia. Seu nome verdadeiro é Cleide Domingues Franco, nasceu em Ituiutaba, Minas Gerais, em 1964.

Bianca começou muito cedo, gravou seu primeiro compacto com apenas 14 anos. O single “Os Tempos Mudam” (O Que Me Importa) logo ganhou as rádios e virou hit e acusações de plágio. A música seria muito parecida com “Satisfaction”, dos Stones. Mesmo sendo adolescente, suas músicas não eram direcionadas ao público da sua faixa etária, falavam de rebeldia e crises existenciais. O lado B do compacto trazia uma versão de “A Little More Love”, hit de Olivia Newton John. A canção "Vou Pra Casa Rever Os Meus Pais" também virou hit e ela caiu no gosto da juventude da época.

Entre 1978 e 1983, Bianca lançou quatro compactos simples e um LP, todos em vinil. Depois dessa meteórica carreira, veio o grande mistério: a cantora sumiu repentinamente e foi praticamente esquecida pela mídia e seus fãs. Vasculhei a rede à procura de informações sobre ela e me deparei com várias versões sobre o seu sumiço. Acabei encontrando um vídeo  de uma banda de forró da cidade de Piquet Carneiro, Ceará. No vídeo da banda “Destak do Forro”, aparece uma cantora loira que, supostamente seria Bianca. A foto abaixo foi extraída desse registro. Fiquei tão curioso para confirmar essa versão que até enviei um e-mail para o Fantástico (Globo) pedindo que eles investigassem esse mistério. Resta aguardar!

COISAS QUE GOSTARÍAMOS DE FALAR PARA FUNKEIROS, BREGUEIROS E TODOS OS MAL EDUCADOS QUE AGRIDEM NOSSOS OUVIDOS

NOSSA TRADIÇÃO NORDESTINA E OS NOVOS RUMOS AMBIENTAIS

Por: Gustavo Soares - No último dia 24 de junho (2011), dia de São João, mais uma vez lembrei-me do meu pai, Sr. João Vandeval de Araújo, falecido há 17 anos. Homem fiel as tradições e que reforçada pelo fato de ter nascido no dia de São João, fiel também as tradições juninas. Todos os anos era ele quem acordava primeiro no dia 23 de junho, tomava seu café e já ia para rua, em frente a nossa casa, elaborar sua majestosa fogueira de São João, era sempre a maior da rua e eu, criança na época, olhava aquilo e já prometia a mim mesmo que quando Papai do Céu o levasse, eu, que também tenho João no nome, iria continuar com aquela tradição. E assim foi durante alguns anos após sua partida em 1992.

Hoje, me conscientizei e percebi que o mundo pede socorro, pedi desculpas a meu pai e deixei a tradição da fogueira de lado. Todavia, como diz o velho ditado popular: “Uma andorinha só não faz verão” As vésperas do dia do santo, assustei-me mais uma vez quando, saindo da cidade de Ipojuca, Região Metropolitana Sul do Recife, seguindo de carro até a Zona Oeste do Recife, pude observar uma situação vivida apenas pelas pessoas que moram nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, quando o tempo seco e as queimadas mais intensas na floresta amazônica fazem com que cidades inteiras fiquem cobertas de fumaça, situação essa muito comentada e criticada pela mídia. Mas, esse é um problema crônico!! E quanto à queima de madeira promovida por uma tradição secular? Isso é crônico também? É prejudicial ao meio ambiente? Não estaria na hora de abandonar essa tradição tão fora de moda e começar a se preocupar com as emissões de dióxido de carbono na atmosfera? Afinal, essa é a principal causa do tão comentado AQUECIMENTO GLOBAL.

A fogueira de São João é bela, tem seu apelo religioso para muitos, é tradicional, enfim.. Porém não devemos tolerar mais tantas agressões a nossa mãe Terra, aquela que nos conduz, que nos dá condições de vida. A queima de matéria orgânica (madeira, por exemplo) e a queima de combustíveis fósseis (gasolina e diesel, por exemplo) promovem a liberação de dióxido de carbono, e este é o principal responsável pelo EFEITO ESTUFA principal causa do AQUECIMENTO GLOBAL.

Teremos o próximo São João para rever nossos conceitos, nossos princípios e nossas tradições e dentre elas a queima da fogueira.
Gustavo Soares é Geógrafo, professor de Geografia da Rede Pública Estadual de Pernambuco, comerciante e DJ.

A FILOSOFIA FRAGMENTADA

De vez em quando me vejo mergulhado numa daquelas discussões que de tão complexas, acabam virando uma dízima periódica, onde os argumentos, por mais floreados que estejam, acabam se repetindo. Puseram-me, mais uma vez, para dar aulas de filosofia, mesmo tendo formação na área de humanas (Geografia) e gostando bastante do assunto, sei que vou topar com questionamentos que estão além da minha prática pedagógica. Ao mesmo tempo, lembro-me de Viviane Mosé e sua valorosa contribuição ao ensino de filosofia quando, brilhantemente, conduziu a série “Ser Ou Não Ser”, um quadro do “Fantástico” que colocava a filosofia ao alcance dos leigos.

O dilema de quem leciona essa disciplina nas escolas públicas – seja especialista ou não – começa pela quantidade de aulas: apenas uma por semana. Como é possível estabelecer uma discussão ou falar sobre abstração em um espaço de tempo tão exíguo? Na verdade, não se leciona filosofia dessa forma, fala-se sobre filosofia. Optei por buscar no cotidiano um pouco do que pede a grade curricular. Viviane Mosé em um de seus programas perguntou: “É possível Viver Sem Arte?”. Um mote interessante que cabe perfeitamente numa aula. Seguindo essa linha, falei sobre filmes e discos, uma praia que eu conheço:

Na época dos elepês – falo do tempo em que reinavam absolutos – lembro-me que ficava indignado com as pessoas que rabiscavam as capas com mensagens de posse ou tratavam as bolachas pretas como artigos descartáveis. Sempre tive muito respeito pelos discos, tanto quanto pela música. A grande maioria das pessoas que maltratavam os discos, tinha um nível cultural rasteiro. Com os filmes, o raciocínio é o mesmo. Imagine a cena: você está assistindo a um filme no devedê e chega alguém para conversar. Você afasta-se da tevê, deixa o filme rolando e vai conversar. Por que não pausá-lo? Sei, há quem diga que esse papo soa como ranzinzice, mas a relação entre o respeito devotado as artes e o crescimento pessoal é bastante direta. Muitos defendem a tese de que é possível medir o caráter de uma pessoa observando a forma como ela trata as crianças e os animais. Penso o mesmo quanto aos discos e filmes.

Essa breve história sobre o meu apreço para com os discos e os filmes inicia uma diálogo que, infelizmente, é interrompido pelo irritante toque da campainha que alerta para o final da curtíssima aula da noite. A filosofia fragmentada perde um pouco do seu brilho. O esforço que faço para meus alunos entenderem que a filosofia é necessária para o desenvolvimento do indivíduo desaba com a observação de um aluno ao final da aula: “Professor, se isso fosse importante não teríamos apenas uma aula por semana”. Filosofei: “Vamos provar que eles estão errados”. Até hoje estamos tentando.

HOJE, 05 ANOS DE JORNÁLIA! PARECE QUE FOI ONTEM!


A FOTOGRAFIA CÊNICA DE KRIST MITCHEL

 Krist Mitchel é um inglês de 36 que mergulhou na fotografia para esquecer a doença da mãe, que morreu de câncer em 2008. Segundo ele, a fotografia ajudou a aceitar a dor da perda da mãe. Formado em História da Arte, Fotografia, Artes Plásticas e Design de Moda, atua também como figurinista de cinema e teatro. Mais que fotografo, Krist é um figurinista de imagens. Seu trabalho e influenciado pela moda, pelas idas e vindas do tempo e, sobretudo, pelas artes plásticas.










Clique aqui e conheça o site do fotógrafo

CINCO DISCOS PERNAMBUCANOS QUE VOCÊ NÃO CONHECE

Sinée Qua Non - Bande Dessinee: formada em 2007, no Recife, a banda faz um som influenciado pelo pop francês das décadas de 60 e 70. O grupo é composto por Tatiana Monteiro (voz), Thiago Suruagy (bateria),Miguel Mendes (contrabaixo), Marcio Oliveira (trompete), Filipe Barros (guitarra e voz) e Ed Staudinger (teclado).

Primeiro Disco – Com 12 faixas, Sinée Qua Non apresenta composições de Filipe Barros, guitarrista e voz da banda, e algumas parcerias com Zé Cafofinho, Juliano Holanda e Jr. Black. A produção do CD é de Missionário José e André Édipo, do Jardel Music (SP) e a masterização foi assinada por Don Grossinger (EUA - Westchester, New York). O CD é dançante, com balanço e porções bem dosadas de jazz, iê-iê-iê, rock e surf music. Artistas como France Gall, Dalida, Brigitte Bardot e Serge Gainsbourg também são influências importantes na música da Bande Dessinée. As canções do disco – compostas em francês, italiano e português – por vezes, provocam encontros inusitados de idiomas e neologismos (Fonte: site da banda).

Clique aqui e conheça o som do Bande Dessinee

Olindance - Academia da Berlinda: surgido em 2004, o grupo faz uma fusão de cumbia com samba usando a linguagem tipicamente pernambucana. A imprensa nacional e internacional já descobriu a banda e vem tecendo elogios. O segundo álbum, “Olindance” foi lançado virtualmente em 2011 e em poucas horas à havia alcançado a marca de mais de dez mil downloads.

Clique aqui e conheça o som da Academia da Berlinda

Canta Pernambuco Vol.II - Belas Marias: a banda foi criada pela artista plástica Deusdete Ferro em 2001. O grupo tem a particularidade de ter apenas mulheres como integrantes: Tatiana Caetano (vocal),Paula Natuza (percussão),Melina (vocal), Angélica Lins (percussão), Cláudia Souza (baixo),Cynthia Pimentel (viola erudita), Jacy Moura (flauta transversa e vocal), Bráulia Vital (flauta transversa) e Nilva do Acordeon. A banda trabalha com a fusão do erudito com ritmos nordestinos tais como Maracatu, Caboclinho, Frevo, Coco e Ciranda, Xaxado, Xote e o Baião.

Clique aqui e conheça o som das Belas Marias

O Medo da Dor - Cassio Sette: é um cantor conhecido no circuito pernambucano pelos inúmeros festivais  que participou e por sua atuação como cantor da noite. Depois de mais de vinte anos de estrada, finalmente, lançou seu primeiro disco,“O Medo da Dor”. O trabalho traz a contribuição de vários autores pernambucanos mas, mantém uma incrível identidade musical com a década de 70.

Clique aqui e conheça o som de Cassio Sette

Sonoris Fábrica - Sonoris Fábrica: a dupla teve início em 2002 quando os músicos Sérgio Ferraz (violino) Leonardo Melo (violão) (músicos de formação erudita, jazz e popular) realizaram uma série de shows pela capital pernambucana. Com um repertório de música instrumental inspirado na música ibérica, no jazz e na música brasileira de raiz popular, o Sonoris toca desde música de compositores consagrados assim como suas próprias composições. Variando do flamenco aos ritmos e estilos que pontuam a cultura nordestina, como o baião o frevo o maracatu assim como o próprio movimento armorial (Fonte: Myspace Sonoris Fábrica).

Clique aqui e conheça o som do Sonoris Fábrica

O PODER DE UM DISCO

No exato momento em que escrevo esse texto, está rolando na TV Brasil o excelente programa comandado pelo ex-Titã Charles Gavin, “O Som doVinil”. Charles se especializou em resgatar obras-primas da música brasileira. O programa é uma delícia para quem curte a boa música, aquela fora do circuito comercial. Claro, veio à mente as minhas experiências com a bolacha preta. Lembrei-me do primeiro disco que comprei, uma coletânea da Fontana intitulada “Autógrafos de Sucesso”. O LP reunia clássicos de Caetano e Gil, e uma pitadinha da Gal.

A data original do lançamento da obra é 1971, mas  adquiri em 1985 quando estava fora de catálogo e a loja oferecia a um precinho convidativo. Depois da primeira audição, passei a degustar essa maravilhosa coletânea quase que diariamente. A bossa “Chuvas deVerão”, de autoria do pernambucano Fernando Lobo – pai do Edu – eu não conhecia e me apaixonei. Nessa época estava iniciando no violão e adorei o fato das cifras serem fáceis. Música boa de ouvir e de tocar para um principiante.

O disco também serviu para que eu entendesse um pouco melhor o Tropicalismo. Em "Superbacana", Caetano entrelaça ícones do pop estadunidense com referências do Brasil. Uma afronta para os puristas xenófobos nacionalistas. Esse embate se tornaria uma das marcas do movimento tropicalista. O contraponto desse pensamento é a bela canção do Gil, "Lunik 9" que, de uma forma poética, maldiz a conquista da Lua.

O interessante nessa história é que minha paixão por essas canções surgiu num momento em que o rock brasileiro renascia com muita força e eu estava mergulhado nesse universo. É a prova concreta de que a boa música tem um poder atemporal e incondicional. Tenho esse LP até hoje, ele repousa num lugar especial da minha estante. Hoje em dia ouço os fonogramas digitalizados, mas a emoção é a mesma de 1985.

ARTISTAS QUE MUDARAM DE VIDA

Outro dia, vendo uma reprise na tevê, dei de cara com um rosto que eu curtia bastante: Renée de Vielmond. Uma atriz refinada, de voz doce e de papeis marcantes em várias telenovelas. Pensei: “Por onde anda ela?”. Mergulhei no Google e descobri que Reneè encerrou sua carreira em 2007 depois de uma participação especial na novela “Paraíso Tropical”. Em entrevista concedida a revista Isto É a ex-atriz revelou que foi infeliz durante trinta anos e deixou escapar um desencanto total com sua carreira. Segundo ela, se pudesse voltar no tempo, não seria atriz novamente. Reneè ingressou no curso de história da PUC e resolveu mudar.
Esse tipo de guinada, acabei descobrindo, não é tão rara. Impressionante foi a mudança de vida do Jonas Torres (foto acima), o “Bacana” da inesquecível série “Armação Ilimitada”. Logo depois de sua última participação na tevê – novela Top Model, 1990 – ele mudou-se para os Estados Unidos para morar com o pai. Quando completou 18 anos, Jonas alistou-se no Exército americano na divisão de paraquedistas. Como piloto de avião, acabou fazendo um belo pé-de-meia e voltou ao Brasil em 2006. Jonas surpreendeu a todos e retomou sua carreira de ator. Atuou na novela “Mutantes” da TV Record e “Malhação ID”, que marcou sua volta à Rede Globo e a uma produção direcionada ao público jovem.
Outros que mudaram:

Lizandra Souto: Abandonou a carreira de atriz em 1994 quando se casou com o jogador de vôlei Tande. Segundo declaração da própria atriz, o marido demonstrou que não gostaria que ela continuasse atuando e sua carreira foi encerrada precocemente. Esse ano, entretanto, Lizandra recebeu um convite para atuar na nova novela de Glória Perez. A atriz acenou positivamente e deve retomar sua carreira em 2013, quando o folhetim deve ir ao ar.
Myrian Rios: uma atriz de sucesso e de participações marcantes na teledramaturgia brasileira. No final da década de setenta casou-se com o cantor Roberto Carlos e suas participações na tevê foram diminuindo até tornarem-se raras. No final da década de 90, Myrian passou por outra mudança radical: já separada de Roberto, tornou-se missionária da Renovação Carismática “Canção Nova”. Em 2010, mais uma mudança: Myrian elegeu-se deputada estadual pelo PDT do Rio de Janeiro. Devido a suas posições e opiniões claramente influenciadas por sua veia religiosa, coleciona polêmicas e acusações de preconceito contra homossexuais.
Cat Stevens: a história de vida desse músico  talvez seja o maior exemplo de como as pessoas, repentinamente, podem mudar. Cantor de sucesso, entre as décadas de 60 e 70 colecionou hit's e vendeu mais de 40 milhões de discos. Em 1978, entretanto, converteu-se ao islã e mudou de nome. Passou a se chamar Yusuf Islam. Os fãs ficaram chocados com a mudança repentina mas Cat mantém-se, até os dias de hoje, firme na sua vida religiosa. Inglês de nascença, depois dos ataques de Onze de Setembro, teve seu nome incluído numa lista de personalidade vigiadas pelo Governo dos Estados Unidos por terem ligações com a cultura islâmica e, consequentemente, com o terrorismo. Cat Stevens, porém, dedica-se a atividades beneficentes. Seus discos continuam vendendo, em média, 1,5 milhões de cópias por ano.

CRÔNICAS DE UM ADOLESCENTE

Hoje encontrei , na rua, o colega de escola, Santana. Atualmente, um membro da igreja Assembleia de Deus. Pedalava sua bicicleta de carga carregada de pipocas, usando camisa de mangas compridas, apesar do infernal calor do Recife. Emparelhou na calçada por onde eu passava e mandou uma pergunta que queria me fazer há mais de trinta anos. Perguntou-me porque eu fazia, diariamente, um caminho duas vezes mais longo no deslocamento para a escola. “Nunca entendi porque tu sempre circulava o quarteirão se podia seguir em frente”, questionou o encucado amigo. Expliquei a ele que fazia o caminho mais longo para passar na casa de um amigo. Ele sorrio e seguiu seu caminho.

Menti para o amigo Santana, claro. Na verdade, circulava o quarteirão para passar em frente a uma janela. Um certo dia, a caminho da escola, fiz esse trajeto porque queria comprar  cartolina para fazer um trabalho da escola. Passei na frente de uma casa e vi uma mulher trocando de roupas com a janela aberta. Eu, adolescente, fiquei paralisado diante da cena – corriqueira para ela, erótica para mim – que durou alguns segundos. A mulher percebeu o voyeurismo acidental, sorriu, e fechou a janela. Depois desse episódio, passei a usar o caminho e a contemplar aquela janela que, infelizmente, nunca mais se abriu para mim.

Essa historinha de infância, com cara de roteiro de filme italiano, não teria o mesmo efeito nos dias de hoje onde a sexualidade e os mistérios do corpo feminino não são mais tabus, os tempos são outros. Lembrei-me de um monte de histórias dos meus amigos que se assemelham a essa minha doce experiência. Elcides, um grande amigo de infância, pasmem, cobrava ingresso – moeda ou objetos - dos meninos que queriam contemplar dona Nora, uma linda morena que morava no “correr de quartos” de propriedade da mãe dele. Anos depois, a própria Nora confessou ao envergonhado Elcides que sabia que era expiada e caprichava nas performances. Um luxo!

Mais interessante ainda foi a história protagonizada por um amigo do meu pai – que chamarei de Zé para proteger-lhe a identidade – na Festa do Ypiranga, um parque de diversões popular  armado no bairro para as festas de fim de ano. Zé e um monte de colegas – não lembro se meu pai estava nessa turama – foi a Festa do Ypiranga para ver uma sessão do clássico popular “Monga, A Mulher Que Vira Macaco”. Dentro da casinha lotada e escura, assim que as cortinas se abriram, como de praxe, apareceu uma moça bonita dançando de biquíni. Era a filha do Zé que, em casa, era uma moça recatada e religiosa. Foi uma confusão dos infernos, Zé atracou-se com o cara fantasiado de gorila enquanto a sua filha fugiu, de biquíni, pelo meio do parque, para alegria dos garotos. Boas lembranças que emergiram de uma simples pergunta de um amigo, vejam só. Aguardem a segunda parte desse post!

TEMPLOS SAGRADOS DA CULTURA POP – PARTE 1

CBGB – Foi um lendário espaço underground de Nova York que funcionou de 1973 a 2006. O nome completo desse lendário clube era CBGB & OMFUG ("Country, Bluegrass, and Blues and Other Music For Uplifting Gormandizers"), em tradução literal: "Country, Bluegrass e Blues e outras músicas para levantar gulosos”. O clube, na verdade, começou bem antes de 1973. Em 1965 era um espaço temático especializado em Coutry Music e Blues. Só depois que Hilly Kristal, o proprietário do local, resolveu abrir o espaço para a música punk, ele tornou-se uma referência em Nova York. Por lá passaram nomes como Lou Reed e Velvet Underground, Patti Smith, The Strooges, Ramones, Sex Pistols, Ratos de Porão e Chico Science & Nação Zumbi. Atualmente no local do lendário clube funciona uma loja de roupas. 
Circo Voador – A história do rock brasileiro está diretamente a esse lendário espaço cultural. Inaugurado em janeiro de 1982, funcionava, inicialmente, na praia do Arpoador. Nomes consagrados da música e da tevê brasileira, iniciaram suas carreiras embaixo da lona azul do Circo Voador. O lendário grupo de teatro “Asdrubal Trouxe o Trombone” participou ativamente da criação do Espaço. Nomes como Patrícia Travassos, Regina Casé, Evandro Mesquita e Luiz Fernando Guimarães faziam parte da troupe. Já com residência fixa na Lapa, o Circo viu o rock brasileiro renascer e ganhar identidade própria. Passaram por lá no inicio da carreira: Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, Blitz, Legião Urbana, Kid Abelha, Capital Inicial e Lobão, entre outros. O Circo Voador foi fechado em 1996, depois reaberto em 2002. Atualmente está na ativa e funciona na Rua dos Arcos, Centro, Rio de Janeiro.
Cavern Club – Não era bem um espaço cultural, na verdade era um inferninho localizado nos fundos de um bar. Mas o Cavern Club lançou a banda pop mais famosa do mundo, The Beatles. Inaugurado em 1957, por Alan Sytner, foi idealizado para funcionar como um clube de jazz. Mas com a efervescência do rock, que estava em faze embrionária, o espaço foi se transformando e tornou-se um point de bandas de rock e skiffle. O The Quarryman, embrião dos Beatles, tocou no Cavern entre 1956 e 1959. A partir de 1961, já como “The Beatles”, passaram a fazer apresentações regulares até 1963, quando a banda tornou-se uma febre mundial e ficou grande demais para o clube. Os Beatles fizeram quase trezentos shows no Caven Clube. Além dos Beatles, passaram pelo Cavern: Rolling Stones, Queen, Elton John, The Yardbirds, John Lee Hooker e o Focus. Em 1973 o Cavern foi demolido. No ano de 1984, o jogador de futebol do Liverpool, Tommy Simth, reconstruiu o lendário clube quase no mesmo local do original. Atualmente, além do Cavern de Tommy, existe um outro, na mesma rua, funcionando a todo vapor.
Madame Satã – É um lendário espaço cultural de São Paulo. Inaugurado no dia 21 de outubro de 1983, funcionou regularmente até 2009. No dia 29 de fevereiro de 2012, foi reaberto e voltou à ativa. Na década de 80, várias bandas do rock brasileiro passaram pelo Madame Satã. Nomes consagrados tocaram no velho casarão da bela Vista no início da carreira. Passaram por lá: RPM, Titãs, Ira, Legião Urbana, Akira S, Gang 90, entre outros. 
Studio 54 – Falar da geração disco e não lembrar dessa lendária discoteca, é um sacrilégio imperdoável. Durante nove anos – de 1977 a 1986 – esse templo sagrado da cultura pop lançou moda e serviu de inspiração para outras casas do gênero. Idealizada por Steve Rubell, iniciou suas atividades no dia 26 de abril de 1977. Foi ele quem criou o formato de danceteria que eternizou a geração disco: luz estroboscópica, gelo seco e um globo espelhado girando no centro. O lugar funcionava como uma ilha da fantasia onde todos os exageros eram experimentado. A casa fechou suas portas em março de 1986. Rubell faleceu de AIDS, três anos depois. Atualmente, no endereço onde existia a Studio 54, funciona uma companhia de teatro, a Roundaboat.

ASSISTA A QUATRO MINUTOS DO NOVO HOMEM ARANHA




A Sony Pictures divulgou no último dia 14 de maio, o trailer com duração de quatro minutos do The Amazing Spider Man. No papel principal, substituindo o Tobey Maguire, Andrew Garfield (A rede Social) tem seu teste de fogo. O filme estreia nos Estados Unidos no dia 03 de julho. No Brasil a data marcada para estreia é 06 de julho. Confira o trailer estendido e deixe sua opinião.
if (myclass.test(classes)) { var container = elem[i]; for (var b = 0; b < container.childNodes.length; b++) { var item = container.childNodes[b].className; if (myTitleContainer.test(item)) { var link = container.childNodes[b].getElementsByTagName('a'); if (typeof(link[0]) != 'undefined') { var url = link[0].href; var title = link[0].innerHTML; } else { var url = document.url; var title = container.childNodes[b].innerHTML; } if (typeof(url) == 'undefined'|| url == 'undefined' ){ url = window.location.href; } var singleq = new RegExp("'", 'g'); var doubleq = new RegExp('"', 'g'); title = title.replace(singleq, ''', 'gi'); title = title.replace(doubleq, '"', 'gi'); } if (myPostContent.test(item)) { var footer = container.childNodes[b]; } } var addthis_tool_flag = true; var addthis_class = new RegExp('addthis_toolbox'); var div_tag = this.getElementsByTagName('div'); for (var j = 0; j < div_tag.length; j++) { var div_classes = div_tag[j].className; if (addthis_class.test(div_classes)) { if(div_tag[j].getAttribute("addthis:url") == encodeURI(url)) { addthis_tool_flag = false; } } } if(addthis_tool_flag) { var n = document.createElement('div'); var at = "
"; n.innerHTML = at; container.insertBefore(n , footer); } } } return true; }; document.doAT('hentry');