TOP 10 FREVOS DE BLOCO
2 - EVOCAÇÃO Nº1 (NELSON FERREIRA)
3- MADEIRA QUE CUPIM NÃO RÓI (CAPIBA)
4 - HINO DE BATUTAS DE SÃO JOSÉ (JOÃO SANTIAGO)
5 - ÚLTIMO REGRESSO (GETÚLIO CAVALCANTE)
6 - FREVO DA SAUDADE (NELSON FERREIRA - ADEMAR PAIVA)
7 - A DOR DE UMA SAUDADE (EDGAR MORAES)
8 - AURORA DE AMOR (ROMERO AMORIM - MAURÍCIO CAVALCANTI)
9 - O BOM SEBASTIÃO (GETÚLIO CAVALCANTI)
10 - TERCEIRO DIA (JOSÉ MENEZES - GERALDO COSTA)
DESTRINCHANDO UM FREVO
A PIOR IMAGEM É A QUE FICA
SER PROFESSOR EM PERNAMBUCO, UMA PROVAÇÃO.
CAÇA AS BRUXAS (Season Of The Witch) - NADA DE NOVO
Ficha Técnica
País: EUA
Título original: Season Of The Witch
Duração: 99 minutos
Gênero: Aventura
Direção: Domenic Sena
Estreia: 07 de janeiro de 2011 (EUA) – 21 de janeiro 2011 (Brasil)
RELICÁRIO VOL. 05 - OS PRIMÓRDIOS DAS SÉRIES JAPONESAS
Nacional Kid (Nashônaru Kiddo - 1960)

O encontro entre a cultura pop nipônica e o mundo ocidental tem um marco: Nacional Kid (Nashônaru Kiddo). A série foi lançada no Japão no dia 04 de agosto de 1960 e virou febre no mundo inteiro. O interessante na história desse super-herói oriental é que ele surgiu como um produto de propaganda para uma indústria de eletrodomésticos, “National Eletronics Inc” (Depois, National). Mais comercial, impossível. O fato é que o merchant deu certo e ganhou o mundo. A série chegou ao Brasil em 1964 sendo exibida, primeiramente, pela TV Record com dublagem da AIC/ São Paulo.
A partir de então, o universo japonês alternou inúmeros heróis lendários:
Ultraman (Urutoraman – 1966)

Ésper (Kousoku Esper - 1967)

A série narrava as aventuras do garoto Hikaru, que perdeu os pais num acidente em que o balão que ele e seus pais viajavam se chocou com uma nave alienígena. Os pais de Hikaru morreram e os et's assumiram as identidades dos mesmos. A série foi exibida com grande sucesso na década de setenta pela TV Tupi.
Vingadores do Espaço (Maguma Taishi – 1966)

Apesar de ser do final da década de 60, foi lançada no Brasil apenas em 1973, na TV Tupi, no programa do Capitão Aza. A série foi exibida, ainda, na TV Record (final da década de 70) e na extinta TV Manchete (década de 80). A produção teve 52 episódios que mostraram a saga dos Vingadores terráqueos que lutavam contra o terrível Rodak (também conhecido como Goa), um invasor alienígena que queria conquistar a Terra.
Robô Gigante (Jainto Robô – Jaianto Robo – 1967)

No Japão, a série criada por Mitsutero Yokayama, teve um relativo sucesso. Já no Brasil virou mania entre os garotos quando era exibida na extinta TV Tupi. A série narrava as aventuras do garoto Daisako (Mitsunobu Kaneko) que depois de sobreviver a um naufrágio, descobriu um robô gigante em uma ilha misteriosa no esconderijo secreto da Big Fire, organização alienígena liderada pelo Imperador Guilhotina. Acidentalmente, Daisako gravou a sua voz nos registros de comando do robô e passou a controlá-lo. Depois de escapar da ilha, o garoto foi recrutado pela Unicorn e, sob o codinome “U7”, passa a combater a Big Fire. As Actions Figure da série lançadas na década de 80 são disputadas por colecionadores do mundo inteiro. Curiosidade: o jovem astro mirim, Mitsunobu Kaneko, que interpretava o herói Daisako, morreu jovem, com apenas 41 anos, em 1997. A série Robô Gigante foi seu único trabalho de destaque.
Ultraseven (Uruturasebun – 1968)

Esse grade clássico das séries japonesas foi o maior êxito da Tsuburaya Productions. O grande diferencial dessa produção foi a temática mais adulta com roteiros mais complexos. Por esse motivo, Ultraseven conquistou um público de uma faixa etária superior a dos seus antecessores. No Brasil, entretanto, a série, que foi exibida pelas tv's Tupi, Bandeirantes e Record, foi um grande sucesso infantil. Hoje em dia é tão cultuada quanto Ultraman e Nacional Kid.
Spectreman (Supekutoruman – 1971)

No Brasil a série foi exibida na TV Record, no final da década de 70, e no SBT, na década de 80.
Jaspion (Koyoju Tokuso Jasupion – 1985)

"O SANTA É DO POVO, COMO O CÉU É DO CONDOR"
HISTÓRIAS DO ROCK PERNAMBUCANO
FELINHO E A REINVENÇÃO DE VASSOURINHAS
RADIOLA VOL. O4: CAPIBA – 25 ANOS DE FREVO (CLAUDIONOR GERMANO)

Escrevi num post passado sobre o novo frevo pernambucano capitaneado pelo maestro Spok. Hoje lembrei-me do grande disco do mestre Claudionor Germano gravado em homenagem ao outro grande mestre, Capiba. Na verdade, essa dobradinha é a marca registrada de uma das melhores coisas que o carnaval de Pernambuco pôde produzir. Ouvir Claudionor Germano cantando Capiba é como mergulhar no universo mágico da história do carnaval da terra do frevo.
Não vou perder tempo aqui reproduzindo a biografia do Capiba, esse detalhe pode ser facilmente encontrado na rede. Quero apenas lembrar que o começo de sua carreira artística foi cercada de um lirismo incomum. Ele era pianista de cinema, tocava enquanto os filmes mudos eram exibidos. Certamente, essa inusitada experiência contribuiu muito para a formação de grande artista.
O maior intérprete de Capiba (e do frevo pernambucano, de maneira geral) é Claudionor Germano. Na ativa até hoje, Claudionor mantém viva a chama do frevo de raiz. No disco “Capiba – 25 Anos de Frevo”, sua parceria com Capiba teve o seu melhor momento. São apenas cinco faixas, mas cada uma delas é uma espécie de pot-pourri com vários temas de frevos que marcaram época. Esse estilo de gravação era comum nos antigos discos de frevo gravados no selo Mocambo da lendária Fábrica de Discos Rozemblit.
Claudionor Germano e Capiba viraram uma marca registrada do frevo cantado em Pernambuco e em todo o Brasil. Reverencio essa dupla de mestres!
Capiba - 25 Anos de Frevo - 1959
1 | É de amargar |
(Capiba) • Tenho uma coisa para lhe dizer -
• Manda embora essa tristeza -
• Quem vai pra Farol é o bonde de Olinda | |
2 | Júlia |
(Capiba) • Casinha pequenina -
• Gosto de te ver cantando -
• Linda flor da madrugada | |
3 | Quem me dera |
(Capiba) • Teus olhos -
• Não sei o que fazer -
• Quem bom vai ser | |
4 | Quando é noite de lua |
(Capiba) • E... nada mais -
• Morena cor de canela -
• Os melhores dias de minha vida | |
5 | Quando se vai um amor |
(Capiba) • Você faz que não sabe -
• Deixa o homem se virar -
• A pisada é essa -
• Vamos pra casa de Noca -
• Ai! Se eu tivesse -
• Que é que vou dizer em casa -
• Nos cabelos de Rosinha -
• Modelos de verão |
À ESPERA DA TRAGÉDIA

Morei em duas cidades, Olinda, década de 70, e Recife, onde resido atualmente. Em ambas, coincidentemente, vivi em bairros próximos a áreas de manguezal. Nessas localidades, sempre que era dia de maré alta, as águas dos rios fluíam pelas galerias. Ouvíamos os mais velhos dizerem: "a maré tá invadindo a rua". Na verdade, o fluir das águas era, meramente, uma comprovação do Princípio da Impenetrabilidade: "dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo".
Não entendeu? É simples, encha uma bacia com água até o limite da borda e entre nela. O volume da água deslocada para fora da bacia sera igual ao volume da parte do seu corpo imersa no recipiente. E o que as enchentes tem a ver com essas concepções científicas? Tudo! O volume de água que inunda a sua rua é exatamente igual ao volume de terra (ou lixo, ou qualquer tipo de entulho) que algum idiota jogou dentro do rio. A água tem que ir para algum lugar e procura os terrenos mais baixos.
O triste nessa história é que todos nós temos um pouco de culpa nesse desequilíbrio, mas pouquíssimos têm essa noção. Além do mais, os que reconhecem a sua participação deletéria, fazem pouco (ou quase nada) para corrigir o erro. Normalmente a razão é vencida pela emoção. A pobreza no avançado estágio da miséria produz áreas de sub-habitações que se transformam em palcos de catástrofes.
No Rio de Janeiro, devido a geografia altamente acidentada, as tragédias são “compartilhadas” por ricos e pobres. Áreas de veraneio frequentadas pela alta sociedade foram devastadas na mesma proporção das sub-habitações com características de favelas.
Muito se ouviu falar, após o desastre, de um planejamento para prevenir catástrofes. O Governo do Rio de Janeiro anunciou a instalação de 60 sirenes que soarão quando o perigo de um temporal for detectado. Algo como os avisos que ecoavam nas cidades atacadas por aviões na Segunda Guerra Mundial. Um terror sonoro que pode surtir um efeito satisfatório, mas também pode piorar a situação porque no primeiro aviso, possivelmente, o caos será instalado.
Um bom exemplo de planejamento que surtiu um efeito quase satisfatório pode ser verificado aqui no Recife que, apesar de sofrer com graves problemas de alagamentos, livrou-se das gigantescas enchentes que arrasaram a cidade nas décadas de 60 e 70 construindo barragens. A retenção do grande volume de água foi o início de uma grande ação que teve suas etapas subsequentes prejudicadas por rivalidades políticas. Recife sofre hoje com os alagamentos que já deveriam ser coisa do passado se os trabalhos iniciados com a construção das barragens tivessem seguido adiante.
Enquanto isso, aqueles que têm a infelicidade de morar em áreas de risco vivem à sombra de uma tragédia (climática) anunciada. É o fardo da miséria aliado ao descaso.
PROFESSOR OBJETO

A escola em que eu estou lotado foi transformada em “escola de referência” e experimentou, em um primeiro momento, o regime de ensino semi-integral. Assim como eu, vários professores não puderam se candidatar a uma vaga porque tinham outras ocupações, afinal, não dá para viver com o vergonhoso salário que nós ganhamos. Para que os professores do quadro não perdessem o direito adquirido de trabalharem na escola em que foram lotados após prestarem concurso público, muitos migraram para o “Projeto Travessia” que trabalha com correção de fluxo.
Não foi fácil, uma batalha foi travada e a direção da escola conseguiu manter o contingente de professores efetivos que foi distribuído em várias turmas. Viajamos duas vezes cumprindo os períodos de capacitação previstos para os dois primeiros módulos. Agora, qual não foi a nossa surpresa, durante as férias, recebemos a notícia que todos os professores efetivos seriam impedidos de continuar no Travessia.
Pela segunda vez, nós teremos que brigar para continuarmos lecionando no local em que fomos legalmente lotados. Inconformados com a situação, os prejudicados, obviamente, começaram a se mobilizar e protestar. Vários professores contratados entenderam que essa mobilização era contra eles. Muitos reagiram com frases sarcásticas e acusações infundadas aos professores efetivos. A professora Silvana Barros, depois de ler a convocação que os professores do Amaury de Medeiros estavam fazendo, me enviou um e-mail que dizia o seguinte:
“NA REALIDADE ACREDITO QUE A CULPA É DE ALGUNS PROFESSORES QUE NÃO CUMPRIRAM SUAS OBRIGAÇÕES E DA DEMANDA DE PROFISSIONAIS NAS ESCOLAS. RECLAMAR NÃO ADIANTA AGORA, JÁ QUE ORDEM FOI REPASSADA P/ SER CUMPRIDA. QUE TAL VC FALAR DIRETAMENTE COM O SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO?”
Recebi vários outros e-mails com tons menos agressivos, mas, que na essência, comungavam com o discurso acima. Criou-se um clima de animosidade que não deveria existir. Contratados ou concursados, somos todos professores, ninguém questionou isso. O que todos nós estamos questionando é a legalidade do ato (sumário) que está substituindo professores que prestaram concurso – e por isso têm direitos adquiridos – por profissionais contratados.
Todo mundo sabe o quanto custa a um professor encontrar uma escola próxima de sua residência e que tenha carga horária disponível. A questão do horário é outra complicação porque, como acentuei acima, todos nós temos outros empregos para poder vivermos com um pouco mais de dignidade. Nada disso é levado em conta por quem tem o poder de decidir.
Aos professores, que estão sendo tratados como objetos que podem ser mudados de lugar a qualquer hora, resta lutar e enfrentar com dignidade as acusações infundadas, as frases sarcásticas e os atos arbitrários.