O RETRATO DE DORIAN GRAY - BREVE COMENTÁRIO


Assisti hoje, ao perturbador filme do Oliver Parker baseado na obra homônima de Oscar Wilde, “O Retrato de Dorian Gray”. Depois que o personagem figurou na “Liga Extraordinária” veio a popularidade e a ideia de um filme solo ganhou força. Não li a obra do Wilde e talvez por isso não estou enxergando o filme tão nebuloso como a maioria da crítica.

O Dorian de Parker é um personagem perturbador que brinca com algumas das fraquezas humanas: a relutância em assumir o seu verdadeiro “eu”, detalhe claramente observado na postura do Lord Henry Wotton (Colin Firth ), que transforma o jovem Dorian no que ele gostaria de ter sido. A vontade de ser eterno aliado ao contraditório medo de viver para sempre e a transgressão das regras sociais. Tudo junto! O filme tem um começo cansativo levando muitos, acho eu, a desistir. Quem persiste é premiado com um drama denso com pitadas religiosas.

O Retrato de Dorian Gray é estrelado por Ben Barnes (As Crônicas de Nárnia – Príncipe de Caspian) e tem roteiros adaptados de Oscar Wilde por Toby Finlay. Há quem diga que o filme deveria ter sido rodado em preto e branco, incluo-me nesse rol. Para quem não conhece a história, a trama narra a trajetória de um jovem da aristocraciaa inglesa do século XIX, chamado Dorian Gray que, depois de ver seu rosto retratado em um quadro, roga aos céus a eterna juventude. Dorian tem seu pedido atendido e começa seu drama. Essa premissa, aliás, confirma uma clássica frase do Oscar Wilde: “Quando os deuses querem nos castigar atendem as nossas preces”. Reserve a pipoca, uma taça de vinho e assista.

AS BIBLIOTECAS E O GOOGLE


Uma triste constatação facilmente verificada na maioria das escolas públicas, é o total desprezo que as instituições têm para com suas bibliotecas. Na verdade, de bibliotecas elas só têm o nome. A maioria funciona como depósito (desorganizado) de livros didáticos. Um ambiente, que num passado bem próximo, era um dos espaços mais disputados das escolas, caiu no ostracismo total.

Nas duas unidades de ensino em que trabalho, ambas públicas, as bibliotecas inexistem. Os motivos para esse total descaso são muitos: falta de interesse dos alunos, falta de títulos disponíveis e o principal: a desleal concorrência com o Google. Diriam os puritanos: “Mas por que um site de busca estaria aniquilando as bibliotecas?” Ora, na escola, a principal função das bibliotecas é – ou era – dar suporte as pesquisas. Hoje em dia, qual aluno pesquisa em livros? O imediatismo do Google e as facilidades do “Ctrl-C Ctrl-V” seduzem os aspirantes a pesquisadores.

A internet é um campo minado para o pesquisador despreparado. As armadilhas das wikimídias têm produzido uma espécie de “pseudopesquisador” que limita-se a ler o título e o primeiro parágrafo dos textos. Seduzidos por uma percepção primária que se prende, apenas, a beleza e detalhes das páginas, acabam por reproduzir  textos sem fundamentação científica. Pior: muitos, deliberadamente, ignoram a propriedade alheia e assinam textos de terceiros que são maquiados e apresentados com se originais fossem.

Não sou do tipo saudosista que ignora as benesses da internet, aliás, estou concluindo uma especialização na área de mídias que trata justamente desse assunto. O grande lance é a adequação do tradicional com o novo e lembrar que a biblioteca, além da pesquisa, tem a função do entretenimento, a leitura por prazer. O resgate desse hábito perdido tem que ter a participação ativa das instituições de ensino e dos professores. Recentemente fui surpreendido, numa capacitação, com um maravilhoso sarau em homenagem a Machado de Assis. A atividade, que envolvia professores do projeto Travessia, teve um resultado tão bom que voltei a ter esperanças de que nem tudo está perdido.

RELICÁRIO VOL. 08 - DOCUMENTÁRIO BAD PEACE - JOHN LENNON E YOKO ONO

O documentário “Bad Peace” foi concebido em 1969 como uma forma de protesto pacífico contra as guerras pelo mundo afora. O filme foi gravado num quarto de hotel em Montreal, Canadá. Não confundir com “Bad-In”, protesto parecido gravado, anteriormente, num quarto de hotel em Amsterdã durante a abelha-de-mel do casal. Segundo vários sites ingleses, a divulgação do vídeo foi motivado pela recente onda de protestos que atingiu a Inglaterra nos últimos dias.

BOTINADA: A ORIGEM DO PUNK BRASIL - ASSISTA AO DOCUMENTÁRIO NA ÍNTEGRA

 
Botinada: A Origem do Punk no Brasil é um documentário que narra a história do início do movimento punk no Brasil, (1976 - 1984), e o paradeiro de seus protagonistas. O documentário foi produzido por Gastão Moreira e lançado pela ST2 em 2006. Foram quatro anos de pesquisa, 77 pessoas entrevistadas, milhares de horas nas ilhas de edição, 200 horas de vídeo e muitas imagens raras e inéditas compiladas pela primeira vez.

O documentário teve como base os documentários Punks, Garoto do Subúrbio e Rota ABC, e conta com imagens raras, como a banda Cólera tocando ao vivo em 1980 na TV Tupi que nunca foi ao ar e o Inocentes tocando no Gallery em 1982, além de entrevistas com punks de todo Brasil, jornalistas, cineastas, bandas e simpatizantes do movimento punk.

Foi lançada uma edição especial onde é acompanhada a trilha sonora do filme em um CD. Há também uma versão extra-oficial com imagens e músicas de bandas internacionais que não saíram na versão oficial devido ao alto preço cobrado pelas gravadoras para liberar essas imagens e músicas. (Wikpédia).

O REI

 O REI

Minha vontade é o que me move
Minha vontade é minha lei
Sonhos, risos, dores, nada importa
Pois eu sou o rei

Não respeito os limites do tempo
Meu relógio é o meu contento
Afinal, o que é o tempo
Senão um mero elemento a serviço do rei?

Sou bonito e sou feio
Sou gordo e sou magro
Minha corte é o infinito, eu sei
Deus salve o rei

Salve a coroa e os castelos
Salve o ouro que eu herdei
Se não puder eu mesmo salvarei
Pois eu sou o rei

Eu me fiz por mim
No momento exato
No tamanho certo
Acredite, tudo eu sei

No entanto, aqui no hospício
Onde só ouço gritos
Ninguém sabe o que eu sei
Que eu sou o rei!

Ed Cvalcante - 1998

A POSTURA DO PROFESSOR E A FILOSOFIA DE HUME

 Questionamentos sobre como deve ser a postura de um professor ou de um pesquisador sempre emergem em capacitações, palestras e até mesmo no âmbito da escola. Cada professor segue sua inclinação pedagógica, muitos, inclusive, escolhem seu caminho intuitivamente, acredite. O certo é que, em tempos de supervalorização do tal do “construtivismo”, a postura tradicional é a mais rejeitada.

Essa rejeição, entretanto, só se aplica às escolas dos países subdesenvolvidos. As famosas escolas suíças, que funcionam em regime de internato, por exemplo, seguem o modelo tradicional e rígido que vem dando certo há séculos sem grandes questionamentos dos teóricos. O “construtivismo” do suíço Piaget não serve para a Suíça. Há quem discorde, claro, mas é isso que eu vejo e penso.

Mas não estou aqui para defender o ensino tradicional ou a rigidez da postura do mestre, não é isso. Aliás, esse breve post nasceu da leitura que fiz sobre como era a postura do filosofo David Hume (1711 – 1776) quanto a investigação intelectual. Nascido há 300 anos, na segunda matade do século XVIII, esse contestado filosofo defendia a igualdade de importância entre a “razão” e o “instinto”. Enfrentar salas de aulas lotadas com alunos desinteressados e más condições de trabalho requer, sem dúvida, um malabarismo entre essas duas instancias do comportamento.

David Hume dava muita importância ao empirismo, dizia que “o habito é o grande guia da vida humana”. Como, então, desperdiçar a riqueza das experiências pessoais em nome da rigidez da razão que, no caso da escola, pode ser representada pela busca do construtivismo? Parece contraditório mas em nome de uma pedagogia moderna muitos professores seguem modelos que não acreditam mas estão na moda. Algo como não poder nominar uma atividade de “avaliação” e usar o termo “verificação de aprendizagem” sem que a essência da atividade tenha mudado. Incompreensível.

Se a postura do professor reflete a sua prática pedagógica, sou um professor da vida porque levo para a sala as minhas experiências pessoais e compartilho as dos meus alunos também, é a tal da dialética. Encerro esse breve post com uma emblemática frase do Hume: “Todas as nossas ideias ou percepções mais fracas são imitações de nossas mais vivas impressões ou percepções”.

HÁ 66 ANOS A PALAVRA GENOCÍDIO GANHAVA SEU MAIOR EXEMPLO PRÁTICO


A estupidez humana é medida por atos extremos. Tivemos um exemplo recente lá na Noruega. Sei, os estudiosos da mente humana dirão que insanidade e estupidez são estados diferentes porque o estúpido tem noção do que está fazendo. Será? Algumas pessoas se deixam levar pela estupidez de uma forma que acabam atingindo a insanidade.

Aconteceu assim em 1945.Num dia 06 de agosto, como hoje, às 08:15h, um avião B-29, batizado com o nome de “Enola Gay”, nome da mãe do piloto, lançou uma bomba atômica, carinhosamente chamada de “Little Boy”, e despejou um sopro de morte de 12 mil toneladas e meia no céu de Hiroshima. 90 mil pessoas morreram por causa desse ato insano. Três dias depois o segundo ato desse filme de horror: outra bomba foi jogada, dessa vez na cidade de Nagasaki, matando 40 mil pessoas. Estava consumado.

Os detalhes dessa triste história estão disponíveis para serem acessados na rede, não vou repetir aqui, isso pouco importa. O que interessa mesmo é não deixar que esse genocídio caia no esquecimento ou seja lembrado, apenas, nas aulas de história. A estupidez extrema cometida contra os japoneses talvez tenha começado com pequenos atos de maldade, aparentemente sem importância. Chega um momento que o agressor perde a medida  e apenas ele enxerga motivos para seu leque de maldades.. Hiroshima e Nagasaki nunca mais!

EXERCITANDO O SAGRADO DIREITO DE SER SAUDOSISTA, ORA.


Li hoje a melancólica notícia do fechamento e da demolição do prédio do mais antigo rodízio do Recife, "O Laçador". Não sou frequentador de arenas de degustação – é assim que vejo as churrascarias do tipo rodízio - mas tive bons momentos no antigo point do Bairro de Boa Viagem. Diante da triste notícia, pus-me a pensar e acabei constatando que um monte de lugares que eu frequentava num passado bem próximo, foi riscado do mapa. Sinal de velhice? Talvez!

Todos os bons cinemas do centro e alguns de bairro que eu frequentava foram extintos. O lendário e luxuoso São Luiz resistiu mais ou menos. Foi transformado em espaço cultural mas não está recebendo a devida atenção e mais parece um gueto. E as lojas de discos? A lendária “Alegro Cantante” que frequentei quase que religiosamente, virou lembrança. Sempre que passo pela rua José de Alencar (coração do Recife) lembro-me dos delírios sonoros que curti por ali. A “Disco 7” e a “Mausoleum” tiveram o mesmo destino.

No quesito “livrarias”, a “Livro 7”, que diziam ser a maior do Brasil, mora no meu imaginário. Já relatei em post anterior uma das aventuras que vivi naquele santuário. Localizada na Rua Sete de Setembro, no centrão, vizinha das lojas de discos que citei acima, a livraria parecia um grande centro cultural. As paredes rodeadas de posteres de grandes escritores que testemunhavam o vai-e-vem dos clientes. Muitos, como eu, apenas passeavam pelo seleto ambiente.

Também sumiram do mapa:

*Mansão do Fera: point de universitários e todo tipo de bicho-grilo localizado ao lado da Unicap.

*Hamburgão: um simples trailer de lanches localizado na Sete de Setembro, parada obrigatória dos incautos que iam “azarar” na feirinha do Parque 13 de Maio.

*Banca do Elvis: Banca de revistas especializada em Rock numa época em que o rock nacional – para Elvis, o dono da banca – não existia. As revistas que ele vendia vinham com o indefectível carimbo: “Discos de rock e nacionais”.

*Arteviva: espaço cultural ultra-mega-hiper-super undergraund onde trabalhei e toquei com minha banda de rock. Comandado pela querida Lourdes Rossiter, foi um foco de resistência do rock pernambucano na década de 80.

*Feirinha Típica de Jardim São Paulo : absolutamente inesquecível. Hoje moro pertinho do local onde a feira era realizada. Foram muitos sábados de rock e emepebê e “azaração”. 

Bons tempos!

RIO, APESAR DOS DESLIZES, UM BOM FILME.


Filmes de animação tendo o Brasil como cenário não é novidade, em 1942 a Disney Company produziu “Alô Amigos” para apresentar o “Zé Carioca”, personagem criado por razões políticas – Os Estados Unidos queriam agradar o Brasil em troca de apoio na Segunda Guerra – mas introduziu em Hollywood a figura do malandro carioca. Muitos criticaram achando que a imagem do povo brasileiro estava sendo deturpada e não homenageada, mas isso é outra história.

No caso do filme “Rio”, em princípio, a possibilidade de gafes e estereótipos da figura do cidadão brasileiro, era menor, já que o diretor era brasileiro, mas aconteceu. O filme mostra, por exemplo, araras sobrevoando a Praia de Copacabana, jogo da Seleção Brasileira em pleno carnaval (algo impensável), saguis assaltantes e um menino de rua que anda com a camisa dez da Seleção Brasileira. 
 
Apesar dos deslizes, o filme é bem divertido e merece ser assistido. A trama gira em torno do drama da extinção das ararinhas azuis. O personagem central, “Blue”, é uma ararinha que foi contrabandeada para os Estados Unidos e acabou sendo criada por uma garota no frio estado do Minessota. Toda história se desenvolve quando Blue é trazido de volta ao Brasil para acasalar e acaba caindo, de novo, nas mãos de traficantes.

Rio é uma coprodução20th Century Fox e da Blue Sky Studios, dirigida pelo brasileiro “Carlos Saldanha” (A Era do Gelo, Robôs) com roteiros de Don Rhymer. Na versão original, a dublagem foi feita por celebridades: Anne Hathaway, Jesse Eisenberg, Rodrigo Santoro, Jamie Foxx, George Lopez e Jake T. Austin. Confira abaixo o teaser dublado:

PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE PERNAMBUCO TIVERAM SEUS SALÁRIOS ZERADOS POR DESCONTOS ABUSIVOS

Sintepe cobra ao governo medidas contra descontos salariais
Escrito por Mellyna Reis   
Ter, 26 de Julho de 2011 18:03

Diante dos descontos abusivos nos contracheques dos trabalhadores em educação contemplados com o Bônus de Desempenho Educacional, a direção do Sintepe se reuniu nesta terça-feira (26) para definir as medidas a serem tomadas.
Aos profissionais que tiveram o salário de julho reduzido ou zerado, o Sintepe informa que já procurou as secretarias de Administração e Educação, das quais está aguardando providências sobre a situação. Veja abaixo a nota elaborada pela direção do sindicato:
  
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Ao tomar conhecimento dos descontos inesperados ocorridos na folha salarial deste mês de julho, devido ao pagamento do Bônus de Desempenho Educacional (BDE), o Sintepe entrou em contato com os secretários de Administração, Ricardo Dantas, e Educação, Anderson Gomes, cobrando providências.
Ambos os gestores se comprometeram em analisar a situação, já que nos anos de 2009 e 2010, não houve descontos porque o BDE foi incluído como benefício, da mesma maneira que ocorre com o vale-refeição.
A inclusão do valor do BDE na parcela tributável do contracheque provocou inúmeras distorções, dentre elas um volume muito alto de dedução no Imposto de Renda, alteração no valor das pensões alimentícias, Funafin, Sassepe e vale-transporte, além de reduzir drasticamente ou mesmo zerar uma grande quantidade de contracheques. Tal medida atingiu principalmente os profissionais que possuem duas matrículas no Estado.
O Sintepe não entende como uma bonificação referente ao exercício 2010, a qual seria paga por meio de uma folha extra, de acordo com o que foi anunciado pelo próprio governo, traga prejuízos ao salário do trabalhador. Exigimos uma solução imediata por parte do governo do Estado.

Clique na imagem para ampliar


Contracheque zerado de professor da Rede Estadual; a identidade do profissional foi preservada
Fonte: Sintepe

OS ZIGURATES E O CHOQUE ENTRE RELIGIÃO E HISTÓRIA


A Mesopotâmia, devido a sua localização estratégica, uma espécie de encruzilhada do mundo, aglutinava um número incontável de etnias. Dentre tantos povos que habitaram aquela região, destacaram-se os “sumérios” que deixaram um legado cultural riquíssimo. Criaram complexos sistemas de irrigação, diques e grandes reservatórios de água. Outra grande contribuição foi a escrita “cuneiforme” um sistema de escrita baseado em ideogramas cunhados em placas de argila.

Costumeiramente, alguns fatos históricas são apresentados como explicação para desmistificar dogmas religiosos. Os sumérios, que realizaram grandes obras de engenharias no passado, foram os criadores do “Zigurate”, uma espécie de templo em formato de pirâmide usado para cultos religiosos, para armazenar grãos e outros alimentos. Os zigurates também tornaram-se comuns entre os babilônios e sumérios, onde eram tratados como a morada dos deuses, um centro de adoração. Os povos que sucederam os sumérios acreditavam que os zigurates os aproximavam dos deuses.

A Bíblia traz no livro Gênesis, o dogma da “Torre de Babel”, um imenso templo construído com a função de aproximar os seres humanos de Deus. Segundo a crença religiosa, Deus teria tomado tal ato como uma afronta, fez a torre ruir e castigou o povo impondo diversas línguas diferentes para que ninguém pudesse se comunicar.

A explicação histórica para esse episódio é que a “Torre de Babel” era, na verdade, um imenso zigurate que ruiu por um desentendimento entre as diversas etnias envolvidas em sua construção. Isso explicaria, inclusive, a multiplicidade de línguas faladas no local, fato muito comum na antiga Mesopotâmia por ser essa região uma imensa “colcha de retalhos” no que se refere a etnias.

Como professor e cético religioso, obviamente inclino-me para a vertente histórica, factual, não poderia ser de outra forma. Se a fé é algo que não se pode discutir, entendo que o fato histórico está no mesmo patamar de importância. A humanidade caminhou para frente a partir do momento em que dogmas religiosos ganharam explicações históricas. O porquê das coisas sempre foi ocultado como forma de opressão e dominação. Informação é poder!

ANDERS BEHRING BREIVIK, O ANJO XENÓFOBO DA MORTE


Desde de o “Onze de Setembro” que nos acostumamos a ver notícias sobre atos terroristas pelo mundo afora. Quase sempre tinha um fundamentalista islâmico por trás dos atentados. Tanto que criou-se o estereótipo de que todo cidadão de origem árabe ou muçulmano, é um terrorista em potencial. As neuras produzidas depois da que das Torres Gêmeas, transformaram os Estados Unidos, costumeiramente vistos como vilões da história, em mocinhos temporários.

Quando os dois atos terroristas ocorridos na Noruega começaram a ser noticiados pelas agências internacionais, a primeira impressão era a de que o país nórdico tinha sido alvo de extremistas islâmicos. Baixada a poeira, veio a notícia de que os atentados tinham razões xenófobas. Militantes de uma frente de ultra direita assumiram a autoria dos dois atos terroristas. Duas bombas foram detonadas em Oslo, capital do país, e uma chacina sem precedentes aconteceu na ilha de Utoya. No local, distante do continente, estava acontecendo uma convenção de militantes do “Arbeiderpartiet” (Partido Trabalhista Norueguês).

Anders Behring Bereivik, 32 anos, um fundamentalista cristão de extrema direita, autor do manifesto "European Declaration of Independence", matou a sangue frio dezenas de jovens indefesos. O ato criminoso revelou até que ponto pode chegar o sentimento de xenofobia (aversão a estrangeiros) que toma conta da Europa, sobretudo após a criação da União Europeia. Para protestar contra a presença de imigrantes, Anders fugiu do convencional. Normalmente cidadãos estrangeiros são agredidos e até mortos para chamar a atenção das autoridades. Dessa vez ele atingiu seus compatriotas e permaneceu vivo para se vangloriar do feito.

Segundo as primeiras informações das autoridades norueguesas, Anders afirmou que tem consciência de que praticou um ato extremo mas que era necessário. Não se sabe ao certo se essas palavras revelam uma lucidez de quem leva suas convicções, por mais absurdas que sejam, até as últimas consequências, ou uma insanidade atroz. O certo é que tragédias como essas começam com pequenos atos e discursos separatistas. No Brasil, vários grupos, sobretudo do sul do país, disseminam ideias que transitam pelos mesmos ideais xenófobos de Anders Behring Bereivik.

Nos próximos dias deverão ser revelados detalhes da loucura de todos que protagonizaram mais essa página negra da humanidade. A Noruega sempre foi vista como um modelo de sociedade onde tudo funcionava corretamente sem mácula alguma. Termino esse breve post reproduzindo um velho adágio popular que tem tudo a ver com essa triste história: “Desconfie dos certinhos”.

 Fotos que ilustram o 
 "European Declaration of Independence",
manifesto escrito por Anders Behring


Anders vestido com uma roupa 
especial manipulando um
cartucho de fuzil.

Clique aqui e acesse o manifesto (em inglês) redigido por Anders Behring Breivik intitulado "European Declaration of Independence".

Abaixo o vídeo atribuido a Anders Breivik em que ele reproduz o conteúdo do manifesto. 


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