FRINGE 4x05 - NOVATION


Spoilers Abaixo! 
Esse episódio foi tão didático – no que se refere a história do Peter – que acabou ficando um pouco morno. Outra coisa que não gostei foi essa reaparição dos transmorfos, pareceu-me enchimento de linguiça. As mortes na casa do Dr. Malcolm Truss e o sequestro dele, pouco contribuíram para a trama. Sei, tem aquela história da comunicação interdimensional via máquina de escrever (que agora e portátil, ual!) sugerindo que a missão da transmorfa japinha foi bem sucedida e um “algo mais” vem por aí. Até mesmo esse detalhe não pegou bem porque é uma repetição de episódios anteriores.

O que realmente me chamou atenção no episódio:

*Nina Sharp é a mãe adotiva de Olivia e sua irmã nessa nova realidade. Essa é uma informação importante. Os detalhes dessa convivência podem trazer grandes revelações para a trama. Não falo das experiências com cortexiphan, refiro-me ao cotidiano, a vida em “família”.

*As habilidades de Peter: surpreendeu-me a forma como o “filho” do Dr. Beshop manipulou os circuitos de acesso da cela -ultra segura – em que ele estava detido e criou um sistema de escuta e comunicação. Ele herdou a genialidade do pai? Para alguns pode parecer uma viagem muito grande imaginar que esse Peter seja uma forma desconhecida de transmorfo. Walter descobriu que eles estão assimilado o DNA dos seres copiados. Aí sim a retomada dessa vertente faria sentido. Impossível? Ora, é a realidade Fringe, quem acompanha a série já deve estar acostumado.

* O clima entre Olivia e Peter – aquela troca de olhares – provocou uma broxada no Lincoln que estava todo animado pro lado da galega. Sorrisos amarelos e ele falando o tradicional”tudo bem”. Nadam mais a dizer!

Ficha
Escrito por: J.R. Orci e Graham Roland
Direção: Paul Holahan
Exibição (EUA): 04 de novembro 2011

AS DUAS FACES DO SOBRENATURAL


Há uma semana, mais ou menos, fui visitar meus pais que moram num bairro próximo. Numa rua pertinho da casa deles tem um bar bastante frequentado pelo que chamamos aqui no Recife de “papudinhos”, pessoas que, por alguma infelicidade da vida, preenchem os seus dias tomando todas. Vários deles eu vi crescer e muito vi morrer ao relento. Ao passar pelo bar, vi um deles lá dentro, o “Bigode”. De longe, ele sorriu para mim e fez um aceno. Retribuí com um sorriso e também o cumprimentei.

Ao chegar na casa da minha mãe, ela foi logo me dando uma triste notícia: “Lembra do filho de Jocão? Ele morreu!”. Perguntei já triste: “Qual deles?” Minha mãe me espantou com a resposta: “Bigode, aquele que bebia muito”. Disse a minha mãe que devia haver algum engano pois havia falado com ele há alguns instantes. Ela confirmou a notícia e eu, claro, voltei ao bar para tirar a dúvida. No local onde eu havia visto o tal Bigode, não tinha ninguém.

Contei essa história para várias pessoas. Algumas tiveram calafrios, outras brincaram e houve quem me falasse que eu havia me enganado, tinha falado com outro “papudinho” pensando ser o Bigode. Não acredito em sobrenatural e não busquei explicações para esse acontecimento. O que me espantou foi a cara de medo que as pessoas fizeram quando imaginaram a possibilidade da aparição de alguém que já havia morrido. Pus-me a pensar, então: Se esse cidadão, depois de morto, fosse classificado como santo por uma igreja qualquer, sua aparição seria motivo de celebração e não de pavor. Sua condição de "ser do outro mundo" pouco importaria, o que valeria seria a classificação conferida a ele no mundo dos vivos. Não entendo isso.

E você, o que acha disso tudo?

CANTANDO RELIGIÃO


Judas (Raul Seixas e Paulo Coelho)

“...Mas é que lá em cima
lá na beira da piscina
olhando os simples mortais
das alturas fazem escrituras
e não me perguntam se é pouco ou demais”
Oucça aqui

Questionam a Bíblia, a forma como as sagradas escrituras nos são impostas. Quase nenhuma religião cristã apresenta para os seus fiéis a história dos concílios que determinaram a composição do que hoje conhecemos como “Bíblia Sagrada”. O conteúdo é apresentado como o resultado final de algo que a maioria não sabe, com certeza, como começou.


Mão Católica (Marcelo Nova, Karl Humel e Gustavo Mullem)

Nascer com o mal na alma
Pro batismo libertar
Carregar a cruz de toda culpa
E colocá-la no altar
Domingo tem a missa obrigatória
Ajoelhar perante a santa inquisição
Pras bruxas temos a fogueira
Pros santos nós temos o perdão”
Oucça aqui 
 
A ironia na música do Camisa de Vênus é uma crítica ao “Pecado Original”, já nascemos pecadores. No final a crítica ao perdão dado aos santos e a condenação às bruxas.

Súplica Cearense (Gordurinha e Nelinho)

Oh! Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar

Oh! Deus, será que o Senhor se zangou
E só por isso o sol se arretirou
Fazendo cair toda chuva que há

Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedi pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão

Meu Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração”
Oucça aqui 

O pedido de desculpas de Gordurinha e Nelinho, na verdade, está carregado de sarcasmo. Imagine a situação: a terra seca aí você faz uma oração pedindo para chover. Deus manda um diluvio, não é dádiva e sim castigo.


Cidadão (Zé Geraldo)

Tá vendo aquela igreja moço?
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá sim valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que cristo me disse
Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar”
Oucça aqui 

Esse trecho da bela canção de Zé Geraldo versa sobre fé, a fé do povo que crê de forma incondicional.


Partido Alto (Chico Buarque)

Deus é um cara gozador
Adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo
Tinha o mundo inteiro
Mas achou muito engraçado
Me botar cabreiro
Na barriga da miséria
Eu nasci brasileiro
Eu sou do Rio de Janeiro”.
Oucça aqui 

Humor, apenas humor. Mas é alguém se queixando com deus por ter nascido pobre. Penso cá comigo: poderia ter sido pior, cara, você poderia ter nascido na Etiópia, por exemplo.


Igreja (Nando Reis)

Eu não gosto de padre
Eu não gosto de madre
Eu não gosto de frei.
Eu não gosto de bispo
Eu não gosto de Cristo
Eu não digo amém.
Eu não monto presépio
Eu não gosto do vigário
Nem da missa das seis”
Oucça aqui 

Essa letra chocou muita gente por ser, abertamente, contra qualquer tipo de credo, sobretudo o cristianismo. Fez sucesso com a banda Titãs.

O Dono da Terra (Os Abelhudos)

Mãe me explica direitinho
O que gente grande entende muito bem
Como pode uma bomba explodir dentro de um trem?
...Vê qual é o nome do Dono da Terra
Inventor do céu e do mar
Pega o telefone, liga pra esse homem
Diz que é pra ele... reinventar”
Oucça aqui 

Criança tentando entender Deus.

DESCONHECIDO (UNKNOWN), ÓTIMO THRILLER


No começo a premissa soa como “aquela história que outros filmes já contaram”, mas o ótimo enredo guarda algumas surpresas. Em “Desconhecido (Unknown), Liam Neeson interpreta o Dr. Martin Harris, um cientista que viaja para a Alemanha para participar de um congresso e acaba sofrendo um grave acidente. Dias depois ele acorda num hospital e descobre que sua vida, toda sua história, foi apagada. Sua mulher (January Jones ) não o reconhece e, pior, um homem (Aidan Quinn ) assumiu a sua identidade.

Na busca por respostas ele é perseguido por assassinos e acaba sendo ajudado por uma motorista de táxi (Diane Kruger). O filme tem as participações especiais de Frank Langella que interpreta o Rodney Cole e Bruno Ganz que, brilhantemente, interpreta os ex-espião Ernst Jürgen. As poucas cenas em que Ganz aparece valem a fita. Atuação absolutamente impecável.

Os roteiros são assinados por Oliver Butcher e Stephen Cornwell a partir do romance “Out of My Head” de Didier van Cauwelaert, e a direção ficou a cargo de Jaume Collet-Serra. Para quem que ser surpreender com uma história inteligente com final surpreendente, recomendo.

MISFITS ESTÁ DE VOLTA - EP 3x01

 
Spoilers abaixo!
A série britânica voltou com tudo. Para explicar a saída do carismático personagem, Nathan, criaram um mini episódio, “VegasBaby”, que mostra o doidão em Las Vegas usando seus poderes para se dar bem na jogatina. Entretanto, uma gafe bisonha o tira de cena: ele tenta trapacear usando um dado de sete (??) lados. Foi preso e deu espaço para o Rudy (foto acima), o novo esquisito do reformatório.

O primeiro episódio da temporada, no que se refere ao roteiro, foi meio déjà vu: os garotos se metendo numa enrascada que resultou em mais dois defuntos enterrados no quintal. Tá virando vala comum, haja terreno. O mais importante foi mesmo a introdução do esquisito – até demais – Rudy (Joseph Gilgun) na turma do reformatório. Na sua primeira aparição, cena de abertura do episódio, ele persegue alguém que descobrimos logo a seguir se tratar de um clone seu. Uma espécie de segunda personalidade que vive dentro dele e se materializa de vez em quando. O interessante é que ambos são completamente diferentes: o Rudy principal é um cara pernóstico, um rascunho do “Nathan”. O Rudy secundário, por assim dizer, seria um rascunho do Simon, um cara retraído traumatizado por uma desilusão amorosa.

A tal desilusão, aliás, refere-se a Alisha. No passado, ela foi colega de faculdade do Rudy e conheceu sua personalidade secundária. Nessa época Alisha – que ainda não tinha poderes – era uma devoradora de homens, uma pegadora contumaz. O pobre Rudy se apaixonou, foi desprezado e acabou tentando um frustrado suicídio. Essa verdade veio à tona mas Simon, atual namorado de Alisha, não se importou, até fez piada com a situação.

As situações de perigo apresentadas no episódio serviram para mostrar os novos poderes dos garotos. Curtis, ao ser perseguido por um policial, encurralado, transformou-se numa garota. Alisha, quando estava pendurada numa forca, entrou no corpo da assassina e passou a ver o que ela estava fazendo. Ou seja, ela entra na mente de outra pessoa e passa a perceber o mundo como se fosse ela. Já a Kelly, ao que parece, aumentou o seu QI. Chegou a ser presa e interrogada por ter apresentado o projeto de um míssil ultrassecreto.

Mais do episódio

*Simon: assumiu de vez seu romance com Alisha e esconde a identidade secreta, o mascarado. Entretanto, convive com a visão de sua morte que parece algo inevitável.

*De volta ao reformatório: Os garotos estavam na condicional, fora do reformatório. Mas, obviamente, deram um jeito para eles votarem pro sinistro prédio. Estavam num carro que pensavam ser do Rudy e foram parados pela polícia. O carro era roubado e eles voltaram a vestir o velho uniforme laranja. O episódio foi menos do que o esperado.

Ficha

Escrito por: Howard Overman
Direção: Alex Garcia e Wayne Yip
Exibição (EUA): 30 de outubro de 2011

HÁ UM ANO DILMA ROUSSEF ENTRAVA PARA A HISTÓRIA COMO A PRIMEIRA MULHER ELEITA PRESIDENTA DO BRASIL

Estive na festa e na quase festa da Presidenta Dilma. A quase festa foi a frustração do primeiro turno. Acompanhamos o final da apuração no Marco Zero, coração do Recife. Quando anunciaram no serviço de som que teríamos segundo turno, uma certa tristeza – e um pouco de angustia – pairou no ar. Veio então o segundo turno e, enfim, a grande festa.

Lembro-me bem que toda a celebração pela ascensão daquela mulher de face carrancuda soou como um revival do movimento “Diretas Já”. O povo reunido em praça pública em nome da democracia. Obviamente, houve quem temesse pelo que viria com Dilma à frente da presidência. Hoje, um ano depois da eleição, muitos falam em afirmação. Aos poucos, a presidenta foi se livrando da sombra de Lula e impondo o seu estilo. Enfrentou seis quedas de ministros sem declinar da sua postura austera mostrando uma segurança de quem já estava acostumada com o poder.

Dilma, assim como Lula, está tendo um espaço importante na mídia internacional sendo aclamada como a terceira mulher mais poderosa do mundo, perdendo apenas para a chanceler alemã, Angela Merkel, e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton. Mesmo enfrentando uma oposição ferrenha,  vem conseguindo manter a governabilidade num patamar aceitável. Além do mais, o bom momento econômico do Brasil vem rendendo ótimos índices de popularidade para ela.

O saldo desse quase um ano de governo é absolutamente positivo. Dilma tomou atitudes firmes para combater a corrupção instalada em vários segmentos do governo sem se render aos ataques da oposição. Implementou uma faxina política em diversos setores do governo sem fazer muito estardalhaço. O primeiro passo foi dado, mas o caminho ainda é longo. 

 

60 ANOS DA TELENOVELA BRASILEIRA


No dia 21 de dezembro de 1951, na extinta TV Tupi, estreava a primeira telenovela brasileira, “Sua Vida Me Pertence”, escrita e dirigida pelo ator Walter Foster. Todos que participaram desse empreendimento, não sabiam, mas começava ali uma trajetória de sucesso. A telenovela tornar-se-ia, anos mais tarde, um produto genuinamente brasileiro. O Brasil, sobretudo a partir da inauguração da TV Globo, viraria uma referência mundial no gênero.

O formato da primeira telenovela, obviamente, era bem diferente de hoje. Naquela época, a tevê brasileira também estava engatinhando. Foram produzidos apenas vinte capítulos, com duração média de quinze minutos, que eram apresentados duas vezes por semana. O grande diferencial, entretanto, era o fato dos capítulos serem exibidos ao vivo. Não existia o videotape, tudo funcionava como um teleteatro. Faziam parte do elenco: Vida Alves, Lia de Aguiar, Dionísio de Azevedo, Lima Duarte, além do próprio autor, Walter Forster. “Minha Vida Te Pertence” também é lembrada porque foi nessa novela que aconteceu o primeiro beijo da tevê brasileira. Walter Foster e Vida Alves protagonizaram a histórica cena.

O formato de exibição diária estreou com a telenovela "2-5499 Ocupado", uma produção da TV Excelcior protagonizada por Tarcísio Meira e Glória Menezes. Mas foi com a TV Tupi que o gênero se popularizou e ganhou força. A telenovela foi incorporada a vida do brasileiro como o futebol. Esse, talvez, seja também o grande problema do gênero. De tanto ser explorado, o formato ficou saturado e acabou tornando-se alvo de críticas. Muitos classificam a telenovela como veículo de alienação do povo, que precisa de “pão e circo” para suportar as agruras da vida. Como esse post não propõe fazer nenhuma análise filosófica ou social do gênero, apenas celebrar os 60 anos de história, segue abaixo alguns dos principais momentos das telenovelas brasileiras.


1- Sua vida Me Pertence (1951 - Walter Foster): não existem imagens, a novela era ao vivo, numa época em que não existia o videotape. Clique aqui e assista a um trecho do “Globo Reporter Especial” que relembrou a primeira novela.

2 – Beto Rockfeller ( 1968 – Cassiano Gabus Mende): um marco na teledramaturgia brasileira porque apresentou várias inovações: linguagem coloquial, incluindo gírias, trilha sonora com música pop e não peças sinfônicas. Inovou na fotografia usando tomadas aéreas e apresentou personagens intrigantes cujas identidades nunca foram reveladas. Clique aqui e assista a um trecho da novela.

3 – Selva de Pedra (1972 - Janete Clair): foi a única telenovela, até hoje, a alcançar os cem pontos de audiência e popularizou o gênero folhetim. Clique aqui e assista ao final da novela.

4 – Irmãos Coragem (1970 - Janete Clair): mais um grande de Janete Clair, um western a brasileira. Essa novela misturava futebol (um dos irmãos coragem era jogador, Duda), psicologia (a personagem Maria de Lara apresentava três personalidades: Lara, Diana e Márcia) e faroeste. Clique aqui e assista a clássica cena em que João Coragem quebra o diamante.

5 – O Rebu (1974 – Bráulio Pedroso): essa intrigante novela inovou no formato. Os 112 capítulos narravam uma história que se passava em apenas um dia. O formato seria, mais tarde, copiado pela série americana “24 Horas”. A trama girava em torno de uma assassinato que aconteceu durante uma festa. Clique aqui e assista ao especial “Almanaque Globo” que fez um resumo dessa inovadora telenovela.

6 – Saramandaia (1976 – Dias Gomes): foi a primeira novela a usar e abusar da realidade fantástica. Dias Gomes criou um universo bizarro em que vários fenômenos paranormais aconteciam. Uma mulher queimava roupas com sua febre, um coronel botava formiga pelo nariz, uma comilona explodiu, tinha até um homem pássaro, o João Gibão. Clique aqui e aqui e veja duas cenas clássicas dessa telenovela. A explosão de Dona Redonda e o voo de João Gibão.

7 – Pecado Capital (1975 – Janete Clair): a melhor novela do questionado galã Francisco Cuoco. Em 1998 essa clássica novela foi desrespeitada com um remake de quinta categoria assinado por Glória Perez. Da versão original, a cena mais marcante foi a morte de Carlão gravada no canteiro de obras do metrô de São Paulo. Clique aqui e assista.

8 – O Casarão (1976 – Lauro César Muniz): uma das mais belas novelas de época da tevê brasileira. O Casarão narrava três histórias em três épocas distintas: 1900, de 1926 a 1936 . O eixo da trama era o eterno amor de João Maciel e Carolina Galvão. Relembre a abertura e a cena final em que o casal se reencontra após 40 anos clicando aqui.

9 – Escrava Isaura (1976 – Gilberto Braga): foi a novela brasileira mais vista em todo mundo. Lucélia Santos que interpretou a escrava branca, Isaura, tornou-se mundialmente conhecida por esse papel. A novela é contestada por movimentos de cultura negra alegando conteúdo racista. Seja como for, é um marco da teledramaturgia brasileira. Clique aqui e relembre a abertura e o capítulo inicial.

10 – Vale Tudo (1988 – Gilberto Braga): foi uma novela inovadora. A partir dela, o quesito “sonoplastia” ganhou papel de destaque. Fora isso, teve o grande mistério do assassinato de Odete Roitiman e a banana do Marco Aurélio no final que chocou muita gente. Clique aqui e aqui e relembre. 


*Clique aqui e leia outros posts sobre telenovelas

HOMELAND, PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Spoilers Abaixo!

Só hoje conferi o piloto de “Homeland”, remake da minissérie israelense (?) “Prisoners of War" (Hatufim) , que tem como pano de fundo a guerra contra o terrorismo. Obviamente, sendo uma série criada na neura pós-Onze de Setembro, o estereótipo “todo árabe é terrorista” dá a tônica da produção. A atmosfera da série é muito parecida com “24Horas”, vários clichês utilizados na saga de Jack Bauer podem ser identificados já no piloto.

O Elenco: a sumida Claire Danes, que teve ótima participação em Terminator 3: Rise of the Machines (2003), interpretando a veterinári Kate Brewster, depois de várias pontas em diversas séries, reaparece como a protagonista “Carrie Mathison”, uma agente da CIA que investiga o fuzileiro Nicholas Brody, interpretado por Damian Lewis. A participação de Mandy Patinkin (Saul) foi pequena no piloto, ele interpreta o mentor de Claire, Saul – clichê de série americana normalmente interpretado por um ator negro – o cara que dá suporte as investigações da moça. A julgar por sua participação em Criminal Minds (Jason Gideon), a expectativa é grande.

Sobre os protagonistas, de cara percebe-se que Claire Danes e Damian Lewis encaixaram perfeitamente nos personagens, esse é um ponto alto da série. Outro destaque – já esperado – é Morena Baccarin (V, A batalha Final). Ela interpreta Jessica Brody, mulher do fuzileiro. Morena é uma atriz fascinante, carismática, grande candidata a estrela do primeiro time dos seriados americanos.

O Piloto

A série narra a história do fuzileiro americano Nicholas Brody que, depois de ser capturado pela Al-Qaeda, foi dado como morto. Anos depois Brody é resgatado por um grupamento americano e aclamado como herói. Claire Danes, uma agente da CIA, levantou suspeitas de que ele, durante o cativeiro, passou para o lado dos árabes. O perfil de agente duplo ficou tão exposto no episódio que soou óbvio demais. Os flashes de memória mostrando o Brody torturando um amigo até a morte e o fato dele ter mentido no debriefing, logo revelados no primeiro episódio, deixam uma certa dúvida sobre a real culpa do dele. O episódio deixou uma boa impressão.

Ficha
Direção: Michael Cuesta
Exibição (EUA): 02 de Outubro de 2011

O METRÔ DO RECIFE ESTÁ CAPENGANDO

Clique nas imagens para ampliar


Que o metrô do Recife anda capengando, todo mundo sabe, salta aos olhos. Nos horários de pico é um deus nos acuda. Trens lotados e as costumeiras paradas entre estações. A única melhoria que esse sistema de transporte apresentou, foi a climatização dos trens. Pouco. Hoje, mais uma vez, os trens apresentaram “problemas técnicos” e o caos se instalou. Na estação Joana Bezerra (fotos acima), uma composição ficou parada provocando  imenso tumulto e um grande desconforto para os usuários. Até quando teremos que aguentar isso?

RELICÁRIO VOL. 11- FINAL DO FESTIVAL DOS FESTIVAI - 1985

Hoje faz exatamente 26 anos que a gasguita Tetê Espíndola sagrou-se campeã do Festival dos Festivais interpretando a canção “Escrito Nas Estrelas” (C. Renó – A Black). Na época, a simples menção da palavra “Tesão” provocou uma euforia na plateia, vejam só.

105 ANOS DO VOO DE BAGATELLE


Foi num 23 de outubro, como hoje, que, em 1906, Alberto Santos Dumont entrou para história ao realizar um breve voo de 50 metros, a dois metros do chão, com o 14 Bis. Foi a primeira vez que uma aeronave mais pesada que o ar alçou voo usando, apenas, suas próprias forças. Pelo feito, o brasileiro ganhou a "Taça Archdeacon" e escreveu seu nome na gênesis da aviação mundial.

A importância histórica e científica desse feito é, deliberadamente, ignorada pelos Estados Unidos e parte da Europa. Para eles, os inventores do avião foram os Irmãos Wright que teriam realizado um voo com o “Flyer 1” antes do 14 Bis. A grande diferença, entretanto, é que a aeronave dos Irmãos Wright utilizou uma catapulta como forma de propulsão. Outra questionamento: o voo teria sido feito para um pequeno grupo de testemunhas. No caso do 14 Bis, o voo foi feito para um enorme público no Campo de Bagatelle, em Paris. Como quem tem poder é dono da verdade, eles sustentam a história deles. Apenas a França reconhece o grande feito do brasileiro Santos Dumont. 

Confira, abaixo, o curta de André Ristum, protagonizado por Daniel de Oliveira, que conta esse fantástico episódio da história da aviação:

OS BONS TEMPOS DO ROCK BRASIL E A CULTURA DÉBIL ATUAL


Não sou do tipo que fala da juventude com saudade, como se quisesse voltar no tempo e viver tudo de novo. Não tenho esse tipo de sentimento. A razão é simples: minha vida era muito complicada. Uma das poucas coisas que me mantinham vivo era, sem dúvida, o rock. Lá pelos idos de 1985, época de ouro do rock Brasil, eu curava a tristeza e a falta de grana ouvindo e fazendo música. Nessa época não tínhamos internet, as fontes de informação eram as revistas, sobretudo a Bizz, que herdou da SomTrês, o posto de maior publicação de pop rock tupiniquim.

Tinha um grupo de amigos que se reunia, quase sempre, na minha casa. Ouvíamos música no rádio, acredite. No final da década de 80, tocavam muito pop e rock no rádio, não é como hoje. Lembro-me da grande celeuma provocada com o lançamento do elepê “Selvagem”, dos Paralamas, em 1986. Nos discos anteriores, acusavam o trio  brasiliense de copiar o “Police”. A bateria do João Barone , convenhamos, soava igualzinho a do Stewart Copeland. No Selvagem, o Paralamas buscou outras sonoridades, se aproximou do reggae e ritmos brasileiros. A partir de então, ganhou identidade própria. Quando ouvi “Alagados” pela primeira vez, confesso, foi estranhíssimo, achei parecido com carimbó.

É também de 1986 o celebrado – por questões técnicas – disco do RPM, “Rádio Pirata”. Um disco de rock brasileiro gravado com qualidade técnica idêntica aos dos americanos e europeus. A mixagem foi feita em Londres. O RPM, durante um breve período, gozou do status de mega banda de rock, com logo no avião e tudo mais. Passou. Particularmente, prefiro o “Revoluções Por Minuto”, um disco que lançou uma sonoridade diferente e forma bem peculiar de se fazer rock no Brasil.

Dentre todas as bandas com as quais convivi na década de 80, a que mais me marcou, sem dúvida, foi a “Legião Urbana”. Quando ouvi o álbum branco achei a voz do Renato parecida com a do Jerry Adriani. Decorei as onze músicas num piscar de olhos. Ouvia sem parar. No álbum “Dois”, tornei-me fã incondicional. Os acordes iniciais de “Tempo Perdido” funcionam como um start que me remete ao passado. Essa música é um dos hinos da minha geração. Com o lançamento do “As Quatro Estações” Renato Russo já era celebrado como grande poeta do rock nacional. Assisti ao show desse álbum aqui no Recife. Foi um grande momento da minha vida. Imagine: um show de quase duas horas em que você sabe cantar todas as músicas. Êxtase!

Ontem sintonizei na minha tevê o “WMB”, vi uns comentários no twitter e fui conferir. Lixo total, a celebração da cultura débil, não dá nem para falar. Uma pena que o rock nacional esteja na “fase B das ondas Kondratev”. Enquanto isso, os bons momentos são relembrados em documentários, confira abaixo:
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