OS FLINTSTONES COMEMORAM MEIO SÉCULO DE VIDA
SOBRE A MALDADE HUMANA

“O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade.”
“Há uma exuberância na bondade que parece ser maldade.”
“Não há outro inferno para o homem além da estupidez ou da maldade dos seus semelhantes.”
“A maldade bebe a maior parte do veneno que produz.”
“O amor é o objetivo último de quase toda preocupação humana; é por isso que ele influencia nos assuntos mais relevantes, interrompe as tarefas mais sérias e por vezes desorienta as cabeças mais geniais.”
“O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.”
“As pessoas boas dormem muito melhor à noite do que as pessoas más. Claro, durante o dia as pessoas más se divertem muito mais.”
“Quantas vezes a simples visão de meios para fazer o mal / Faz com que o mal seja feito!”
“O grau mais elevado da sabedoria humana é saber adaptar o seu caráter às circunstâncias e ficar interiormente calmo apesar das tempestades exteriores.”
A vingança tem ramificações invisíveis. Mesmo quando dirigida a um único alvo, ela acaba atingindo inocentes, inclusive quem pratica o ato de vingança.
“Onde a maldade era fria e intensa como um banho de gelo. Como se visse alguém beber água e descobrisse que tinha sede, sede profunda e velha. Talvez fosse apenas falta de vida: estava vivendo menos do que podia e imaginava que sua sede pedisse inundações. Talvez apenas alguns goles...”
"Nunca a alma humana surge tão forte e nobre como quando renuncia à vingança e ousa perdoar uma ofensa".
Fonte das frases: Pensador.Info
QUANDO O AMOR VIRA ÓDIO

Por expressar uma variedade de formas de afeto que diferem em nível e intensidade, este sentimento costuma receber milhares de rótulos: amizade, carinho, ternura, companheirismo, entre outros.
Porém, na realidade, o que costumamos constatar é que nem sempre a expressão do amor dá-se por vias saudáveis. Um exemplo disto pode ser visto em certos tipos de relações conjugais, onde encontramos o exercício da "posse" mascarada sob a roupagem do "amor". Aqui, diante das dificuldades de convivência, os cônjuges comportam-se como verdadeiros inimigos transformando suas juras de amor em desavenças dentro do próprio lar ou, em casos extremos, em incansáveis disputas judiciais.
Mas, será que isto realmente pode ocorrer? Podemos transformar o amor em vingança? Diz-se que, enquanto no amor temos a expressão do afeto em sua forma positiva, no ódio encontramos o total desapreço por aquele que se tornou alvo da nossa ira. Desta forma, quando alguém nos diz que hoje odeia aquele que um dia jurou amar, podemos afirmar com certeza, que o que ele sentia por esta pessoa era tudo, menos amor. Isto porque o amor é um sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem. Aqui o meu foco está voltado para o exterior, para o lado altruísta da relação e baseado na vontade que tenho de cuidar dos desejos e interesse alheio.
Como o amor não cobra, não exige, simplesmente flui incondicionalmente, a pessoa que ama verdadeiramente espera que o outro seja feliz, que tenha experiências que lhe propiciem o crescimento, mesmo que isto signifique abrir mão do desejo de estar em companhia do amado. Para estes indivíduos, a própria felicidade encontra-se atrelada ao bem-estar daqueles que eles escolheram ser o objeto de seu apreço, pois eles bem sabem que é impossível separarmos aquilo que nunca esteve unido de fato e que o amor pode se expressar de outras formas aquém da união física.
Certamente, aqui não quero dizer que não podemos ficar com raiva ou nos sentirmos magoados quando alguém, que julgamos amar, opta por outro caminho. Porém, se me decepcionei com esta pessoa é por que talvez eu tenha acreditado nela e não em sua essência. Lembre-se que o tempo é um grande sábio e, como dizem, o melhor remédio para curar nossas feridas e enxergarmos com clareza a realidade que existia e não aquilo que havíamos criado frente as nossas carências internas.
Quando o amor se faz presente em nossos corações, conseguimos nos perdoar e aos outros também, entendendo que as pessoas passam por nossas vidas, para que possamos vivenciar lições úteis ao desenvolvimento de ambos. Aprendamos, pois, a transformar a posse em amor, a olhar o que de positivo restou, pois sabemos que o que fica de uma relação é o que de verdadeiro existia nela: carinho, amizade, respeito ou, simplesmente compaixão pelo outro.
Mas, se o amor é isto como o ódio surge? Para responder a esta pergunta, vamos primeiramente tentar entender o que significa odiar. Podemos descrever o ódio como uma paixão que nos impele a causar ou desejar mal a alguém. Ora, se ódio é paixão e esta um sentimento intenso que sobrepõe nossa lucidez e razão, o que encontraremos aqui é o apego, ou seja, o lado egoísta da relação. Neste caso, preocupamo-nos muito mais com a satisfação de nossos desejos pessoais, com nossas carências, com o controle do relacionamento afetivo, do que com a nossa capacidade de expressar o amor de forma incondicional.
Várias pessoas costumam acreditar que amam realmente alguém até surgir um obstáculo na relação. Quando o outro, por ação ou omissão, deixa de satisfazer seus desejos, muda seu padrão de comportamento, faz uma nova escolha, ou seja, começa a se afastar daquele modelo por elas idealizado, o sentimento de intensa frustração instala-se, levando-as a se fixarem no desejo de destruição daquele que julgam ser o grande culpado pela intensa dor emocional que atravessam.
Isto acontece porque costumamos entrar nas relações imaginando que o outro nos completará, satisfazendo nossos desejos e idealizações. Esquecemos, porém, que não podemos completar aquilo que só a nós compete: o preenchimento de nosso vazio interno. Que a relação envolve sentimentos de compreensão, companheirismo, troca, o saber ceder ou esperar. E, o mais importante, de que as pessoas não são nossos ativos, mas sim nós é que pertencemos ao mundo, tendo liberdade de vivências e escolhas, sejam estas agradáveis ou não para nós ou para o outro.
Sempre digo que, relação é conhecimento, é crescimento e que este pode se dar de inúmeras formas. Muitas vezes, quando nos relacionamos com alguém, costumamos ativar dinâmicas psíquicas não bem resolvidas em ambos, as quais resultam numa interação patológica. Isto pode ser facilmente observado nas situações onde a perfeição do outro se torna condição sinequanon. Nestes casos, quando nossas expectativas não são correspondidas, acabamos por gerar sentimentos de hostilidade que se transformam num jogo de culpas, cobranças e no aniquilamento das pessoas envolvidas.
Esquecemo-nos, porém, que enquanto nos "pré-ocupamos" em nos punir ou levar o outro à tortura, deixamos de viver novas experiências, de fazer novas escolhas, de aprender com o suposto erro, de nos respeitarmos enquanto seres merecedores de amor e compreensão e de encontrar o nosso verdadeiro caminho. Cumpre-nos lembrar aqui também, que a dinâmica amor e ódio pode ser encontrada naqueles indivíduos que cultivam sentimentos de ciúmes. Isto porque o ciumento não consegue desenvolver o amor autêntico por confundir todas as relações com uma necessidade narcísica. Em outras palavras, estas pessoas não conseguem amar, mas sim precisam de um sentimento que são amadas, o que justifica que suas perdas sejam revestidas de uma posterior substituição. É diante da ameaça da perda que elas transformam sua paixão em ódio, sentimento este que reflete a baixa autoestima e insegurança que as assolam.
Finalizando, lembre-se de que um verdadeiro encontro de almas só ocorre quando existe o real desapego e isto só é possível quando aprendemos primeiramente a nos amar, a nos respeitar e a nos valorizar, através do nosso autoconhecimento, ou seja, do contato com a nossa essência. Em matéria de amor é importante ressaltar que as pessoas ficam juntas, não por necessitarem umas das outras, mas sim pela satisfação que sentem em compartilhar um mesmo sentimento, um mesmo ideal. O amor não precisa de condições, ele basta por si só. Sendo assim, se apenas podemos refletir no mundo aquilo que temos dentro de nossa alma, que este algo seja o exercício do AMOR INCONDICIONAL, pois através dele o ódio nunca encontrará espaço para se manifestar.
RELICÁRIO VOL. 02 - THUNDERBIRDS ARE GO - 1965

Sinopse
Thunderbirds tratava das missões de uma organização secreta de resgate internacional (formada pela família Tracy e alguns empregados) que possui um arsenal de foguetes e máquinas escondidas em uma ilha secreta. Seu líder é Jeff Tracy, um ex-astronauta milionário, pai de Scott , Virgil , Alan , Gordon e John Tracy. Compõem ainda os personagens da história: Kyrano, empregado dos Tracy, e sua filha Tintin.
As máquinas mais conhecidas, que apareceram no seriado, foram:
- Thunderbird 1 - era uma nave que decolava como foguete, debaixo da piscina que se abria, mas voava como avião e era usada para ir na frente preparando a chegada dos equipamentos de resgate. Seu piloto é Scott Tracy;
- Thunderbird 2 - a nave de carga que levava os equipamentos, para o local de ação, inclusive carregava frequentemente o Thunderbird 4 e/ou a "mola". Ele é pilotado por Virgil Tracy;
- Thunderbird 3 - era um foguete, que decolava em meio a um prédio, usado em missões no espaço. O astronauta que o pilota é Alan Tracy;
- Thunderbird 4 - um pequeno submarino para missões no fundo do mar. Seu piloto é Gordon Tracy;
- Thuderbird 5 - era uma estação espacial para monitorar as comunicações da terra. Seu controlador é John Tracy;
- "Mola" - era um engenho mecânico capaz de perfurar o solo para missões embaixo da terra.
Todas as máquinas eram criadas pelo genial engenheiro, um nerd que usava óculos fundo de garrafa. A temática central da série refletia o cenário político internacional da época, que mergulhava na Guerra Fria. Além da série foram produzidos três longas: “Thunderbirds Are Go”, “Thunderbirds Six”, em 1966. Em 2004 foi produzido um longa chamado “Thunderbirds Are Go” ,que utilizou atores de verdade e não bonecos.
Ficha Técnica
Nome Original: Thunderbirds Are Go
Nome no Brasil: Thunderbirds Em Ação
Criação: Garry Anderson e Sylvia Anderson
Emissora de Origem: ATV
Emissora no Brasil: Tv Tupi
País de Origem: Inglaterra
Número de Episódios: 32
Número de Temporadas: 02
Formato: episódios de 50 minutos
Tema Musical: Berry Garry
NOSSO LAR – MUITO ALARDE PARA TÃO POUCO

Conferi, hoje, o tão badalado filme baseado na obra homônima de Chico Xavier, “Nosso Lar”. Que decepção! Senti-me traído pelas inúmeras pessoas que assistiram ao filme e me falaram que valia a pena. Não li o livro, portanto não posso traçar um paralelo entre as duas obras. Mesmo assim, saí do cinema com a certeza de que o filme é apenas mais um produto vazio sobre o espiritismo.
A ficha técnica traz o nome do diretor Wagner de Assis, que tem no currículo quatro filmes estrelados por Xuxa. Se tivesse acesso a essa informação antes, certamente não perderia meu tempo assistindo ao filme. Absolutamente nada é atraente nessa obra. Até mesmo a recriação do purgatório, chamado de “umbral” no filme, soa como um déjà vu. Quem assistiu ao remake de “A Viagem”, feito pela Rede Globo em 1994, lembrou-se das cenas do purgatório. O filme, nessas sequências, parecia uma releitura da novela.
Outro ponto negativo foi o aspecto futurista que tentaram (e não conseguiram) imprimir à fotografia do filme. Fake demais! Aqueles feixes de luz , viajando no espaço, definitivamente não casaram com a temática do roteiro. Alheio a tudo isso, o filme segue quebrando recordes. Em uma semana de exibição, segundo a “Fox Film”, ultrapassou a marca de um milhão de espectadores gerando uma bilheteria de quase seis milhões de reais. Chico Xavier, ao que parece, está na moda.
Ficha Técnica
Direção: Wagner Assistindo
Produção: Lafa Britz
Gênero: Drama
Lançamento: 03 de setembro de 2010
Elenco:
Renato Prieto .... André Luiz
Fernando Alves Pinto ... Lísias
Rosanne Mulholland ... Eloísa
Inês Vianna ... Narcisa
Rodrigo dos Santos ... Tobias
Werner Schünemann ... Emmanuel
Clemente Viscaíno ... Ministro Clarêncio
Ana Rosa ... Laura, mãe de Lísias
Othon Bastos ... Anacleto, Governador de Nosso Lar
Paulo Goulart ... Ministro Genésio
Helena Varvaki ... Zélia
Aracy Cardoso ... Dona Amélia, paciente de André Luiz
QUANDO O REMAKE FICA MELHOR DO QUE O ORIGINAL

Por analogia, lembrei-me de outras situações em que a releitura fez sombra sobre o original. Obviamente, a lista abaixo baseia-se na subjetividade do meu gosto e provocará discordância.
Stand By Me (Jerry Leiber – Mike Stoller) – Essa canção, originalmente gravada por “Ben E. King” em 1961, foi regravada por John Lennon em 1975 no álbum Rock 'n' Roll. Virou um mega hit a ponto de muitos acharem, hoje em dia, que essa versão é que é a original.
Mr. Moonligth (Roy Lee Johson) – Essa canção é um clássico do rhythm & blues britânico gravado, originalmente em 1962, pelo lendário pianista negro “Piano Red”. A versão feita pelos Beatles em 1964, incluída no álbum “Beatles For Sale”, é parecidíssima com a original. Batidinha de bolero, segunda voz o tempo todo. Duas diferenças, entretanto, podem ser notadas: o órgão caribe usado no solo (no original o solo foi feito com uma guitarra estilo havaiana) e a voz estridente de Lennon muito diferente da melodiosa voz do Piano Red. A versão dos Beatles ficou bem melhor e fez sombra sobre o original.
Vapor Barato (Jards Macalé – Wally Salomão) – Esse clássico da chamada “mpb cabeça”, aquela linha de músicas cultuadas no meio universitário, teve dois remakes que ficaram melhor do que o original e fizeram mais sucesso. A primeira releitura veio em 1971, com Gal Costa, no disco “Gal Fatal”. A música ficou eternizada na voz da diva da emepebê. Em 1996, o grupo carioca “O Rapa” fez uma releitura da canção para o disco “Mapa Mundi”. A música virou um hit nacional, fez tanto sucesso que até Gal Costa voltou a cantá-la nos seus shows naquele ano. Vale ressaltar que a versão original é intimista, não foi concebida para tocar no rádio. Mesmo assim, esse é mais um caso em que a releitura fez sombra sobre o original.
Você Não Me Ensinou a Te Esquecer (Fernando Mendes – José Wilson – Lucas) – Esse clássico da música brega (refiro-me ao estilo musical e não à classificação pejorativa) foi gravada originalmente em 1979 por um de seus autores, o cantor Fernando Mendes. A música virou um dos maiores hits do gênero na época. Em 2003 foi incluída na trilha sonora do filme “Lisbela E O Prisioneiro” e ganhou uma versão feita por Caetano Veloso. A música voltou às paradas de sucesso e perdeu o estigma de “música brega”. As rádios especializadas em emepebê tocaram a versão do Caetano sem o menor preconceito. Mais um caso em que o remake fez sombra sobre o original.
Como Os Nossos Pais (Belchior) – Em 1976 o cantor cearense Belchior gravou essa épica canção. A música virou um dos hinos da emepebê da década de setenta. Nesse mesmo ano, Elis Regina gravou a antológica versão incluída no álbum “Falso Brilhante”. A interpretação dela conferiu à canção o status de clássico da emepebê. Mais um caso em que uma releitura fez sombra sobre a obra original.
Discorda do que eu escrevi? Manifeste sua opinião nos comentários!
A ESTRADA (THE ROAD) – O FIM DO MUNDO SOB A ÓTICA DA MELANCOLIA

O diretor John Hilcoat construiu uma história em que os nomes dos personagens não são citados. Um homem, uma mulher e seu filho sofrendo a angustia de tentar viver num mundo onde o simples ato de comer tornou-se uma incerteza. Numa análise simples, percebe-se que o ser humano foi reduzido à sua condição primária de animal que vive uma luta diária pela sobrevivência.
Mesmo tendo passagens parecidíssimas com outros filmes do gênero, “A Estrada” prende-se à profunda melancolia das teorias apocalípticas. Viggo Mortesen (O Senhor dos Anéis), que interpreta o pai, é o grande destaque. Um personagem denso mergulhado no drama de lutar pela simples existência ou sucumbir ao suicídio como remédio final.
O desfecho da história, entretanto, revela uma sutil mensagem de esperança que tenta resgatar um dos pilares da estrutura social da humanidade: a família. Aos fortes de coração, uma boa dica.
Ficha Técnica
Direção: John Hillcoat
Roteiros: Cormac McCarthy e Joe Penhall
Gênero: Drama
Lançamento: 23 de Abril de 2010 (Brasil)
Duração: 112 min
Distribuição: Paris Filme
Elenco: Viggo Mortensen (O pai), Kodi Smit-McPhee (O filho), Robert Duvall (O homem velho), Guy Pearce (O veterano) e Charlize Theron (A mãe).
ALL YOU NEED IS LOVE , UMA MEMORÁVEL CELEBRAÇÃO AOS BEATLES

Com a casa lotada, a banda subiu ao palco e abriu o show com “I Want To Hold Your Hand” e mergulhamos todos no maravilhoso “Universo Beatle”. O show percorreu as várias fases dos Beatles com três figurinos específicos: os terninhos e cabelos com franjinhas do início da carreira, a coloridíssima (e clássica) roupa do Sgt. Pepper's e o look da fase final, com jeans, o famoso terno branco de Lennon e os coletes do Paul.
Não bastasse o capricho da roupa, eles imitam os trejeitos no palco, o timbre de voz, a forma de reverenciar o público, o posicionamento no palco e o mais importante: tocam bem e cantam bem. Para completar, o idioma oficial durante a apresentação é o inglês. Isso mesmo, eles falam com a plateia em inglês. Todo mundo entra na onda e escutamos gritos das “meninas” chamando Paul, John, George e Ringo.
Para o espetáculo não ter interrupções, durante as trocas de figurinos, o quinto Beatle Anselmo Ubiratan, com um incrível vozeirão, entra em cena fazendo solos (voz e violão, voz e piano) de clássicos dos Beatles que não foram incluídos no set-list da banda. Perfeito! Seu melhor momento foi “Michelle” com a plateia em peso cantando “I love you, i love you, i love you”. Além do Anselmo Ubiratan (George Martin), “All You Need Is Love” é composta por Sandro Peretto (John Lennon), César Kiles (Paul McCartney), Thomas Arques (George Harrison) e Renato Almeida (Ringo Starr).
Abaixo, um vídeo promo da banda que segue o set-list apresentado na noite de ontem aqui no Recife. Regozije-se:
EU, BEATLEMANÍACO

Efetivamente, o trágico episódio do assassinato de John Lennon, ocorrido no final de 1980, abriu as portas para que os Beatles passassem a fazer parte da minha vida. Fui descobrindo disco a disco. Já contei aqui a historinha sobre como descobri a belíssima “In My Life” que chegou à minha casa pelas mãos do meu grande amigo Lito. Minha paixão pelos Beatles determinou também o meu ciclo de amizades. Colecionávamos revistas, cifras de violão, fitas K7 e os adoráveis LP's. Era tudo muito difícil naquela época. Só pra se ter ideia, eu tinha uma fita que gravei encostando o gravador no alto-falante da tevê. Era um “Globo Repórter” especial, sobre os Beatles, que ouvíamos de vez em quando. Som abafado, mono e com interrupções no áudio: meu pai falando, minhas irmãs reclamando. Mas ouvíamos tudo com um prazer indescritível.
Esses momentos lúdicos de beatlemaníacos temporões eram vistos com desprezo pelos garotos da época. Éramos tratados como tolos porque dávamos muita importância ao simples ato de ouvir música. Anos depois constastaria que aqueles momentos, de celebração musical, tiveram uma considerável importância na minha formação. Sou o que sou (mesmo que não seja muito) porque ouvi (e ouço) Beatles. Devo muito a eles. Isso é fato!
Por duas vezes experimentei o prazer de celebrar os Beatles como se estivesse na década de 60 ou 70 na Inglaterra. Aqui mesmo no Recife, uma banda de baile chamada Alcano realizou dois espetáculos memoráveis, em praça pública, em homenagem a Lennon e aos Beatles. Os shows aconteceram em 1986 e 1987 no Parque 13 de Maio, coração da cidade. Inesquecível! Uma imensa área verde lotada de beatlemaníacos e bichos-grilo de toda espécie. Essas boas lembranças vieram à tona porque me preparo para reviver o universo Beatle num show – cover, é claro – que se realizará nos próximos dias aqui no Recife. É a magia de volta!
Dedico esse post ao amigo Sidclay, que teve o prazer de assistir a shows de dois Beatles. Ave Sid!
EU, O VIOLÃO, O MAESTRO NUNES E UMA BRISA ETÍLICA

Meu primeiro dia de aula virou fábula entre os amigos. Já contei essa história um milhão de vezes. Cheguei um pouco atrasado e na pequena sala decorada com notas e claves, já estava uma meia-dúzia de alunos. Estranhamente, ninguém sentado em frente ao birô do velho mestre. Todos bem localizados em lugares afastados. Achei que era medo da aula e resolvi sentar na primeira fila. Ouvi alguns risinhos disfarçados mas permaneci impávido, prostrado diante do birô à espera do mestre.
Alguns minutos depois, entra o velho maestro com a aparência debilitada e mãos trêmulas. Depois de uma breve apresentação ele nos convidou à primeira aula de solfejo: “Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó – Dó, Si, Lá, Sol, Fá, Mi, Ré, Dó”. O breve cantarolar dessas notas jogou no meu rosto uma brisa etílica que me deixou enebriado, quase bêbado. Sentei-me duas fileiras atrás e contemplei, debaixo dos disfarçados risos dos outros alunos, o restante da aula.
Minha passagem pela escola da Banda de Frevos do Nordeste foi breve, mas percebi o quanto o dom é importante. Enquanto eu, literalmente, brigava com meu violão para aprender os primeiros acordes, via o jovem Carlos, ex-menino de rua, que depois de alguns meses em contato com o instrumento, passou a dar aulas (e shows) na escola. Que ódio! Brigo com o violão ( e com a guitarra) até hoje, menos do que devia, é certo. Ficamos um pouco mais íntimos, mas o tal do dom, esse me ignorou desde o nascimento.
Abaixo, um vídeo raro em que o velho mestre rege uma orquestra que interpreta o grande frevo "Cabelo de Fogo".
O LIVRO DE ELI – MAIS DO MESMO

E as referências anteriores não param por aí. Quando Eli chega à cidade dominada por Carnegie (Gary Oldman) (que vive alucinado à procura do livro) o filme lembra outra produção do gênero apocalíptico: “Waterworld”, estrelado por Kevin Costner. A forma como se referem à água em “O Livro de Eli” é a mesma como se referiam à Terra em “Waterworld”. A super valorização de gêneros de primeira necessidade e um lugar mítico imaginado como ideal pra se viver num planeta devastado.
Comparações à parte, o argumento do filme é muito fraco. Tentaram dar um tratamento religioso ao eixo da trama com a referência à Bíblia, tratada, genericamente, como “o livro”. Claro que a saga de Eli tem interpretação livre, é bastante subjetiva. Ele protegeu o livro achando que todos os outros exemplares do planeta – algo inimaginável até na ficção – haviam sido queimados. É uma mensagem de fé, carregada de lirismo. Ele não preservou apenas o livro, mas também a sua fé. O filme tem algumas mensagens subliminares. O legado cultural da humanidade, na história, está protegido na antiga e lendária prisão de Alcatraz. O local construído para punir tornou-se um centro de esperança. Outras: o filme dá uma alfinetada em Dan Brown quando Carnegie manda queimar alguns livros, entre eles “O Código Da Vinci”. Aplaudi! Carnegie queria usar a Bíblia para conseguir mais poder, algo comum nos nossos dias. O veredito final é que o filme ficou devendo.
Ficha Técnica
Título original: The Boock Of Eli
Título no Brasil: O Livro de Eli
Direção: Albert Hughes e Allen Hughes
Roteiro: Gary Whitta
Fotografia: Don Burgess
Duração: 118 min
Lançamento: 18 de Março
Elenco: Denzel Washington, Mila Kunis, Michael Gambon, Jennifer Beals, Gary Oldman, Evan Jones, Ray Stevenson.
HOJE É DIA DE CELEBRAR O BOM E VELHO ROCK AND ROLL
Para as pessoas normais o dia 13 de julho é um dia como outro qualquer mas para nós, roqueiros, é dia de celebração. Desde que Bob Geldof organizou o lendário show “Live Aid”, em 1985, a data foi oficializada como dia internacional do rock. Lembro-me bem do show e da sua grande repercussão. Ouço rock desde que me entendo por gente, algo como uma terapia. Se estou triste escuto, se estou feliz escuto, faz parte da minha vida. Exatamente por isso, esse ano, não vou celebrar os grandes ídolos. Abaixo, dez momentos meus de felicidade regados e/ou influenciados pelo mais puro rock and roll:

Cartaz do show “Palavra de Protesto”, de uma antiga banda minha, “Arte Final”. Esse show aconteceu em 1988 no espaço cultural “Arteviva”, aqui em Recife.

Exercitando o vício. Como diz o mestre Caetano na canção “Tigresa”: “Como é bom poder tocar um instrumento”.

Discos e mais discos, todos de rock. O paraíso é a loja de discos Flower, aqui em Recife.


Essa foi no show do Iron Maiden, um dos melhores a que fui em toda a minha vida. Quando eu era garoto ficava ouvindo Iron imaginando esse grande dia. Aconteceu e eu sai regozijado. Sem palavras!


Essa momento foi capturado numa exposição sobre os Beatles. Beberei dessa fonte até morrer.


Jurássica foto da minha primeira banda, “Glenardi”, tirada na “Casa da Cultura”, antiga “Detenção do Recife”. O clique foi feito em 1986.
Recuperando o fôlego para aguentar a maratona de bandas no Abril Pro Rock de 2010.