UMA TARDE NA FEIRA JAPONESA DO RECIFE

Pois bem, lá fui eu e minha turma de amigos visitar a Feira Japonesa do Recife. Gosto muito da cultura pop nipônica porque faz parte da minha infância. Tanto que corri para uma dessas lojas que fazem camisetas personalizadas e estampei a cara do Speed Racer, um ícone da década de 70 e do meu imaginário.

Devido a decepção do ano passado, fui preparado para “não ver grande coisa” e não vi mesmo. Chegamos ao Recife Antigo pela rua da Moeda. Saudamos a estátua de Chico Science e por ali já circulavam umas figurinhas estranhas. Nada a ver com os cosplays, marca registrada da Feira. Um monte de adolescente enchendo a cara de vinho ostentando aqueles visuais “restarteanos”, absolutamente brega. Que coisa deprimente. Sempre que cruzavam com algum transeunte com figurino diferente, davam aquele showzinho costumeiro: gritinhos, abraços, etc.

Chegamos ao Bom Jesus e nos deparamos com uma multidão inacreditável. A feirinha estava entupida de gente e eu saquei minha câmera para registrar os esquisitos de plantão. Adoro isso. Cruzamos toda rua do Bom Jesus contemplando aquele vai-e-vem desconexo. Era o Galo da Madrugada sem frevo! Atraídos por um enorme palco visto de longe, fomos para a Praça do Arsenal. A coisa ficou pior. Nenhum cosplay, nenhuma gueixa, nenhum estande de mangá, anime. Nadica de nada. Apenas os mesmos “restarteanos” de sempre.

Decidimos então tomar uma gelada ali mesmo, ao lado do palco. Que lugar horrível se tornou a, outrora bem frequentada, praça do Arsenal. Uma meninada babaca, que acha que beijo gay é sinônimo de atitude, gritando para todo lado. Uma idiotice só! Eu e o Speed Racer ficamos contemplando aquele circo de horrores lembrando da Feira de 2009, que foi bem legal. A impressão que ficou foi a de que o evento cresceu demais e tornou-se um ponto de encontro de revoltados de butique.

Quando já estávamos saindo encontramos um refúgio: a Rua da Guia. Aquela que no passado era povoado por prostitutas que faziam a alegria dos marinheiros e boêmios. Pois é, na rua das putas tinha uma feirinha muito legal, bem frequentada. Deu para dar uma desopilada. Nos falaram que na Rua Domingos José Martins estava a concentração da Feira  Japonesa. Chegamos até à esquina, mas estava intransitável. Gente demais. Decidimos, então, encerrar o passeio que até foi divertido. Correr risco é divertido. Estamos até agora procurando a cultura pop japonesa que se perdeu na multidão. Sayonara!

Clique aqui e conheça as origens da Feira Japonesa do Recife

Comments

2 Responses to “UMA TARDE NA FEIRA JAPONESA DO RECIFE”

sheyla xavier disse...
29 de novembro de 2011 às 22:00

Ed,
Nem consegui chegar lá por causa do trânsito infernal... Mas , pelo que li, não perdi grande coisa...O Recife se perde em organização mais uma vez. Mas, continuo a ser uma assídua devoradora de sushis e sashimis!
bjkasssss

ED CAVALCANTE disse...
29 de novembro de 2011 às 23:01

Então,cada ano piora tudo. O evento cresceu muito mas a organização, uma lástima!

bjo

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